Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

quarta-feira, agosto 31, 2011

Meu Ipê Amarelo...

começa a brigar por espaço...
a um dia para setembro..
ele me avisa que a Primavera está chegando

Vê, estão voltando as flores
Vê, nessa manhã tão linda
Vê, como é bonita a vida
Vê, há esperança ainda
[ Lyri
Vê, as nuvens vão passando
Vê, um novo céu se abrindo
Vê, o sol iluminando

Por onde nós vamos indo
Por onde nós vamos indo

terça-feira, agosto 30, 2011

Cenas dos Ventos de Agosto

Ela vinha pela calçada brigando com o vento e a chuva fina.
Do outro lado da avenida ele, abrigado na marquise da padaria, começa a observá-la.
O vento de agosto joga o cabelo no rosto e ela, com as mãos ocupadas, anda sem enxergar por onde vai.
Uma lufada mais forte e seu guarda-chuva voa pra longe!
Ele de onde está acha a cena engraçada
Ela não se decide entre retirar o cabelo do rosto ou segurar o vestido.
A chuva cai inclinada com o vento e, antes de atravessar no sinal, um vento malicioso, abri-lhe o vestido-envelope mostrando as coxas torneadas e brancas.
Ele ri e ela ouve.
Ao chegar do outro lado, e vendo-o ainda rir da situação, ela caminha furiosa .
Ele a vê bem de perto: o rosto vermelho e molhado, sem ele entender se é chuva ou se são lágrimas. Numa explosão ela diz, com o dedo tremendo, apontando pra ele:
- Seu... seu... seu... bobão !!
Ele tenta se lembrar quando foi a última vez que fora chamado assim e rápido se lembra duma ocasião quando tinha cinco anos, brincando em casa com a irmã.
Num misto de surpresa, ternura e intimidade, ele pega seu dedo, morde e diz:
- Bobona!
O vento passa entre os dois, que despertos daquele inusitado diálogo, começam a rir juntos.
Depois entraram na padaria para um café-da-paz, esperando a ventania passar.

domingo, agosto 28, 2011

Cenas que sempre me emocionam...

"Memórias de uma Gueixa" - "Sorria para mim, pequena!"

sexta-feira, agosto 26, 2011

Rápida Visita

Enquanto escrevo vejo uma pequena formiga passear pelo meu monitor.
Me espanto, por não saber de onde ela veio.
Pode ter vindo comigo, na minha roupa ou na minha bolsa.
Como pude fazer isso com ela?
Como pude trazê-la para esse mundo frio do escritório?
E ela continua passeando alheia a minha presença.
O mundo pra ela é só esse pedaço do monitor que ela investiga curiosa.
Só pra ela, ou pra mim também, que estou presa a essa tela durante dez ou doze horas diárias?
Talvez eu a ajude colocando uma folha de papel em seu caminho para que ela suba e eu possa transferi-la para o vaso de violetas que colore a minha mesa.
E nós, eu, a violeta e a formiga, nos sentiremos isoladas da natureza que brilha do lado de fora da janela envidraçada.
Tanto mundo lá fora!
A pequena formiga corre na tela como as letras que surgem enquanto digito e eu quase brinco com ela acompanhando-a em sua exploração.
Suas antenas sacodem no ar: "Amiguinha, será difícil receber uma mensagem de retorno de onde estamos!"
Num piscar de olhos e ela some!
Não sei pra onde ela foi!
E eu volto a me concentrar em meu trabalho.
Voltamos ao que éramos antes da visita inesperada: eu e a violeta. Sozinhas.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Um bebê a dormir!

Miguel - Agosto/2011 - Seis meses
Um bebê a dormir!

Como somos frágeis,
dependentes,
vulneráveis,
delicados.

Somos orvalho
que escorre na grama
somos pólen
que voa na brisa
somos pétala
que cai ao toque

Mas como somos mágicos,
encantadores,
apaixonantes,
hipnotizadores.

