Pelo canto do olho...

vejo Miúda passeando pela sala!

Já ganhei folhinha esse ano

"A excitação de Laurita começava nos primeiros dias de dezembro, quando as folhinhas passavam a ser distribuídas como brinde pelo dono do mercadinho, da farmácia, do açougue onde morava, uma cidade do interior, ponte Nova, como já disse:

-Ainda não ganhei folhinha esse ano! - dizia ela antes de pedir o pão da padaria, o remédio para a pressão na farmácia, o meio quilo de patinho no açougue.

Entrava ano, saía ano tinha aquelas folhinhas com donas-de-casa molhando o jardim bem americano, com aquele cachorro saltitante tentando atingir a água que vinha da mangueira. Eram loiras com olhar ingênuo vestindo camisa xadrez e chapéu de palha e as folhinhas temáticas: automóveis, animais, artistas de cinema.

No dia em que dependurava a folhinha dos santos atrás da porta da cozinha, Laurita fazia questão de duas coisas: ver que dia do ano cairia o seu aniversário e se fevereiro tinha 28 ou 29 dias".

Trecho do livro "Admirável Mundo Velho", de Alberto Villas, que ganhei de presente de Natal de minha Tia Iára.

Por que esse texto é importante pra mim? Por que ele fala exatamente do presente que minha Tia Iraci me dá há vários anos, criando assim uma tradição e um elo entre eu e ela: o meu calendário de pano-de-prato que todo final de ano aguardo anciosa para pendurar na parede da minha cozinha.

Já está prometido: um dia faço uma exposição com todos os meus inúmeros calendários!

Decisão Acertada

No dia 28 de novembro quando minha gata Miúda foi para o "céu dos gatos" eu a deixei ir, com saudades é claro, mas sabendo no coração que eu havia a amado por todos os dias dos 19 anos em que ela viveu. E não teve um dia sequer em que eu não lhe dissesse o quanto eu a amava.
Agora fico pensando: quantas vezes eu disse isso para as pessoas que eu amo?
Por que conseguimos falar sobre isso para uma criança, para um animal, para um namorado (quando às vezes nem sentimos isso de verdade) e não conseguimos falar para as pessoas importantes da nossa vida e que realmente amamos de todo coração?
Então decidi não esperar mais!
Não esperar pelo Natal, pelo dia do aniversário, pela segunda-feira que vem.
O tempo passa rápido e nada deve ser adiado, por que podemos não ter tempo suficiente para declarar o que nos vem no peito.
Achamos que o outro sempre sabe o que sentimos e que não é necessário expressar esse sentimento. Sentimos até vergonha em virar para o outro e dizer: "Como eu te amo!"
Estranho é que não temos vergonha de falar algo que magoa, que faz sofrer.
Por que ensinamos às nossas crianças a dizerem as três palavrinhas mágicas (e insistimos para que elas não se esqueçam nunca): "Obrigada", "Por favor" e "Com licença" e não ensinamos as outras três sublimes palavrinhas (menores ainda): "Eu te amo" – por que?
Por este motivo e para ser bem rápida, essa mensagem irá para várias pessoas ao mesmo tempo, mas dentro de cada envelope irá também o espírito amoroso do meu coração e pensamento.
Para cada um que receber essa cartinha estará indo um desejo especial de carinho, gratidão, reconhecimento, agradecimento, admiração, ternura e tudo de bom que o amor pode trazer.
A partir dessa cartinha todas as vezes que eu encontrar um dos destinatários será para dizer "Como eu te amo!"
Isso é um compromisso, não é uma promessa, por que promessa às vezes nós não cumprimos! Mas compromisso é compromisso!
Vou começar abrindo o coração hoje!
Sem nenhum tipo de freio, por que isso é que provoca enfarte!

Amor Animal

"Um cão não vê utilidade em carros elegantes,
nem em casarões,
nem em roupas de grife...

Um graveto serve pra ele...

Um cão não se importa se você é rico ou pobre,
talentoso ou sem graça,
inteligente ou burro.

Dê a ele o seu coração
e ele lhe dará o dele!

De quantas pessoas você pode dizer isso?
Quantas pessoas o fazem sentir-se único, puro e especial?
Quantas pessoas o fazem sentir-se EXTRAORDINÁRIO?"

(do livro "Marley e eu")

Só um animal pode lhe dar isso!
Cão ou gato!