Brincando com Palavras

Minha foto
Nome:
Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

sexta-feira, setembro 30, 2011

Miguel Arcanjo

Neste dia 29 de setembro a Igreja comemorou o dia dos Santos Arcanjos: São Miguel, São Gabriel e São Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos. No Apocalipse, São Miguel e seus anjos são mostrados como defensores do povo de Deus


São Miguel Arcanjo:

“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate”. (cf. Ap 12,7) 
Vós, Príncipe dos Exércitos Celestes, Vencedor do Dragão Infernal, recebestes de Deus força e poder para aniquilar, pela humildade, a soberba do príncipe das trevas. Insistentemente vos suplicamos que nos alcanceis de Deus a verdadeira humildade de coração, uma fidelidade inabalável no cumprimento continuo da vontade de Deus e uma grande fortaleza no sofrimento e na penúria. Ao comparecermos perante o tribunal de Deus, socorrei-nos para que não desfaleçamos! São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso auxílio contra as malícias e ciladas do demônio! Ordene-lhe Deus, instantemente vos pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela divino poder, precipitai ao inferno satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém


terça-feira, setembro 27, 2011

Voar

Ela acorda com dor de cabeça. Toma um banho e lava os cabelos, na esperança da dor passar, mas isso não resolve.
Ainda com os cabelos molhados e o corpo enrolado em toalha ela se senta na cama de frente para a janela aberta.
Uma faixa de luz do sol passa por entre as cortinas. Ela pode ver a poeira dançando na claridade.
Sopra uma brisa que faz as cortinas voarem
Ela continua ali sentada olhando a réstia de luz. "Talvez se ficar bem quieta a dor se vá", ela pensa.
E fica assim, imóvel, quase sem respirar.
Em transe sente seu espírito deixar seu corpo e, junto com as cortinas ela voa.
E sai pela janela, como um pássaro.
Voa rente aos telhados dos prédios vizinhos e das copas das árvores, assustando as aves.
Lembra-se de olhar para a janela do seu quarto e se vê ainda sentada na ponta da cama em frente a janela.
Sente o cabelo secando ao vento e experimenta voar mais alto.
De lá vê seu prédio, sua rua, os carros e voa para os morros que estão atrás de seu bairro.
Ela sempre quis saber o que havia depois dele, imaginava o mar, mas descobre mais casas e ruas.
E agora ela está voando tão alto e tão rápido que realmente já pode ver, ao longe, o mar e alguns navios.
Cruza com pássaros, depois com nuvens.
Lá embaixo só o mar...
Resolve mergulhar num só voo, como as gaivotas fazem...
Já não sente mais dor de cabeça e mergulha sentindo o vento cortando sua pele.
No impacto com a água, volta a seu corpo e, com o susto, da volta a realidade, cai de costas na cama, sem sentidos...

segunda-feira, setembro 26, 2011

Meu Outono, Seu Outono

Parte do texto do blog do Prof Paulo Ghiraldelli Jr*:
"Estive no Programa do Jô e fiz uma metáfora sobre um ensinamento que recebi de Paulo Freire. Foi a historieta de como fazemos para que um elefante possa descer da árvore. Se o elefante sobe na árvore, então ele que não é bobo, não salta de lá ao querer descer. Para descer ele senta numa folha e espera o outono chegar. Do modo como contei o caso, no Jô, ainda acrescentei que eu mesmo vi os elefantes planando e pousando, quando o outono chegou e trouxe para o chão, de modo leve, o que é pesado, e isso sem estrondo ou ferimentos. Tudo que é pesado só pode pousar de modo leve. E que cada um saiba encontrar o seu outono para fazer o pesado pousar".

Aguardo meu outono para pousar o meu pesado!
Filósofo, escritor e professor da UFRRJ

sábado, setembro 24, 2011

Uau !!

Sem palavras

sexta-feira, setembro 23, 2011

E vem a Primavera....

"No inverno te proteger... No outono te conhecer... no verão sair pra pescar... Primavera poder gostar..."

Que meu caminho se cubra de flores... por que meu coração merece!

quinta-feira, setembro 22, 2011

MUROS

Passear pelo bairro onde você cresceu muitas vezes é fazer uma viagem no tempo, não só nas lembranças, mas, em alguns casos, é constatar que para algumas famílias não existe essa história de arquitetura, paisagismo ou modernismo. Algumas casas da rua da minha infância continuam com a mesma estrutura, a mesma imagem pintada em ladrilho no alto da fachada, a mesma placa de metal azul escuro com os números desenhados em branco no alto do portão.
Mas o que me mais me espanta  são os muros !! São verdadeiras relíquias! Deveriam ilustrar livros de arquitetura ou decoração. Só mesmo num bairro residencial sossegado é possível ainda ter esse tipo frágil de proteção. Muitos estão caindo aos pedaços, por total falta de cuidado.