Somos campos de miosótis,
areia brilhando ao sol,
bolhas de sabão coloridas,
bordados de teia entre as folhas.

Um bebê a dormir,
é sonho que não se conta,
riso silencioso
suspiros de deleite
cheiro de asas de anjos.

quarta-feira, agosto 24, 2011

24 de agosto, Dia de Ventania

Posso ser leve como uma brisa… 
ou forte como uma ventania…
Depende de quando e como você me vê passar….
Clarice Lispector ...

terça-feira, agosto 23, 2011

Segunda de Agosto


Acorda atrasada: 8:40 ! Se arruma apressada.
Ônibus ou van? ônibus ou van? Van!
Meia hora de van percorrendo o bairro.
Dorme, acorda, engarrafamento.
Dorme, acorda, engarrafamento.
Atropelamento com morto.
Dorme, acorda, celular tocando
Irmão internado com crise renal.
Hospital ou trabalho? hospital ou trabalho? trabalho!
Chega super atrasada! liga micro
Lembra do resultado do bolão:
Quem matou Norma?
reparte e distribui o prêmio.
Come um sanduíche com café.
Lê e responde alguns e-mails
No celular: irmão, mãe, filho e cunhada
Faz reserva de almoço de departamento no restaurante
Sai da empresa.
Passa no banco e retira dinheiro
Passa na banca e recarrega celular
Pega taxi e o motorista avisa que está sem troco.
Chega no hospital.

Fala com recepcionista, fala com outra recepcionista
Fala com guarda, fala com recepcionista da emergência
Fala com enfermeira, fala com médica.
Pedra de 3mm a ser retirada com laser.
Encontra irmão no soro.
Rim com infecção.
Atende celular: mãe, filho, cunhada
Fala com assistente social. Não tem quarto.
Liga para cardiologista-amigo.
Conversa com irmão.
Atende celular: mãe, cunhada, tia
Fala com assistente social. Não encontram vaga em outro hospital.
O que fazer com carro do irmão que está no estacionamento?
Liga pra filho. Filho no pediatra com o neto.
Liga pra cunhada. Cunhada vem pegar o carro.
Atende celular: mãe
Assistente social encontra vaga em hospital
Cardiologista-amigo informa que lá não tem tomografia.
Cunhada chega e fica na emergência.
Compra um café na máquina e vai ao banheiro.
Aproveita a distração do guarda e entra na emergência
Fica com a cunhada e o irmão
Atende celular: mãe, filho
Acompanha cunhada até o estacionamento
pega chaves e documentos do irmão.

Fala com médica sobre o procedimento
Acalma irmão.
Sobrinha chega de São Paulo.
Vai pra a sala de espera enquanto sobrinha fica na emergência.
Resolve lanchar com sobrinha
Encontra amigo que não vê há anos na lanchonete.
Lancha com sobrinha e conversa.
Fica na sala de espera.
Fala com assistente social que informa ter encontrado vaga em outro
hospital.
Aguarda ambulância para qualquer momento ou hora.
Sobrinha avisa que ambulância chegou.
Liga pra mãe, cunhada e filho informando
O que fazer com as malas da sobrinha?
Vai na ambulância junto com irmão, sobrinha e malas
Aproveita e fotografa irmão na ambulância
Aguarda internação do irmão no outro hospital
Liga pra cunhada, filho e mãe
Deixa irmão no hospital e volta pra casa com filho.
Em casa toma banho e lancha
A lâmpada da cozinha queima.
Liga pra mãe e dá por encerrado o dia.
Deita e lembra que não colocou celular pra recarregar.
Coloca o celular pra carregar
Acerta o despertador do telefone sem fio.
Observa que já é terça-feira.
Apaga a luz, deita e dorme!

sábado, agosto 20, 2011

Raconter des histoires


Je suis née pour raconter des histoires.
Histoires de princesses, des rois, des Indiens, des animaux qui parlent. Histoires sur les étoiles du ciel et mer.
Sorcières, fées marraines, méchant et bon gars et de vivre en moi attendant de quitter.
Je suis un livre qui attendent d'être ouvert.

