Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

segunda-feira, abril 30, 2012

Acorrentada...

... a objetos de meus antepassados, que me foram doados por terem a certeza de que seus donos jamais serão esquecidos!












quinta-feira, abril 26, 2012

O Beijo

“Thomas  me  beijou.  O  beijo  que  eu  esperei  a  vida  inteira. O beijo apaixonado  que  o príncipe dava na princesa em todos os contos de fadas. O beijo  tão repleto de amor que contaminava todo o reino. Senti luzes saindo de nossos corpos. Fogos de artifícios sendo estourados em um céu estrelado.
Era  assim  que eu me sentia. Eu estava amando. Era tão mais gostoso do que todos  os  outros  momentos  que passamos juntos. Era tão mais forte do que todo  o desejo que nos atingia quando encostávamos um no outro. Era seguro, real, era amor. Simplesmente amor. Sem reservas, sem pudores, sem medos. Eu era  dele e isso era tão certo quanto dois mais dois dão sempre quatro. Era 
a fórmula perfeita.” (Trecho do livro "Segredos", de Tatiana Amaral)

quinta-feira, abril 19, 2012

Todo dia, era Dia de Indio...

quarta-feira, abril 18, 2012

Sonho sobrevive a realidade?

...todos são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre".
(Acorrentados - Paulo Mendes Campos)


"Não paro!
 Nem perca seu precioso tempo me pedindo, mandando ou exigindo que eu pare de ser essa sonhadora. Vá viver sua realidade crua e fria.
 Deixe-me ser chamada de boba-da-corte, com minha camiseta onde se lê "Gentileza gera Gentileza".
 Deixe minha barriga vazia por que minha mente está totalmente repleta de sonhos que me fazem levantar da cama.
 Sim! a vida lá fora é muito mais que sonhar, mas aqui dentro de mim é muito mais que uma só vida!
 Minha tribo de sonhadores é o contra-peso do mundo, é o que torna esse mundo vivo.
 Somos o equilíbrio num mundo onde a realidade é a lâmina da faca ou o gatilho do revolver.
 Minha moral é o que meu coração dita.
 Minhas medidas são: o tamanho do meu sorriso x a profundidade dos meus sentimentos x a largura dos meus abraços.
 Não quero ser reconhecida por ser diferente.
 Não quero ser reconhecida.
 Nem sou diferente.
 Apenas vivo o meu sonho. Não fujo dele. Não finjo que ele não existe. Vivo em sua plenitude, acreditando nele cada vez mais.
 Não paro!
 Não insista!
 Vá viver a sua realidade se isso lhe faz bem.
 Se minha tribo de sonhadores é minoria, estranho como podemos incomodar tanto aos que vivem sem delírios, mas contaminados pela felicidade escrava.
 Deixe-me parar no meio do dia para apreciar um passarinho assustado pousado no fio elétrico, cruzar meu olhar com o do cavalo magro que come o pouco capim que sobrou na calçada,  me encantar ao ver um avião levantar
 voo ou descobrir uma pequena flor azul que surge na rachadura da parede.
 Eu sou assim e não me peça para parar.
 Não vou parar de ser assim, o meu sonho sobrevive à realidade."
 (09/02/11)

terça-feira, abril 17, 2012

A Casa Assassina ou estamos todos confusos?

Quando Peter Hickman chegou em casa de madrugada simplesmente ela não estava lá! Sim! Sua casa havia sumido e provavelmente sua esposa Jane junto com ela!!

No desespero ele ligou para John e Mary seus irmãos. Com certeza isso era alguma preparada por seu irmão gêmeo que jamais se acostumou com a idéia de que ele ficara com a casa que pertencera a sua mãe.
Mary e John também não acreditaram no que viam. Como uma casa podia ter sumido deixando somente o terreno revirado?

Com a chegada da polícia os gêmeos Hickman voltaram a se acusar e os detetives tiveram que usar da força para separar os dois e tentar entender o que se passava com aquela família.