Acredito que não seja falta de atenção, mas falta de dinheiro para recuperá-los. Obviamente que, caso haja  um novo morador, ele irá jogá-los abaixo e construir em seu lugar uma parede bem alta, toda de cimento, sem nenhum romantismo ou beleza (praticamente um muro de fuzilamento).

Quando olho para esses muros, pintados ou não, me lembro de um período em que seus donos, à noite, colocavam cadeiras nas calçadas e conversavam sob a fraca luz amarela dos postes, enquanto as crianças brincavam de "pique" na rua sem trânsito.

Por que?

De repente não mais que de repente // Fez-se de triste o que se fez amante // E de sozinho o que se fez contente // Fez-se do amigo próximo, distante // Fez-se da vida uma aventura errante // De repente, não mais que de repente"  (Soneto de Separação - Vinicius de Moraes)

Minha cabeça dói,
talvez por pensar tanto
e procurar entender
o que não consegue se explicar.
São tantos os "por quês?"
Perguntas sem respostas,
gritos sem eco,
corpo sem sombra,
olhar sem brilho,
tristeza sem fim.
Homem sem palavra
em meio a tantas palavras
Silêncio que dói.
Abismo sem fundo
no caminho sem chão.
A Lua brilha
mas o Sol se apagou.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Dia da Arvore - 21 de setembro

Minhas amadas, sábias e solitárias


quarta-feira, setembro 14, 2011

Mundo Feminino

A noite estava fria como de costume e quando Sara abriu a porta do apartamento sentiu alívio pelo aquecimento interno já estar ligado. Da porta pode ver a silhueta de Samuel sentado no sofá da sala. A luz estava apagada, mas ela o reconheceria à distância.
- E aí Sam, como foi seu dia? Quer comera alguma coisa? Vou preparar um lanche.
O apartamento era pequeno, mas Sara agradecia a Deus, por tê-lo conseguido por trabalhar na construção civil e plea possibilidade de poder morar sozinha sem que dividi-lo com mais alguém. Sam já era o suficiente. Da cozinha ela podia vê-lo e a enorme sombra que ele provocava na parede: ombros largos e cabeça correta.
Sara trouxe o lanche para a sala, sentou-se no outro sofá e cobriu as pernas com a manta:
- Um dia eu gostaria de preparar um grande jantar para nós dois. Um jantar com mesa arrumada. Nos meus sonhos eu me vejo sentada numa grande mesa com nossos filhos. Eu numa ponta da mesa e você na outra ponta. Eu sei que eu poderia ter filhos. Sério! Eu sinto! Nós teríamos dois meninos e uma menina. Dois meninos! Eu sinto que eu poderia ter dois meninos... E nós comeríamos batatas com carne assada. Você ri? Pois eu me lembro que minha avó dizia que no tempo dela era essa a comida preferida de meu avô. Batatas com carne assada... Que gosto será que tem? Que cheiro terá? Que cheiro terá uma criança? Como será viver com uma criança? Um menino... Só um menino... Imagine Sam, um menino no meio desse planeta cheio de mulheres? Como posso sentir tanta falta  de uma coisa que nem sei como é? Eu poderia ser uma daquelas mulheres escolhidas para gerar uma criança, não é Sam? Já pensou Sam, escolherem meu nome? Eu ainda estou em idade para gerar uma criança. Não! Não quero pensar nisso... Está ficando frio aqui... Vamos para o quarto Sam... Hoje estou muito cansada e triste... Vem! Eu lhe ajudo a se deitar. Minhas costas estão pegando fogo. O trabalho está ficando cada vez mais pesado e sinto que não fui feita  pra ele. Abrace-me Sam, estou me sentindo muito sozinha hoje. Às vezes fico pensando, por que o mundo teve que ficar assim? Eu sei que o que aconteceu já foi há muitos anos. Quase uns sessenta anos. Mas será que naquela época as mulheres também se sentiam assim como estou me sentindo essa noite? Com certeza não! O mundo daquela época era mais lindo, com mais coisas para se ver. Havia dias de sol, riso de crianças, carne assada e homens, muitos homens. O que terá acontecido Sam? O que terá acontecido de verdade? Dizem que foram as experiências que fizeram com as grávidas daquela época e que depois os médicos perceberam que só nasciam meninas. Dizem também que foram as guerras, as bombas, que provocaram as mudanças. Foram tantas as bombas que algo mudou na biologia e de repente não nasciam mais meninos. Aí eles começaram a estocar espermatozoides dos homens existentes, pois e a coisa continuasse como estava, com o tempo acabariam os homens do planeta.
Estou tão triste Sam. Talvez eu não fale mais. Talvez eu chore. Mas estou tão cansada e triste. Será que naquela época as mulheres ficavam tristes, se sentindo sozinhas, sem ter um abraço de homem para dar conforto, apoio, segurança? Será que elas, no final do dia se sentiam tão cansadas por fazer um trabalho que deveria ser feito por um homem? Acho que não. As mulheres daquela época deviam ter sempre um companheiro para elas colocarem a comida e depois conversar. Uma vez eu vi uma revista exposta na antiga biblioteca. Na revista tinha fotos de casais e nelas as mulheres estavam sempre sorrindo. Elas deviam ser muito felizes. Ouvi dizer que há continentes que ainda tem homens. Homens velhos e poucos, mas que eles ainda existem. Uma vez, quando eu era bem mocinha, minha mãe quis me dar para uma mulher que dizia que ia para esse lugar. Minha mãe dizia que talvez eu tivesse uma chance de engravidar naturalmente de um homem. Minha mãe foi uma das sorteadas, mas pelo visto, ela não teve muita sorte, não é Sam? Céus! Por que a noite de hoje está tão fria? Acho que não foi só isso que aconteceu. Isso... de só nascer meninas. Naquela época o mundo estava repleto de guerras, conflitos, revoluções. Pelo menos isso terminou... Pelo menos vivemos em paz agora. O Conselho das Anciãs diz que os homens só sabiam viver lutando e que estamos melhor sem eles. Mas não estávamos preparadas para cuidar sozinhas do planeta... Nenhuma de nós está preparada para viver sozinha... Sam! Acho que estou doente. Se eu morrer ninguém vai sentir a minha falta. Nem no trabalho. Logo outra mulher vai tomar o meu lugar e tudo voltará ao normal. Ainda bem que você existe Sam. Ainda bem que eu o encontrei e agora você é meu único e verdadeiro amigo. Abrace-me Sam, por que eu não aguento mais tanto frio dentro do meu peito... A vida está tão sem sentido... Sem sonhos... Sem objetivos... Eu preciso tanto dormir... Abrace-me Sam...