"Il était une fois un petit papillon,
délicate et pleine de couleurs
volant dans le grand jardin.
Il est difficile de savoir qui est le plus beau
ou si elle est la fleur ... "

quarta-feira, agosto 17, 2011

Doce

"Então que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou cinza dos dias, bem assim: que seja doce.
Quando há sol e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce que seja doce que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder..."
(Caio Fernando de Abreu)


Boa Noite


Boa noite Lua no céu

boa noite estrelas no mar
boa noite pássaros a voar
boa noite cortina na janela
boa noite tules de véu.

Boa noite carneiros a pular
boa noite anjos a cantar
boa noite incenso de canela
boa noite beijos de mel.

boa noite braços a me ninar
boa noite sonhos a me esperar
boa noite roupa de flanela
boa noite contos de cordel.

boa noite pés a descansar
boa noite olhos a fechar
boa noite parede amarela
boa noite ...
boa...
boa noite meu amor


terça-feira, agosto 16, 2011

Cegos

Quando ela chegou na pequena cidade muita gente não entendeu como uma moça cega podia ser tão cheia de vida! Ela ficara cega aos oito anos ao levar um tombo. Diferente das outras pessoas ela não se revoltara contra Deus pelo acontecido, mas agradecia pelos anos em que pode enxergar e conhecer as cores, as flores, o mar, as aves. Podia ser pior, ela dizia, podia ter nascido cega e nunca ter apreciado nada disso. Assim ela cresceu, estudou Braile, se formou e foi ser professora. Só dependia de sua bengala branca a quem deu o nome de Matilde. Ela e Matilde eram vista  andando pra cima e pra baixo por todas as ruas do bairro. Andava decidida e rápido com Matilde em uma das mãos e o livros na outra. Na calçadas, passava e cumprimentava a todos que encontrava pelo caminho. Diziam que ela reconhecia as pessoas pelo cheiro! Ela achava isso divertido.
Um dia recebeu um convite para dar aulas na pequena cidade no interior do estado. E ela aceitou!
Uma tarde caminhando pelos jardins da praça esbarrou em alguém e seus livros caíram de seus braços. O homem pediu desculpas e começou a recolhe-los enquanto a moça ria da própria falta de atenção e ainda
colocava a culpa em Matilde. O homem assustado olhava ao redor procurando a tal Matilde, com medo de tê-la empurrado para o meio do jardim ou no lago.
Com essa confusão a moça ainda riu mais alto e mostrou quem era Matilde. Só aí ele percebeu que ela era cega e tentou guiá-la até um banco. A moça aceitou o gesto gentil mesmo sem precisar dele.
Bem instalada no banco ela pediu que ele se sentasse um pouco para conversarem. Ela sentiu que ele estava nervoso com o ocorrido e queria acalmá-lo. Ele quis saber o por quê de tantos livros. Ela rapidamente contou sua história e disse que estava voltando da escola depois de várias horas de aulas com as crianças e adolescentes com problemas visuais. Ele abriu um dos livros em Braile e quis saber qual era o título. Ela respondeu que era "O velho e o Mar" de Hemingway. Ele não conhecia a história e ela lhe explicou se tratar de um pescador em luta com um peixe, mas que na verdade era sobre a superação, pela luta pela sobrevivência, pela perseverança. Então, sem aviso, ela começou a ler o livro: "Era um velho que pescava sozinho num esquife..."
Assim começou a amizade entre eles dois.  
                                                                                                       
