Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

domingo, dezembro 31, 2006

Desejos



Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu."
(Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Eu fui.....

Mont Saint-Michel

Numa daquelas visões que tive na adolescência eu me via andando pela única Rua do Monte Saint-Michel, na França.

A partir daí eu poderia ir à França e não visitar Paris, mas deixar de ir a Normandia e pisar o chão da ilha isso eu não me perdoaria.

Em minhas visões eu teria chegado à ilha como prisioneira vestida de homem.

Quando veio a oportunidade de ir à França corri e comprei a excursão a Saint-Michel.

Foi o lugar mais bonito que visitei na França.

Monte Saint-Michel é um misto de abadia e fortaleza, fundado no ano de 966 e que fica no norte da França, na Normandia.

O monte, que se torna ilha durante a maré cheia, foi um importante ponto de peregrinação durante a Idade Média e mesmo hoje continua sendo visitado por quase um milhão de turistas por ano, onde se sobe centenas de degraus para fazer homenagens a São Miguel.

Na vazante se torna um morro cercado de pastos de ovelhas. E é um espetáculo deslumbrante ver duas vezes ao dia a maré mudando e a água vindo e cercando o morro se transformando em ilha.

A ilha toda tem menos de um quilômetro de circunferência e uma única rua, com menos de três metros de largura, mas com muitas lojas de artesanato, restaurantes, cafés e sorveterias. No restaurante La Mère Poulard faz-se uma famosa omelete. Não comi por ser cara para meu bolso.

A abadia, erguida no alto do monte já serviu também como prisão política. As missas rezadas em latim e francês, é uma das atrações do Monte Saint-Michel. Acontece sempre aos domingos, pontualmente ao meio-dia.

Em meu passeio procurei por aquele meu “eu” do passado. Procurei atrás das colunas, em meio às pedras e rochas, corredores, degraus, altares, salões, torres e jardins.

Mas nada encontrei.
Meus fantasmas vagam perdidos ou presos ainda, em algum fosso secreto, nessa ilha mágica, no litoral francês.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Rebeca


Entrei no quarto,
abri todas as portas do guarda-roupa,
as gavetas da cômoda, do criado-mudo.
Sentei na cama ao lado dos livros abertos e dos diários.
Imaginei-me morta.
Tentei ser outra pessoa arrumando meu quarto.
Com certeza essa pessoa ficaria muito intrigada
com os objetos que encontraria no meu aposento.
E milhares de perguntas ficariam sem respostas.
Porque eu teria guardado esse pedaço de fita verde?
Um botão de farda, uma rosa de pano,
uma caixa de fósforo com uma ficha antiga de orelhão dentro,
um brinco de penas,
um número anotado numa folha, recortes de jornal,
uma frase marcada numa página de um livro,
um pedaço de papel de presente,
um desenho feito à lápis num guardanapo de bar,
um tíquete de exposição, ramos de trigo,
um comprimido, um molde de blusa,
uma caixinha de rouge, uma lata de talco antiga,
um sapatinho de boneca...

Objetos que certamente seriam desprezados por qualquer pessoa,
mas que mereceram minha atenção
e que contém uma história.
Meus tesouros.
Minha herança.

Não sei se escrevo a história de cada objeto
e reservo para a pessoa que fará a limpeza no meu quarto ou,
como uma Rebeca,
deixo que o mistério envolva minha memória....

sábado, dezembro 16, 2006

Música Tema - 2

Vitoriosa
Quero a sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza
Quero toda a sua pouca castidade
Quero toda a sua louca liberdade
Quero toda essa vontade de passar dos seus limites
E ir além, e ir além
(Ivan Lins)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Casa de Vó !

A casa vazia
Outrora tão cheia
De risos, crianças, barulho.
Agora, só o silencio.

Seu marido morrera,
Seu piriquito morrera.
Até seu cachorro morrera.
Agora, só um gato lhe faz companhia.

Seus filhos cresceram e
como pássaros deixaram o ninho.
Voaram.
E ela ficara só.

Será que Deus se esquecera dela?
Esquecera-se de lhe chamar para junto dele?
O que mais restava a fazer?
Vagar pela casa?

Folhear álbuns,
recolher fotos,
colecionar tristezas,
guardar lembranças?

Pra quê tudo isso?
Por que ainda não se fora também?
Ainda haveria algo a fazer?
Sua missão ainda não terminara?
Qual seria ela?

Começar um novo bordado?
Juntar receitas num caderno?
Arrumar as gavetas do armário?
Plantar roseiras no quintal?
Lavar e engomar lençóis?
Dobrar toalhas?

Andar pelos corredores.
Preparar um chá.
Costurar memórias.
Cerzir recordações.
Embalar histórias de sua vida.

De repente, um barulho!
E com o barulho,
risos, gritos, algazarra !

São os netos, entrando correndo!!
Vermelhos, suados e felizes,
Prontos para o almoço de domingo!

E ela se dá conta que ainda há muito por fazer...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Texto legal - Histórias para ninar alienígenas


Em 1855, Mwanga, um negro gigantesco, substituiu Mtesa como kabaka - ditador - de Uganda. Mtesa era tolerante e deixara que missões católicas e protestantes se estabelecessem em seu território. Mwanga, porém, desconfiou daquelas histórias de uma mulher branca e virgem dando à luz um filho de um pombo. Além disso, achava que os pastores e padres fediam, o que não deixava de ser verdade.
Primeiro, matou o bispo anglicano James Hannington. Depois, tomou gosto e matou todos os outros. Ficou com dor na consciência. Disse para seu umbigo, pois andava nu: "Matei os protestantes e não seria justo deixar os católicos vivos". Da conclusão, passou à ação e massacrou 22 católicos. Quem não gostou da história foi Joseph Mukasa, membro da casa real, que depois cirou santo. Tomou coragem e disse para o kabaka:
- Olha, Mwanga, você só matou os padres porque eles não quiseram ser sodomizados por você.
Mwanga cortou a cabeça de Mukasa no ato e nunca mais teve problemas até o dia de sua morte natural.
(Fausto Wolff)

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Magia no ar


Naquele exato instante
Em que o dia termina
E a noite começa
Em que não se é uma coisa
Nem outra
E o céu se veste de azul e rosa
E o ar exala um cheiro de mistério...

Naquele exato instante
Asas transparentes de fadas
- encantadas e encantadoras -
Brilham na luz morna do sol.
Duendes saem das tocas
Aplaudindo o crepúsculo...

Naquele segundo mágico
Gnomos se espreguiçam
Sem perder de vista seus tesouros.
E esguios Elfos fazem suas rondas
Espalhando pólen nos jardins...

Unicórnios brincam nos rios,
Pirilampos iluminam as flores,
Rosas se abrem e se exibem
e trabalhadas teias cintilam
como cordões de brilhantes...

Naquele momento
O mundo é só fantasia
E se enche de esperança.

sábado, dezembro 02, 2006

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