Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

segunda-feira, outubro 31, 2011

Doçura e Travessura...

Cores de Outubro: Outubro Vermelho Halloween

Após a bofetada do marido, ela caiu ao chão e viu seu dente em baixo do sofá.
Por alguns segundos ela reparou que precisava limpar melhor aquele local.
Seu dente havia ficado preso a uma pequena teia, o que significava que o chão não estava limpo.
Ela voltou a realidade quando sentiu o gosto do próprio sangue na boca e a dor do puxão do cabelo que a fez se levantar sem nem saber como.
Novamente seu corpo foi jogado como um boneco de pano.
Ela voou até a parede, batendo com o rosto, o que a deixou tonta.
Dessa vez ela viu o espaço atrás da cômoda e reconheceu um pente vermelho que ela julgava haver perdido há umas semanas. "Então era ali que ele caíra", ela pensou.
Logo seu marido deu-lhe um murro nas costas e ela caiu no ladrilho frio do corredor e seus olhos fitos no teto, não reconhecia a mancha vermelha que agora ela via. "Seria infiltração?"
Enquanto era surrada, sua mente vagava pra longe, para não concluir que chegaria a morte.

sábado, outubro 29, 2011

A Mulher Invisível

Quando eles se envolveram ele ainda era um adolescente e ela uma mulher adulta. Mas a paixão falou mais alto e eles resolveram ficar juntos.
Ela o apresentou aos mistérios e prazeres do sexo. Um vivia encantado com o outro e, sempre que possível passavam os finais de semana juntos.
Ele queria aprender tudo e ela não se importava em ensinar.
Na cama conversavam sobre vários assuntos entre um beijo e um abraço.
Todos os cômodos da casa conheciam os gemidos dos dois, pois eles não se limitavam somente à cama.
Durante muito tempo viveram esse encontros nas sombras, com as cortinas fechadas, luzes de velas, somente o barulho do ar condicionado como testemunha.
Até ele arrumar uma namorada!
Ela sabia que um dia isso aconteceria, o que ela não imaginava era que ele quisesse continuar com essa vida secreta. Mas ele quis e ela aceitou, e continuou a lhe ensinar tudo o que sabia na arte do amor.
Um dia ele lhe avisou que se casaria e, ela foi ao casamento.
Na cerimônia ela percebeu que não havia em seu próprio coração nenhum sentimento mesquinho ou triste em relação ao que estava acontecendo no altar.
Ela o olhava de longe e via nos olhos dele o amor que ele sentia por aquela menina de véu e vestido branco. Ela sabia que a noiva era o seu amor, mas ela era a sua paixão.
E ela se sentiu tranqüila com toda aquela situação.
A noiva era a sua namorada, mas ela era a sua mulher, mesmo que invisível.
Com o tempo os gêmeos vieram e ela colocou a foto deles no porta-retrato na cômoda do quarto. Ela acompanhava o crescimento dos filhos que nunca poderia dar a ele e se sentia feliz por ele os ter.
Uma vez no mês eles se encontravam e sempre era como se fosse a primeira vez! A paixão se esparramava pelo quarto e eles só viam um ao outro.

Os anos passavam mas nada diminuía a atração que sentiam.
Quando a mulher dele adoeceu ela se entristeceu, pois sabia que se algo acontecesse ele sofreria e ela não queria isso. Foram meses de angústia, onde só o calor do corpo dela junto ao dele o acalmava. Com a notícia da morte da esposa, os dois choraram abraçados. Ela havia aprendido a amar aquela família como se fosse dela.
Ele continuou a morar com os filhos até os gêmeos saírem de casa para morar em outro país e a filha mais nova se casar.
Ela, em sua própria casa, esperava por ele, para lerem juntos algum livro, deitados na cama, com as pernas entrelaçadas ou assistirem algum filme depois de terem saciado seus desejos.

Um mês ele não apareceu na data combinada e ela achou estranho. Na semana seguinte ela resolveu procurá-lo e teve a notícia de sua morte.
Ela então foi para casa, colocou lençol novo na cama, se arrumou e foi ao cemitério.
Lá, encontrou o túmulo do homem da sua vida ao lado da esposa. Ela rezou por eles e deitou-se entre as duas lápides. Olhou o céu, e percebeu que não conseguiria viver sem aqueles dois. Então, fechou os olhos e foi se encontrar com eles, na esperança de que lá, não seja preciso viver nas sombras.

quarta-feira, outubro 26, 2011

Cansaço...