Todas as tardes após a aula, eles se encontravam no banco do jardim para ela ler pra ele. Assim que terminaram o primeiro livro, começaram outro.
Numa dessas tardes, após a leitura, ela perguntou ao homem se ela poderia vê-lo melhor. Ele estranhou e mais uma vez ela deu a risada encantadora e disse que ela simplesmente queria passar as mãos em seu rosto para
senti-lo. Era dessa maneira que ela "via" as pessoas.
Ele se sentiu constrangido pois se achava feio e velho e sua barba estava por fazer. Mas não resistiu àquele pedido e deixou que aquelas mãos passeassem por seu rosto.
Primeiro ela ficou em silencio, depois soltou a frase: "Como você é bonito!"
No mesmo instante ele se levantou e saiu em disparada, deixando-a atordoada.
Ao chegar em casa ele parou diante do espelho do banheiro e enquanto as lágrimas corriam ele se perguntava a quanto tempo não sentia a mão de uma mulher em seu rosto e quando fora a última vez que ouvira que era bonito. Provavelmente só sua mãe havia dito isso. E já se passara muitos anos desde que era um menino e ouvia esse elogio. Depois disso a vida havia sido cruel e dura para ele. Seu pai morrera cedo e logo ele teve que sair para trabalhar. Estudara pouco, não tivera tempo nem para amar uma mulher. Quando sua mãe morreu ele já passava dos cinqüenta anos e se sentia um velho. Era isso o que ele era: um velho!
Durante duas semanas ela esperou por ele no banco do jardim e ele não apareceu!  O que ela não sabia era que ele sempre estivera próximo, olhando-a do outro lado do lago.
Uma tarde ele resolveu sentar-se novamente ao lado dela e pediu desculpas pelo comportamento. Ela respondeu que não tivera intensão de assustá-lo ou de desrespeitá-lo. Continuou dizendo que o que ela vira era o rosto de um homem forte, sofrido, triste até, mas era o rosto de um homem bom e por isso era um rosto bonito. Novamente ele se emocionou mas logo se recompôs e quis saber qual livro ela tinha para ler.
Num desses encontros, logo que ele chegou, percebeu que ela estava preocupada e quis saber o que acontecia. Ela contou que ainda menina sua mãe a colocara numa lista de espera para um transplante de córnea e que
agora havia recebido uma carta avisando que ela havia sido escolhida para a cirurgia. Ele então, não entendeu o motivo da preocupação, já que era uma ótima notícia. Ela explicou que tinha medo de se desiludir. E se ela se
enchesse de esperanças e a operação não tivesse um bom resultado? Era melhor continuar do jeito que estava, ela já se acostumara com a escuridão, que não tinha medo, que sabia viver dessa maneira, etc. etc. Ele então
abraçou-a e lhe convenceu das maravilhas que ela ainda podia ver e viver. Que se Deus havia lhe dado essa oportunidade não era para ela desperdiçar. Mas enquanto falava, suas lágrimas corriam, sabendo que se ela voltasse a enxergar, seu sonho daquelas tardes havia terminado, mas ele era um homem bom e sabia que isso era o melhor pra ela. E assim ela foi para a capital fazer a cirurgia.
Enquanto esperava notícias ele se sentia dividido em seus pensamentos e sofria. Queria ficar feliz por ela, mas sabia que o bom resultado traria pra ele a solidão novamente.
Por três meses ele se sentou no banco do jardim.
Uma tarde, uma jovem veio a seu encontro e se apresentou como amiga da professora. Ela viera informar que a cirurgia havia sido um sucesso, que ela voltara a enxergar, que logo estaria de volta e que gostaria de encontrá-lo ali mesmo no jardim.
O desespero tomou conta dos seus pensamentos. Ele não sabia o que fazer e como agir. Andava pelas ruas sem direção e sem prestar atenção nas pessoas. Precisava de ajuda.
O barbeiro era o que mais se aproximava de um amigo, resolveu então contar o que estava acontecendo e pedir ajuda. O profissional era um bom homem também e o ouviu com atenção. Ao final de toda história, o barbeiro, que o considerava um amigo, o aconselhou a ir até a moça, que seria uma indelicadeza deixá-la esperando, que uma amizade tão bonita não devia terminar por causa de diferença de idade, etc...  Mas a tudo ele retrucava dizendo ser um velho, que já passar dos sessenta anos, que ele a assustaria, etc...  Nessas alturas, a barbearia já estava cheia e todos os outros homens já opinavam sobre o assunto, mas todos a favor de que ele não deveria desperdiçar essa chance que a vida estava lhe dando de compartilhar bons momentos com uma moça tão gentil. E, ele foi convencido!
Para melhorar a aparência o barbeiro lhe deu de presente um corte de cabelo e raspou-lhe a barba. Todos concordaram que ele rejuvenescera uns dez anos.
Alguns minutos antes do horário dos encontros ele já se encontrava sentado no banco do jardim a espera da moça. Trazia nas mãos um livro de presente embrulhado em papel brilhante com um laço de fita vermelho. "O Velho e o Mar" era o presente. De longe ele a viu caminhando sem Matilde. Foi emocionante vê-la assim.
Ela veio, sentou-se na outra ponta do banco, passou os dedos pelo relógio ainda em Braile, olhou ao redor e abriu um livro.
Ele ficou olhando-a, sem saber o que fazer. Ela não reparara nele e ele foi se sentindo ridículo e velho. As lágrimas vieram aos olhos. Ele sentiu vontade de se levantar e ir embora, mas resolveu continuar ali, ao lado
dela, pois seria a última vez que a veria.
Quanto mais o tempo passava, mais ele se sentia diminuído. Como ousara pensar que ela o reconheceria? com certeza ela o imaginara jovem e altivo e agora ele estava ali, ao lado dela, um velho!
Uma hora e meia se passou e o sol começou a se pôr. Ela, então, deu um suspiro, fechou o livro, olhou novamente ao redor e conferiu as horas. Ele a viu se levantar. Antes de sair do lugar ela se virou para ele e lhe
perguntou as horas, "acho que meu relógio está atrasado" completou.
Ele a olhou nos olhos e respondeu: "Dezessete e trinta, senhorita"
Ela agradeceu baixinho e saiu caminhando.
De repente, parou! Com os olhos fechados ficou farejando o ar e, ainda de costas disse:
- Você era muito mais bonito de barba...