O pai os havia abandonado há dez anos, sendo que antes havia roubado o sócio Walter, que com o tempo veio a se casar com a mãe dos três. Algum tempo depois uma parte da casa desmoronou matando a Sra. Hickman, que não deixou testamento e aí começou toda a briga por causa da casa. Peter se casou com Jane que não se dava bem com John, com isso ele se mudou da moradia, mas sempre insistindo que o imóvel também pertencia a ele. Mary, por ser a mais nova, sofria com toda essa confusão!

E agora, a casa e Jane haviam desaparecido! Peter acusava o irmão de ter feito alguma maldade com Jane. John se defendia dizendo como conseguiria roubar uma casa?
Os detetives colocaram todos pra correr e começaram as investigações.

Num outro ponto da cidade um corpo mutilado, foi encontrado na estrada, possivelmente vítima de atropelamento. Os policiais acharam estranho não haver muito sangue no local. Ao ser levado para o laboratório descobriu-se que ele já estava morto antes de ser atropelado. Havia sido morto à facadas e um pedaço da lâmina ainda estava presa à uma de suas costelas.

Na delegacia foram recebidas várias denuncias de um louco ou bêbado dirigindo sabe-se lá o que, que durante a madrugada havia feito vários estragos por onde passou. Numa das câmeras de vigilância do trajeto viu-se claramente uma carreta carregando uma casa e três homens sentados na cabine.

Seguindo o caminho da destruição, os detetives descobriram que a carreta pegou o caminho da entrada do deserto e lá, encontraram a casa abandonada!
Como a cena do Mágico de Oz, alguém havia ficado preso embaixo da casa, ficando com as pernas pra fora! Ao ser retirado viu-se que era um dos homens da cabine da carreta!

Primeira Teoria: Os ladrões de casa por algum motivo depositaram a casa naquele lugar; o "macaco" de apoio ficou preso embaixo: um dos ladrões resolveu tirá-lo e a casa caiu sobre ele; os outros fugiram! O morto era Tony, um rapaz que praticava pequenos roubos, mas nada se comparava a esse!
Ao entrar na casa os investigadores se depararam com um mar de sangue, provavelmente de Jane. Mas onde estava o corpo? e por que matar Jane e carregar a casa? Não seria mais prudente levar o corpo e deixar a casa?

Enquanto na delegacia os gêmeos recebiam as últimas notícias e se digladiavam, Mary se desesperava e Jane entrava pela porta principal, sem entender o que acontecia, para surpresa de todos!!!
Onde ela estava até aquela hora? Segundo ela, jogando e bebendo num cassino com amigas!!

No laboratório os detetives investigavam o sangue recolhido no chão da casa e mais uma surpresa: o DNA não batia com nenhum dos membros da família Hickman, mas com o corpo encontrado na estrada!!!

O atropelado era Walter, o pai "emprestado" !!

Ao receber essa notícia Mary não aguentou e confessou que o roubo da casa era culpa dela, pois não aguentava mais tanta confusão por causa daquela casa maldita!

Tony era seu colega na faculdade e estava sempre tentando sair com Mary, mas ela sabia de seus delitos e por isso fugia dele. Um dia teve a idéia de se livrar do imóvel. Prometeu a Tony que se ele sumisse com a casa, ela sairia com ele. O que ela não contava era que Walter estaria na casa e nem que Tony o matasse.

O médico legista veio com a notícia de que Walter havia morrido muito antes do horário em que os ladrões agiram.

Segunda Teoria: Alguém esfaqueou Walter à tarde e Tony nem percebeu que havia um corpo na casa.
Walter tinha um pedaço da faca grudado em sua costela, o que indicava que quando ele foi atropelado ele ainda estava com a faca presa ao corpo. Mas como o corpo de Walter foi parar naquele local da estrada?
Simples! Ao fugir em alta velocidade pelas ruas à noite e esbarrando e derrubando tudo o que passava pela frente, a porta da casa se abriu e, numa curva o corpo foi jogado pra fora, deixando o interior da casa lavado de sangue e Walter abandonado na estrada para ser atropelado pelos caminhões que passava!