Chego tarde e deixo minhas asas descansarem na porta de casa...

quinta-feira, outubro 20, 2011

Cenas que sempre me emocionam

"A Noviça Rebelde"
O casamento de Maria: A marcha nupcial mais linda da história do cinema!! Triunfal!

segunda-feira, outubro 17, 2011

Acordei com vontade de...

...ser coelhinha !! 

Cores de Outubro: Outubro Rosa!

Ela sempre gostou de decotes!
Se comprava uma blusa ou um vestido, não importava a cor, o tecido ou a estamparia: o importante era o decote!
Tinha que ser profundo e justo! Daqueles que faziam seu colo parecer uma almofada!
Adorava seus seios! Tinha verdadeiro orgulho deles!
Antes de tê-los rezava todas as noites para que eles viessem logo e, como qualquer menina daquela época, acredita e fazia tudo que as outras meninas ensinavam pra fazê-los crescer rápido.
Uma vez uma colega lhe disse que se ela passasse macarrão estragado no peito ainda liso, que logos eles cresceriam. E durante quinze dias ela guardou um punhado de macarrão que a mãe havia servido no domingo! Naqueles quinze a mãe e a empregada vasculharam toda a casa para descobrir de onde vinha aquele mal cheiro!
Até que lá pelos doze anos eles finalmente resolveram aparecer!
Mas até sua mãe resolver lhe comprar um soutien ainda passou muito tempo.
Enquanto esperava pelo grande dia ela recortava das revistas todos os modelos que um dia seriam seus!
Quando ele chegou pelas mãos da tia, como presente, ela não se cabia de tanta alegria. E, como dizia a propaganda "o primeiro soutien a gente nunca esquece" e ela realmente jamais esqueceu a sensação daquela peça em seu corpo.
Já adulta, com seu primeiro salário na bolsa, ela entrou na loja de departamentos e foi direto para a sessão de langerie e um mundo novo se abriu diante de seus olhos! Havia tantos modelos que ela não sabia qual escolher.
Hoje ela tem uma coleção dos mais variados tipos de soutien. Algodão, lycra, com renda, bordados, oncinhas, verdes, vermelhos, pretos, floridos, com lacinhos, pedrinhas, com e sem alça!
Ficar em frente ao armário admirando-os é um encantamento.
Dos seios ela cuida como jóia: passa cremes, faz exames, apalpa.
Como ela se sente poderosa quando pode exibi-los para o homem amado. O decote profundo e o colo redondo são a prévia do que está por vir.
E ela, faceira, só para enlouquecer, ainda passa colonia entre os seios!

quarta-feira, outubro 12, 2011

Cores de Outubro: Outubro Negro!

Passeando pelo jardim com o príncipe encantado ao lado, a princesa vive seu dia cor de rosa. Um dia perfeito!
Até o momento em que ele deixa cair a máscara e aos poucos vai se transformando num feio carrasco.
Com o machado em suas mãos ele a golpeia.
Apunhala a primavera, ceifando as flores ainda frescas, pisando em folhas molhadas de orvalho.
Seu rosto disforme mostra o monstro que vivia dentro dele escondido. Sua real face.
De sua boca, que antes saiam palavras doces e gentis, transbordam vermes e larvas.
Ela, banhada em seu próprio sangue, não acredita no que vê e se sente pequena, frágil e indefesa.
Ele, criatura devastadora e insensível, não se importa de ferí-la com golpes cada vez mais profundos.
A princesa o olha, e procura dentro daquele ser, o poeta que ela admirava.
Não encontra ali o homem-sol e, de repente, percebe que ele nada mais é que um simples e reles ser, como qualquer outro.
E ela sente ser ela própria, muito mais que isso, em sua franqueza, honestidade e generosidade.
Curando-se no próprio sangue, ela se levanta, e por magia, torna-se gigante.
Lá do alto ela vê, o carrasco em sua pequenez.
Todo a luz que existia nele, agora mais parece uma bola de poeira, cinza, suja e feia. Nada mais que isso!
E ela é toda luz do dia, um sol brilhante, quente e acolhedor. E também, toda a claridade da noite, a própria lua, singela, límpida e verdadeira.
Por um momento a princesa se espanta e pensa: "como pude me confundir com "isso"?
E o olha, num misto de desprezo e pena, por aquele que nunca vai saber o que é viver e ser feliz de verdade, pois se acostumou a viver na mentira.
Ela se vira e deixa que um outro verme venha e o destrua lentamente.









segunda-feira, outubro 10, 2011

O Gigante não está mais adormecido!