segunda-feira, agosto 15, 2011

laços

domingo, agosto 14, 2011

Pai


domingo, agosto 07, 2011

Pedido...

sábado, agosto 06, 2011

Os ventos de agosto, o menino e a pipa...

Mãos infantis cortam os papéis,
Finos e coloridos.
Envergam o bambu e
trançam os gravetos
com habilidade milenar.
Juntam os retalhos
com cola de arroz.
Formam desenhos
sempre únicos!
Prendem as linhas
formando o cabresto!
Numa ponta a rabiola.
Cumprida e colorida
Na outra, a linha!
Sem cerol, só pra divertir!
Corre para o alto do morro,
segure pelo cabresto...




Agora, é só esperar
que venham os ventos de agosto!!
E quando ele vier...

procure um lugar seguro,
liberte-a, deixe-a seguir,
depois, aproveite!
Empine, empine, empine...
dance no céu, menino!
Voe alto, voe muito!
No chão, só se prenda ao carretel
E se outra pipa quiser cruzar,
Guerreie, enfrente, lute.
Se você for o vencedor
Apare, e traga o prêmio até você.
Mas se sua pipa voar,
corra pra casa:
papel e cola lhe esperam...
e o vento só termina
no final de agosto...


quinta-feira, agosto 04, 2011

Agosto




 
O desgosto
do mês de agosto
deixo a gosto
da ventania...

Em agosto

Em tardes de agosto,
cachorros se julgam lobos
e enlouquecem seguindo os ventos.
Espumando,
uivando,
assustados,
aguardando a morte.
Pobres vira-latas...


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