Brincando com Palavras

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Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

terça-feira, outubro 28, 2008

A partir deste momento

Juro que sempre estarei ao seu lado.
eu daria tudo,
Qualquer coisa
e sempre te cuidarei.
através da fraqueza
E fortaleza, alegria e tristeza,
pelo melhor ou pior,
Te amarei com a força de cada batida do meu coração
A partir deste momento a vida começou
A partir deste momento você é o único
E bem ao seu lado é onde eu pertenço
A partir deste momento em diante
A partir deste momento eu fui abençoada
Eu vivo somente para sua felicidade
E pelo seu amor eu daria meu último suspiro
A partir deste momento em diante
Eu entrego a minha mão para você com todo o meu coração
Não posso esperar para viver minha vida com você,
não posso esperar para começar
Você e eu nunca nos separaremos
Meus sonhos se tornaram realidade por sua causa
A partir deste momento e enquanto eu viver
Eu vou te amar, eu te prometo isso
E não há nada que eu não daria.
A partir deste momento em diante
Você é a razão por eu acreditar no amor,
Você é a resposta das minhas orações lá de cima
Tudo que nós precisamos é somente de nós dois
Meus sonhos se tornaram realidade por sua causa
A partir deste momento e enquanto eu viver
Eu vou te amar, eu te prometo isto
E não há nada que eu não daria
A partir deste momento
Eu vou te amar enquanto eu viver
A partir deste momento em diante

quinta-feira, outubro 23, 2008

Do Diário da India Ceci - Vol. IV

Ela não se lembrava mais, mas desde pequena era escolhida para alguém lhe contar um segredo. A princípio ela nem sabia bem o que era isso. Só sabia que as conversas começavam por "não conte pra ninguém".
E ela foi ouvindo!
As vezes eram histórias sobre a saúde de alguém. Estavam com uma doença sem cura ou algum parente estava para morrer, ou alguém aguardava um filho indesejado.
Outras vezes era sobre a vida amorosa. Estavam amando escondido ou à pessoa errada. Ou o contrário, não amavam mais!
Filhos adotados, maridos infieis, amigos traídos, pequenos roubos, injurias, difamações.
Um dia, vendo que a pequena não aguentava mais o peso de tantos segredo, o pajé da tribo mandou chamá-la.
Disse-lhe que rezaria aos deuses para que lhe dessem um dom que fizesse ela aguentar a honra de ser uma "Comedora de Segredos". Mas que até isso seria um segredo que ela não poderia revelar para ninguém.
De tanto rezar durante a noite o pajé foi encontrado morto quando o sol nasceu.
A pequena ficou sem saber se seu pedido havia sido ouvido e seguiu a vida ouvindo segredos.
Uma noite, já mocinha, não aguentanto o peso enorme em seu coração, ela correu até o meio da floresta desesperada e tentou gritar, para se sentir aliviada.
Mas o grito não saiu! Talvez por medo! Talvez no íntimo ela tivesse medo que junto com o grito alguns segredos escapassem e, todos ouvissem, tudo de todos.
De repente, ela ouve um estalo em seu próprio ouvido.
E, como mágica os segredos começaram a sair de seus ouvidos em forma de pequenos vaga-lumes!!
E foram tantos que a floresta ao seu redor ficou toda iluminada!!
Os milhares de pequenos vaga-lumes rodearam a pequena e depois foram subindo aos céus.
Bem lá no alto eles se transformaram em milhares de estrelas.
Aliviada, ela se deitou no chão e ficou ali olhando o céu, iluminado com tantos segredos.
De manhã ela voltou pra casa.
E continuou sua vida de Comedora de Segredos, só que agora ela sabia o que fazer com eles.
E o céu foi ficando cada vez mais estrelado!

quarta-feira, outubro 15, 2008

Um filho rapagão a dormir

Nesses dias de "ninho vazio" me lembrei de um texto do meu rei Artur da Távola:

Lembro-me de repente de um instante no passado: um de meus filhos, então rapaz, a dormir no sofá da sala, o livro caído a seu lado. Em um filho jovem, mesmo um latagão, a dormir, aflora a criança desvalida e fraca.
Some a expressão dos olhos, os significados da voz de machinho, descansam os músculos faciais que definem os traços representativos dos disfarces e defesas que inventamos para sobreviver.
Um rosto de jovem, deitado e de olhos fechados, faz cessar por instantes as intensidades e discordâncias daquele novo ser pulsátil, cheio de idéias, atitudes, pontos de vista, competições, raiva até da dependência de tantos anos aos pais.
Há um breve retorno à desproteção da infância, que renova no pai uma forma poética e emocionada de apego aos filhos.
Raras vezes nos é permitido reter a infância dos filhos, esvaída na ânsia de descobertas e justas independências, quando eles ‘ajovecem’.
Ao contemplá-los assim, fortes mas vulneráveis, dentro de nós latejam misteriosas intensidades.
Somos pedaços de complexidade ganindo ânsias de harmonia e integração. Dentro de nós lavra um afã constante, preparação do vir-a-ser. É a evolução, inevitável.
Somos um esforço sem trégua para alcançar um ‘adiante’ que engendrará novas disposições de avanço na direção do não se sabe.
Somos pedaços de cansaço feliz por buscar o que, alcançado, transforma-se em plataforma de novos embarques.
Somos um lindo e conturbado espetáculo de luta e jardim.
Somos a natureza no esforço de existir e propagar a espécie.
Somos a expressão dolorosa da ânsia de existir.
Assim somos. A/penas.
E vemo-nos como tal no filho rapagão a dormir.
Por isso, quando de olhos abertos, falando, pregando, querendo, clamando, postulando ou dizendo, somos um cansaço em andamento; somos o nosso doloroso miolo, busca constante de transcendência, transparência e harmonia, ideais da divindade que mora em nós, incompleta, sempre em andamento, em busca da transformação, como o universo.
Mas ver o filho a dormir ali, jovem, descuidado, grandalhão, é encontrar a criança que nele mora.
E é ser pai de novo.
Por certo quem me lê já viveu essa emocionada alegria antecipatória de saudades que se aproximam.
Publicada em 31 de janeiro de 2008