Quando eu era menina e íamos à Paquetá, na volta, na barca, minha mãe sempre nos mostrava o "gigante adormecido" formado pelos montes do Rio de Janeiro, visível somente da Baia de Guanabara.
Cresci achando estranho que ninguém mais soubesse sobre esse gigante! Só minha mãe! E depois nós!
Sempre que há oportunidade passo essa informação a diante, como também outros segredos guardados no Rio de Janeiro, como a Deusa Isis na pedra do Pão de Açúcar.
Agora, surgiu esse vídeo sensacional feito pelo "Johnnie Walker" e toda história foi revelada!

No início dos tempos, na parte sul das Américas, habitava um gigante. Um dos poucos que andavam sobre a Terra.
Gigante pela própria natureza, e sendo natureza ele próprio, era feito de rochas, terra e matas, que moldavam sua figura. Pássaros e bichos pousavam e viviam em seu corpo e rios corriam em suas veias. Era como um imenso pedaço de paisagem que andava e tinha vontade própria.
Caminhava com passadas vastas como vales e tinha a estatura de montanhas sobrepostas. Ao norte, em seu caminho, encontrava sol quente e brilhante nas quatro estações do ano. Ao sul, planaltos infindáveis. A oeste, planícies e terras cheias de diversidade. E a leste, quilômetros e quilômetros de praias onde o mar tocava a terra gentilmente, desde sempre. Havia também uma floresta como nenhuma outra no planeta. Tão grande, verde e viva que funcionava como o pulmão de todo o continente à sua volta.
Mesmo diante de tudo isso, um dia, enquanto caminhava, o gigante se inquietou.
Parou então à beira-mar e ali, entre as águas quentes do Atlântico e uma porção de terra que subia em morros, deitou-se. E, deitado nesse berço esplêndido, olhou para o céu azul acima se perguntando: "O que me faz gigante?".
Em seguida, imaginando respostas, caiu em sono profundo.
Por eras, que para os gigantes são horas, ele dormiu. Seu corpo gigantesco estirado, o joelho dobrado formando um grande monte, uma rocha imensa denunciando seu torso titânico e a cabeça indizível, coberta de árvores e limo.
Dormiu até se tornar lenda no mundo. Uma lenda que dizia que o futuro pertencia ao gigante, mas que ele nunca acordaria e que o futuro seria para ele sempre isso: futuro.
No entanto, com o passar do tempo ficou claro que nem mesmo as lendas devem dizer "nunca".
Depois de muito sonhar com a pergunta sobre si, o gigante finalmente despertou com a resposta.
Acordou, ergueu-se sobre a terra da qual era parte e ficou de frente para o horizonte.
Tirou então um dos pés do chão e, adentrando o mar, deu um primeiro passo.
Um passo decidido em direção ao mundo lá fora para encontrar seu destino.
Agora sabendo que o que o faz um gigante não é seu tamanho, mas o tamanho dos passos que dá.




quinta-feira, outubro 06, 2011

No mundo do Bruno...















Amei todas e copiei daqui/http://xpock.com.br/macro-miniaturas-imagens-sensacionai

quarta-feira, outubro 05, 2011

Advinha o quanto te amo!

Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do Coelho Pai. 
Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava ouvindo.
- Adivinha quanto eu te amo? - disse ele.
- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.
- Tudo isso - disse o Coelhinho, esticando seus bracinhos o máximo que podia. 
Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:
- E eu te amo tudo isto ! 
Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
- Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.
- E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai. 
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos assim. Então o Coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
- Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés!
- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés - disse o Coelho Pai balançando o filho no ar.
- Eu te amo a altura de meu pulo! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá. 
- E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos das árvores.
- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.
- Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai. 
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar pensando. Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o Céu.
- Eu te amo ATÉ A LUA! - disse ele, e fechou os olhos. 
- Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo! 
O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de Boa Noite. Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo: 
- Eu te amo até a lua...IDA E VOLTA ! 
 Fábula de Sam Mc Bratney




Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1651963-advinha-quanto-te-amo-f%C3%A1bula/#ixzz1Zxgy50uH


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