Somente três dias depois, a equipe de segurança da cidade, conseguiu entrar no apartamento, seguindo uma denúncia da empresa onde Sara trabalhava, que dizia que ela estava ausente das suas funções.
A equipe a encontrou em sua cama carinhosamente abraçada ao modelo AM-36. Era um modelo barato, que já havia saído do mercado, há algumas décadas, mas que representava bem uma cópia humana masculina.
As policiais nunca conseguiram entender o porquê das marcas deixadas na face do modelo. Se ele fosse humano poderiam pensar que ele havia chorado. "Se" ele fosse humano... Mas ele era só um companheiro de borracha e silicone.



domingo, setembro 11, 2011

Onde eu estava em 11 de setembro de 2001?

A terça-feira começava como qualquer outra.
De repente uma das engenheiras chegou na sala dizendo que a Torre havia sido atingida por uma avião.
Pensei que torre seria essa? a torre do Rio Sul? e como "atingida"?
Como todos ficaram olhando-a, ele completou: "World Trade Center"
A ficha continuou sem cair pra todo o departamento.
Um outro colega veio e disse: "Foi só a torre" - pra ele havia sido a torre de rádio de algum prédio!
E todos continuaram em seus trabalhos.
Como fiquei incomodada por não saber detalhes, fui até o único computador que dava acesso à Internet e ficava no corredor.
Ao ver as imagens pela CNN, do primeiro prédio atingido, pensei: "cena de um filme!" e me conformei e avisei a todos: "gente isso deve ser de algum filme!"
Então começaram as primeiras reportagens onde ainda não se sabia se havia sido um acidente (talvez um avião em rota perdida) ou um atentado.
Quando o segundo avião atingiu a outra torre, preferi continuar pensando: "é filme!" - e, como só eu estava preocupada com aquilo e todos continuavam trabalhando, fiquei ainda acompanhando a "filmagem"
Mas quando vi todas as imagens de desespero eu me convenci de que alguma coisa muito séria estava acontecendo e quando a primeira Torre veio a baixo, o meu primeiro pensamento foi: "Pra onde ela está indo?"