segunda-feira, outubro 13, 2008

Baby Love


Fui assistir a premier do filme "Baby Love".

Mais romance que comédia. E mais, muito mais encantador do que possa parecer, Baby Love (Comme Les Autres, França 2008) é uma deliciosa comédia romântica-dramática (cada vez as locadoras têm dificuldades para classificar os filmes em suas prateleiras) estrelada por Lambert Wilson. Ele interpreta Manu, médico pediatra que vive uma apaixonada relação homossexual com o advogado Phillipe (Pascal Elbé)
Uma relação que está prestes a desabar porque Manu insiste em seu antigo sonho de adotar uma criança, fato que Phillipe simplesmente abomina. Após considerar todas as possibilidades, Manu resolve não medir esforços para realização de seu ideal. Custe o que custar. Nesse processo, ele se defronta com várias situações que caminham na finissima linha que divide o trágico do cômico.
Dois dos maiores méritos de Baby Love são a dignidade e a sobriedade da direção de Vincent Garenq. O tema, que facilmente poderia descambar para o caricato ou para o humor rasteiro, é mantido num alto registro de qualidade durante toda a projeção, causando uma forte empatia do público com os protagonistas evitando caminhos simplificadores e desenhando a fundo seus personagens, que acabam esbanjando credibilidade e humanismos.
Saí da sala de projeção com a sensação de "novos tempos", "novas famílias", "novos valores" mesmo achando que ainda engatinhamos na simples aceitação de que dois individuos que se amam podem ter as mesmas chances de serem bons pais, por que o que uma criança precisa é de amor.
Infelizmente ainda somos como os dois meninos personagens do filme: cheios de perguntas, dúvidas e questões.
E por não saberem nos dar explicações, somos mandados para o quintal fazer bonecos de neve.
De preferência, bem grandes!

quarta-feira, outubro 08, 2008

As melhores coisas da vida não são coisas

  1. Do blog "Lá em Casa" - assinado por Simone Quintas

terça-feira, outubro 07, 2008

Traição

Esse punhal
que entra no peito
quando se está distraído

olhando o por do sol
ou dormindo no conforto da cama.

Esse punhal
que leva o gosto de sangue
à boca que acabara de beber,
juntos,
o vinho.

Essa serpente
que se aproveita
da porta aberta da sua casa
para se esgueirar na escuridão
e se apoderar do seu sossego.

Ai, o bote da serpente
e o fio do punhal
doem tanto por virem
de quem se confia
de quem se confia.

Se pelo menos viesse de qualquer outro...
De qualquer cão sarnento de rua,
não doeria tanto a ferida.

Mas assim, dói !

E depois da ferida aberta,
do sangue e da lágrima derramados
do gosto de fel na boca
do susto da traição
resta-nos ficar atentos,
crescer,
nos protejer,
vigiar,
para não oferecer
novamente o peito
a uma nova punhalada.

E, se por acaso, um dia,
ela se repetir,
que não venha de um amigo,
que seja de uma serpente qualquer,
desconhecida.

domingo, outubro 05, 2008

Mãe do Noivo: Só Felicidade !!

Pois é, ontem foi o casamento e por incrível que pareça hoje não acordei me sentindo a última das criaturas.
Passei pelas duas cerimônias ilesa, somente com alguns litros de lágrimas derramados.
Na cerimônia na igreja pela manhã me comportei bem até a entrada da noiva. Aí desabei.
Vê-la entrando tão linda no seu vestido branco e curto, com seu veuzinho e buquezinho na mão, foi algo maravilhoso!
A cerimônia à noite foi um caso especial. Primeiro o céu foi lavado por um aguaceiro fenomenal pra depois se transformar numa noite fresca, com cheiro de capim molhado.
A casa de festas fica encravada numa área de floresta ao redor, o que fez o padre ser acompanhado por um coro de sapos e grilos.
Novamente caí no choro!
A festa foi alegre cheia de momentos incríveis, como a homenagem que os amigos de infância fizeram ao noivo montando um clip com fotos de passeios, festas, bagunças.
Eu me diverti muito!
Dancei tudo o que pude por que adoro dançar!
Dancei com meu filho, dancei com minha nora!
Bebi algumas caipirinhas e espumantes.
Só comi uma bolinha de queijo!
Bati e saí em muitas fotos!
Me despedi deles desejando toda a felicidade do mundo.
Voltei pra casa com amigos enquanto eles foram para o hotel curtir a lua-de-mel.
Amanhã eles viajam
Pra mim a vida continua
E eu estou super feliz !!


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