Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

sábado, fevereiro 25, 2023

Que história é essa,Leonor? Episódio 19

A minha volta para casa do trabalho era feita de trem. Aliás, primeiro o metrô, depois o trem e por fim o ônibus!!

E ainda chegava mais rápido do que se eu fosse direto de frescão !

A Estação da Central do Brasil não é para fracos!! Ê uma luta diária! E dependendo da pressa eu voltava do trem rumo à Japeri. Ele faz poucas paradas, por isso é mais rápido. 

Geralmente eu deixava a "boiada enlouquecida" entrar e só depois eu entrava e me posicionada perto da porta. Desse lado a porta se abriria somente em Engenho de Dentro e depois em Madureira, onde eu costumava descer!

Nesse dia o vagão estava lotadissimo e eu ali, na porta. Na parada de Engenho de Dentro tive que me transformar em poste para não ser empurrada para dentro do vagão. Ao final da "batalha" do empurra-empurra aparece um guarda ferroviário e me entrega um cartão com os dizeres "Não seja um EMPATA PORTA"!!!!

O cara me chamou de EMPATA PORTA no trem Japeri!!! Muita coragem!!

Primeiro perguntei pra ele como eu conseguiria ir para o meio do vagão super lotado?

Depois perguntei pq ele não entregou o cartão para os rapazes pendurados na outra porta?

E por último, quando a porta já se fechava, eu amassei o cartão e joguei na plataforma!!


Na real eu tive medo dele mandar parar o trem e ainda me multar por sujar a estação!

sábado, fevereiro 18, 2023

Que história é essa , Leonor? Episódio 18

Um grupo do meu trabalho passou o final de semana num hotel Fazenda em Barra Mansa/RJ.  

Pelas fotos eu me interessei pelo passeio.

Entrei em contato com o hotel e fiz reserva para mim e meu filho, que na época tinha 14 anos.

Resolvemos ir na sexta-feira após o trabalho, no ônibus das 18h.

Encontrei com ele na rodoviária, seria uma viagem rápida, mais ou menos 01h30m.

O combinado era que um carro estaria nos esperando numa venda e que ele nos levaria para o hotel.

O que não contavamos era o temporal que desabou sobre a cidade do Rio de Janeiro!!

Ficamos presos no engarrafamento por horas!

Quase meis-noite descemos do ônibus na tal venda!! E não  vimos nenhum carro nos esperando! 

Ainda chovia muito.

Pedimos informações à dona da venda (uma lojinha bem pequena em frente à  parada do ônibus). Lá dentro só ela e dois senhores tomando cerveja. Perguntei se ela tinha visto o carro que nos levaria ao hotel. No mesmo instante ela negou! Fiquei sem saber o que fazer. Na época não existia celular e nem a venda tinha telefone!

Por alguns minutos fiquei tonta.

Ela mesma me deu a solução dizendo que pediria alguém para nós levar.

Com um grito pra dentro da loja chamou o filho e mandou que ele fosse na casa de outra pessoa que tinha carro.

O coitado do adolescente saiu debaixo de chuva sem reclamar!

Passado um tempo e ele volta todo molhado dizendo que um senhor nos levaria.

Mais um tempo e chega a nossa carona!

Agradeci muito, prometendo rezar por aquelas pessoas tão boas.

É lá fomis nós pela estrada a fora, na escuridão da estrada, debaixo da chuva!

DE repente o carro para em frente uma casinha muito humilde no meio da escuridão.  Era a casa do caseiro do hotel. 

O motorista bate palmas e o chama. Uma janelinha na porta se abre, ele ouve minha história é me responde:

"O hotel está fechado! Pelo horário o dono achou que a senhora não vinha mais e foi embora. Não tem ninguém no hotel"

Aí bateu o desespero!! O que eu ia fazer de madrugada, embaixo de um temporal, num lugar que eu não conhecia?

Tive que fazer drama, quase chorei, perguntei o que eu ia fazer com meu filho sozinha na chuva (nesse instante meu filho estava dentro do carro e eu me referi a ele como  se ele fosse uma criancinha kkkkkk).

Deu certo, o caseiro resolveu abrir o hotel para que eu pudesse passar a noite. Aff  E liberou o carro para seguir o caminho até a entrada do hotel.

Na curva da estradinha escuta apareceu aquele casarão branco com inúmeras janelas azuis, todo iluminado! Espanto!

Primeiro pensamento : "moço essa casa tem fantasma de escravos?" Fiquei sem resposta!

O caseiro abriu a imensa porta,  acendeu as luzes e me disse: "A senhora pode escolher qualquer quarto, tem coisas na cozinha se vocês quiserem comer. Boa noite" e saiu trancando de novo a porta com nós dois lá dentro!

É lógico que vasculhando todos os quartos, deitamos em todas as camas (achamos uma cama imensa), tiramos fotos em todos os cantos, mudamos coisas de lugar, comemos, tomamos banho e depois fomos dormir.

Na cama minha ficha caiu que várias pessoas sabiam que estávamos sozinhos naquela fazenda!! Me levantei e coloquei várias cadeiras atrás da porta do nosso quarto!!!

Acordamos no dia seguinte com barulho de janelas se abrindo! O dono já havia sido informado da nossa presença e nos aguardava no salão de café. Pediu mil desculpas pelo ocorrido, descontou uma diária, nos mostrou o resto da linda fazenda, contou a história do local  O cara era o próprio Sinhozinho Malta, mas com uma Porcina esperando do lado de fora Kkkk

E assim ficamos um final de semana curtindo um hotel Fazenda só nosso! 

Meu anjo da guarda até hoje faz terapia!

Obs,: Hotel Fazenda Santana do Turvo 

Vale a pena uma visita! É lindo

Comida feita  em fogão de lenha

sábado, fevereiro 11, 2023

Que historia é essa Leonor? Episódio 17

Eu estava aguardando a carona do meu filho na calçada da estação de trem de São Cristóvão, de frente para a Quinta da Boa Vista! 

Nisso uma "prima", toda esbaforida, vindo da Mangueira já me vê e grita: "NEMMMM, você não sabe o que aconteceu lá na pista perto da Mangueira!!!

Olhei ao redor e realmente ela falava comigo.

A coitada da "prima", nervosa, não sabia se falava, se respirava ou se equilibrava no salto altíssimo. 

- "Virou um caminhão de cerveja e o povo tá roubando cerveja! Fugi de lá pq não quero confusão comigo! Tem cigarro aí??"

Com vontade de rir tive que responder que não tinha cigarro. E ela (ou ele) me pergunta se sei onde vende. Percebi que já estávamos íntimas! Indiquei um camelô ali perto. 

- "Mas você sabe se ele vende só um? Tô sem grana pra comprar o maço "

Eu não sabia infelizmente  kkkkk

Ela (ou ele) agradeceu, me aconselhou a não ir para os lados da Mangueira e saiu balançando uma bolsa e se equilibrando no salto com pernas finas e compridas!

Momento surreal!!! 


1) a culpa deve ser minha de ficar parada no lugar das primas. Uma outra vez, na Praça Mauá, uma prima veio me avisar: "Senhora, aqui é ponto". A ingênua aqui respondeu que não sabia e que não estava esperando o ônibus. E ela repetiu: "aqui é ponto!" E fez um gesto com a mão para que eu olhasse para o corpo dela! Só aí minha ficha caiu! Pedi desculpas, agradeci, enfiei minha cara dentro da bolsa e mudei de calçada kkkkkkk


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