Então, os detetives precisavam achar o restante da faca, quem sabe assim, encontravam alguma digital?
Enquanto uns procuravam na estrada, outros vasculhavam a casa!

Na estrada, após muito procurar, os detetives encontraram o restante da lâmina ainda suja de sangue e vários pedaços do cabo.
Na casa, os outros detetives, se depararam com mais uma surpresa: ao puxar um armário, a parede, já rachada, despencou e, dentro da parede, sorrindo para o mundo, um esqueleto!!

Mais trabalho para o médico legista: o esqueleto era de um homem, provavelmente morto havia uns dez anos! Junto a ele foram encontrados vários papéis onde quase não se via a escrita.

A casa realmente era uma assassina! Uma verdadeira serial killer!

Quem seria aquele homem?

Terceira Teoria: Seria o Sr. Hickman? Muita coincidência os dez anos, justamente o período em que ele estava desaparecido! Talvez o sócio Walter tenha dado sumiço nele pra ficar com o dinheiro, a esposa, a família.

No exame de DNA ficou comprovado que aquele não era o pai dos gêmeos, mas... era pai de Mary !!

Com a restauração das cartas descobriu-se que aquele homem era Bill, o empreiteiro, responsável pela obra na casa, mas que também estava apaixonado pela Sra. Hickman e com ela teve um romance, enquanto o Sr. Hickman ficava pelos bares bebendo.

Enquanto isso, os detetives tentavam, como quem brinca de quebra-cabeça, montar os pedaços do cabo da faca encontrados na estrada. Com paciência e depois de horas, encontraram uma parcial de uma digital, boa para análise!

Ao ser colocada no sistema, BINGO!

Descobriu-se quem matou Walter:  o Sr Hickman!!

Sua digital estava fichada havia uns cinco anos por arrombamento, desordem e bebedeira. Logo ele foi preso tentando fugir do estado.

Conclusão: Na delegacia e ainda bêbado, confessou que há dez anos havia assassinado Bill pro ciúmes ao descobrir as cartas que ele enviava à sua esposa e, por descobrir que ela estava grávida do empreiteiro. Assim que o matou aproveitou a abertura na parede para jogar o corpo dentro, junto com as cartas e depois fechar tudo com o cimento da obra. Depois disso fugiu com o dinheiro do sócio deixando a esposa pensar que Bill a havia abandonado também. Á distância acompanhava o que acontecia com os filhos e ao saber que eles estavam com a intenção de vender a casa, resolveu que era hora de tirar o corpo da parede antes que alguém o descobrisse. Aproveitou um horário em que sabia que todos estariam fora e invadiu a casa, mas no momento quem que quebrava a parede Walter apareceu e viu o corpo e ele teve que matá-lo com uma das facas da cozinha. De repente ouviu vozes no quintal, então percebeu que não teria tempo para mais nada. Puxou um armário para a parede e tampou o buraco que havia feito, pulou a janela dos fundos e fugiu !!

Tudo resolvido!

Menos para os gêmeos que ainda continuavam a brigar pela casa, já excluindo Mary, que agora sabiam ser uma filha bastarda.

Enquanto brigavam em pleno deserto sobre quem ficaria com a casa assassina, ela mesma se destruiu caindo por terra aos pedaços!

Por que contei essa história? Por que sou fã de CSI e esse foi um dos episódios mais legais que vi! O final não é bem esse, mas se eu contasse o que foi ao ar, qual seria a graça de vê-lo na televisão?

sábado, abril 14, 2012

A Floresta - Parte 3



A Floresta - Parte 2 você encontra aqui:
http://brincando-com-palavras.blogspot.com.br/2012/01/floresta-parte-2.html

Quando Rosa já estava quase uma mocinha, Dolores adoeceu! Seu marido escondeu a notícia dos moradores da vila. Ele não conseguia suportar a idéia de que sua amada esposa fosse enviada para longe dele e de seus filhos para viver sozinha num lugar que ela sempre temera: a floresta!

