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Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

sábado, abril 14, 2012

A Floresta - Parte 3



A Floresta - Parte 2 você encontra aqui:
http://brincando-com-palavras.blogspot.com.br/2012/01/floresta-parte-2.html

Quando Rosa já estava quase uma mocinha, Dolores adoeceu! Seu marido escondeu a notícia dos moradores da vila. Ele não conseguia suportar a idéia de que sua amada esposa fosse enviada para longe dele e de seus filhos para viver sozinha num lugar que ela sempre temera: a floresta!

Durante muitos dias a família se manteve dentro de casa cuidando de Dolores. O marido e as crianças cercavam-na de carinhos e atenção.

Mas Dolores lembrou-os de que sua mãe não podia ficar abandonada no interior da floresta sem alimentos, remédios e notícias.

Branca, por ser a mais velha, disse que ela poderia ir até a avó levando o necessário. O pai da menina lembrou-a de que era ela quem preparava a alimentação de Dolores e das crianças menores. Branca insistiu dizendo que voltaria o mais rápido que pudesse e que antes do anoitecer já estaria em casa. Da cama, Dolores gemeu ante a possibilidade de sua filha entrar sozinha na floresta. E ela prometeu que não sairia de casa.

Alguns dias se passaram e o marido de Dolores teve que fazer uma pequena viagem até a vila mais próxima para buscar remédios para sua esposa.

As meninas estavam preocupadas com a avó, que até aquele dia não havia recebido notícias do por quê de não terem ido mais visitá-la.

Branca preparava o jantar pensando em sua avó. Rosa percebendo a preocupação da irmã, disse-lhe que se ela lhe ensinasse o caminho, ela iria, no dia seguinte, bem cedo, até a casa da avó levar-lhe notícias, alimentos e remédios.

Branca passou a noite sem saber o que decidir, mas na manhã seguinte, ela levantou-se cedo, arrumou uma cesta com tudo o que a avó necessitava e acordou Rosa para que ela fizesse a viagem.

Branca e Rosa foram juntas até a entrada da floresta. Branca ia passando para a irmã as informações que ela precisava para encontrar a pequena casa da avó. Se ela seguisse o combinado logo após o almoço ela estaria de volta à casa e sua mãe nem saberia o que havia acontecido. Rosa tinha apenas que prestar atenção ao caminho. Antes de indicar por onde entrar na floresta, Branca colocou em sua irmã o agasalho vermelho que sua mãe havia lhe dado de presente no último inverno. A manhã estava nublada e pequenos chuviscos anunciavam que o outono estava no fim.

Rosa cruzou os limites da vila e entrou na floresta. Branca vendo-a seguir tão firme e obediente sentiu-se mais segura. Ela sabia que Rosa prestara atenção em seus conselhos. O que Branca não sabia era que seus conselhos eram conselhos de menina e que ela não tinha conhecimento que dentro daquele mundo de árvores viviam seres que sua infantil mente não sabiam existir.

Muitos dos habitantes da floresta haviam enlouquecido por viverem longe de seus familiares. Ladrões também se escondiam em suas grutas, aproveitando-se do isolamento do lugar. Malfeitores e vagabundos que fugiam do trabalho na mina. E os lobos...

Pela constante umidade, a floresta vivia repleta de flores, o que tornava o lugar um misto de mágico, misterioso e sombrio para as crianças. Rosa corria as alamedas admirando as flores, as aves, as árvores. Ao longe já podia ver o telhado da casa de sua avó. Ela se sentiu satisfeita com ela mesma por ter se saído bem em sua primeira tarefa de adulta. Em sua alegria ela não percebera que um par de olhos vermelhos também a admirava por entre as folhas. Enquanto Rosa sentia o perfume das flores, algo atrás das árvores e galhos também farejava no ar o seu cheiro. Um cheiro bem conhecido...

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