A imagem que tenho é de que ela estava descendo como um elevador, indo pra dentro da Terra! E eu me levante e disse: "Caiu!"
E depois a outra caiu também e todos já estavam ao redor do monitor.
Fui pra minha mesa pensando: "Agora vai começar a 3ª Grande Guerra e meu filho está com idade para ser convocado!"
Dez anos depois fico pensando nesse meu pensamento egoísta! Milhares de pessoas morrendo e eu pensando que meu filho poderia ser chamado para a guerra. Mas sou mãe e nós somos assim..
Depois desse dia o mundo não foi mais o mesmo. O susto e o sentimento de impotência atingiu a todos, e dessa vez, até ao povo americano.
Hoje, será inaugurado um espaço em lembrança aos que morreram naquele dia. Um lugar onde os familiares e todos poderem chorar, rezar, reverenciar seus mortos. O Marco Zero.
Duas piscinas gigantes, com o exato perímetro das Torres Gêmeas e no exato local onde se encontravam, foram construídas em granito cinza chumbo. Centenas de fontes estarão jogando milhares de litros de água por minuto representando todas as lágrimas que não pararão de correr dos olhos de quem presenciou e se emocionou naquele 11 de setembro de 2001. No centro ficará um poço quadrado, profundo e escuro, para onde as águas correrão. Esses poços representam o imenso vazio que foi aberto no coração de todos nós. Ao redor de cada uma das piscinas, está escrito o nome de cada uma das quase 3 mil vítimas do 11 de setembro.

Marco Zero

quinta-feira, setembro 08, 2011

Os Inocentes do Leblon







Os inocentes do Leblon
não viram o navio entrar.
Trouxe bailarinas?
trouxe imigrantes?
trouxe um grama de rádio?
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem.

 

domingo, setembro 04, 2011

Saudade

Eu queria saber se isso de que só a língua portuguesa conhece a palavra Saudade é verdadeiro. Então saí pesquisando e descobri que a palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". E que ela foi "criada" na época dos descobrimentos para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define a melancolia causada pela lembrança, a mágoa que sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações.
Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e está como a sétima palavra de mais difícil tradução.
Gosto da palavra "Saudade". É a minha palavra preferida na língua portuguesa! Gosto da maneira que ela passeia por minha boca. Talvez seja por que gosto de palavras que tenham a letra "D" - doar, dar, Deus, dádiva. São lembranças de quando estava sendo alfabetizada - "O dedo da Diva dói" - e eu sentia tanta pena da Diva!!
Só não gosto de senti-la em alguma de suas formas.
Se sentimos saudade de alguém ou de algo que, mesmo não estando próximo, se pode, de alguma maneira, "matar" essa saudade, ela é até tolerável. Se sentimos saudade de alguém que está longe, em outro estado ou país, ainda temos a possibilidade de enviar uma carta, um torpedo, ou telefonar. Se estamos separados por influência da vida, mesmo assim, sabemos que a qualquer momento, mesmo que demore muito, reencontrar esse nosso objeto da melancolia. Há uma chance, mesmo que remota, dessa saudade ser substituída pela alegria do encontro.
Mas e quando a saudade é de alguém ou de algo que se foi irremediavelmente? Onde não há retorno de quem partiu? Quando o sentimento é de perda total?
Essa saudade dói e dói muito!É essa dor que tenho sentido.
Tenho pessoas amadas que se foram pra sempre que me deixaram um imenso vazio no peito. Pai, tios, amigos.Mas a minha maior e mais recente dor tem sido a saudade da minha gata, minha filhota adorada!



Afinal foram dezenove anos de milhares de "miaus", de companheirismo, de dormir sentindo sua barriguinha quente encostada em minhas pernas, de assistir tv com seu corpo deitado ao lado do meu no sofá. É uma saudade que me faz, as vezes, ouvir seu miado dentro de casa, ou de me fazer esquecer que ela não está mais aqui e pensar em chamá-la para comer.
Essa saudade infinita e sem chance de ser aplacada tem feito com que eu demore a dormir. Eu ainda sinto o seu cheiro e a maciez do seu pelo. Ainda espero que ela pule na minha cama de madrugada me fazendo acordar assustada
Eu sei que ela se foi e que nunca mais vou poder pegá-la no colo e é isso que me faz chorar de saudades.
O dia da saudade é comemorado no dia 30 de janeiro.
Estranho... é o dia do meu aniversário também.


Created by Crazyprofile.com