Durante muitos dias a família se manteve dentro de casa cuidando de Dolores. O marido e as crianças cercavam-na de carinhos e atenção.

Mas Dolores lembrou-os de que sua mãe não podia ficar abandonada no interior da floresta sem alimentos, remédios e notícias.

Branca, por ser a mais velha, disse que ela poderia ir até a avó levando o necessário. O pai da menina lembrou-a de que era ela quem preparava a alimentação de Dolores e das crianças menores. Branca insistiu dizendo que voltaria o mais rápido que pudesse e que antes do anoitecer já estaria em casa. Da cama, Dolores gemeu ante a possibilidade de sua filha entrar sozinha na floresta. E ela prometeu que não sairia de casa.

Alguns dias se passaram e o marido de Dolores teve que fazer uma pequena viagem até a vila mais próxima para buscar remédios para sua esposa.

As meninas estavam preocupadas com a avó, que até aquele dia não havia recebido notícias do por quê de não terem ido mais visitá-la.

Branca preparava o jantar pensando em sua avó. Rosa percebendo a preocupação da irmã, disse-lhe que se ela lhe ensinasse o caminho, ela iria, no dia seguinte, bem cedo, até a casa da avó levar-lhe notícias, alimentos e remédios.

Branca passou a noite sem saber o que decidir, mas na manhã seguinte, ela levantou-se cedo, arrumou uma cesta com tudo o que a avó necessitava e acordou Rosa para que ela fizesse a viagem.

Branca e Rosa foram juntas até a entrada da floresta. Branca ia passando para a irmã as informações que ela precisava para encontrar a pequena casa da avó. Se ela seguisse o combinado logo após o almoço ela estaria de volta à casa e sua mãe nem saberia o que havia acontecido. Rosa tinha apenas que prestar atenção ao caminho. Antes de indicar por onde entrar na floresta, Branca colocou em sua irmã o agasalho vermelho que sua mãe havia lhe dado de presente no último inverno. A manhã estava nublada e pequenos chuviscos anunciavam que o outono estava no fim.

Rosa cruzou os limites da vila e entrou na floresta. Branca vendo-a seguir tão firme e obediente sentiu-se mais segura. Ela sabia que Rosa prestara atenção em seus conselhos. O que Branca não sabia era que seus conselhos eram conselhos de menina e que ela não tinha conhecimento que dentro daquele mundo de árvores viviam seres que sua infantil mente não sabiam existir.

Muitos dos habitantes da floresta haviam enlouquecido por viverem longe de seus familiares. Ladrões também se escondiam em suas grutas, aproveitando-se do isolamento do lugar. Malfeitores e vagabundos que fugiam do trabalho na mina. E os lobos...

Pela constante umidade, a floresta vivia repleta de flores, o que tornava o lugar um misto de mágico, misterioso e sombrio para as crianças. Rosa corria as alamedas admirando as flores, as aves, as árvores. Ao longe já podia ver o telhado da casa de sua avó. Ela se sentiu satisfeita com ela mesma por ter se saído bem em sua primeira tarefa de adulta. Em sua alegria ela não percebera que um par de olhos vermelhos também a admirava por entre as folhas. Enquanto Rosa sentia o perfume das flores, algo atrás das árvores e galhos também farejava no ar o seu cheiro. Um cheiro bem conhecido...

segunda-feira, abril 09, 2012

Guarda-chuvas



Na tempestade
os guarda-chuvas brotam do chão
transformando
em jardins coloridos
as ruas enlameadas

sábado, abril 07, 2012

Páscoa




Renascer
Para ser a melhor Companhia

domingo, abril 01, 2012

Insônia

Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.
Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!
Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!
Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.
Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.
Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!
Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...
Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!
Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!
Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.
(Álvaro Campos)


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