Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Sentada a beira do caminho...

O hábito faz com que eu sempre repita que "Deus me livre votar a ter 17, 18 anos! Gosto muito de mim hoje! Não tenho nada de bom pra lembrar daquela época" mas esses dias fiquei pensando o quanto tenho sido injusta com uma pessoa quando faço essas afirmações.
Se gosto muito mais de mim hoje, se minha vida tem algo que eu considere interessante e satisfatória, devo aquela menina que eu era aos 15, 16, 17 e 18 anos.
Graças a ela sou o que sou hoje!
Foi a força, garra e sobretudo, vontade dela de crescer que me fez ser a pessoa de hoje.
Se pudesse eu iria até ela para conversarmos.
Eu até posso vê-la sentada no chão, no degrau do portão de casa, à noite.
Sozinha. A rua, com iluminação fraca nos postes, praticamente deserta. Na época era possível uma mocinha ficar ali sentada, mesmo que sua mãe não gostasse muito dessa exposição. Mas nessa noite, eu sei que ela está ali sentada por que sua mãe está estudando à noite, seus tios e tias já se casaram, seu irmão também está no curso e seu pai está na casa de algum vizinho vendo televisão. A rua é a continuação da sua casa, pois todos ali a viram nascer e crescer. Do outro lado da rua ela pode ver dois rapazes, cada um no seu portão, também sem terem o que fazer para se distrair nessa noite que pode ser verão ou inverno, porque coisa pouca muda nas diferentes estações. E eles ficam ali, cada um no seu canto presos pelas correntes da
timidez. Há noites em que ela se rebela e atravessa a rua e vai de encontro a um ou a outro para conversar. Mas os assuntos são tão monossilábicos!!
Nenhum deles tem experiência ou bagagem para muitas conversas mesmo que o país em que vivem estar passando por um momento revolucionário. São, os três, alienados. E ela sente que algo importante está acontecendo, só não sabe bem o que é.
Quando ela fica no seu degrau pensando, ela sabe que não vai ficar a vida toda ali naquele bairro, naquela rua, naquela vida!
Pra isso ela sabe que vai ter que se levantar e ir a luta. Vai ter que trabalhar, ler, estudar. E nada disso a amedronta. Nem mesmo ficar sentada no portão em frente da casa às escuras.
A esquina da sua rua é sua meta, pois de lá se vai para o mundo.
E se eu fosse até ela? ela me receberia para conversar? Acho que sim! Mesmo tímida sei que ela é aberta para novas amizades, principalmente se o assunto for interessante.
Acho que terei vontade de abraçá-la, mas isso, com certeza irá assustá-la.
Mas não a assustarei se contar que vim do futuro. Isso a deixará totalmente encantada, pois esse é um assunto que ela crê. Viagens espaciais, astronomia, ficção científica, viagens no tempo, a Lua, são temas que lhe causam grande curiosidade.
Então, com a confiança estabelecida eu irei tranquilizá-la contando que tudo dará certo, que a vida, como de qualquer pessoa que sonha, mas que se prepara para que o sonho não seja só um sonho, a vida terá muitas esquinas para serem viradas, e depois delas virão caminhos... um leque deles! E que ela saberá aproveitar bem todos eles! Direi que ela fará bem em não ter pressa, não enfiar os pés pelas mãos, que ela só me dará orgulho e uma boa base para seguir em frente.
E que ela é tudo o que uma mulher gostaria de ter sido na juventude.
Agora posso continuar afirmando: "Gosto muito de mim hoje, por que amo aquela menina sentada no degrau do portão!"

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Ex-Amor

Ex- amor
gostaria que tu soubesses
o tanto que eu sofri
ao ter que me afastar de ti

Não chorei
como louco eu até sorri
mas no fundo só eu sei
das angústias que senti

Sempre sonhamos com o mais eterno amor
infelizmente eu lamento mas não deu
nos desgastamos transformando tudo em dor
mas mesmo assim, eu acredito que valeu

Quando a saudade bate forte, é envolvente
eu me possuo e é na tua intenção
com a minha cuca naqueles momentos quentes
em que se acelerava o meu coração

Sempre sonhamos com o mais eterno amor
infelizmente eu lamento mas não deu
nos desgastamos transformando tudo em dor
mas mesmo assim, eu acredito que valeu

Quando a saudade bate forte, é envolvente
eu me possuo e é na tua intenção
com a minha cuca naqueles momentos quentes
em que se acelerava o meu coração

Ex-amor
gostaria que tu soubesses
o tanto que eu sofri
ao ter que me afastar de ti

Não chorei
como louca até sorri
mas no fundo só eu sei
as angústias que senti

(Zeca Pagodinho)

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Pagando promessa alheia

O dia de São Sebastião ficou guardado na minha memória de infância como o "Dia de Passar Vergonha".
Explico:
Algumas pessoas tem (ou tinham) o habito de fazer promessas para Santos e Santas, pedindo isso ou aquilo, mas o pagamento da tal promessa fica destinado a outra pessoa.
"Meu São Benedito se o meu cajueiro der mais de 100 cajus, minha filha vai vestir branco o resto da vida"
"Minha Nossa Senhora das Dores se não chover nesse inverno meu filho vai passar todos os invernos da vida dele sem usar casaco"
E a loucura vai por esse caminho...
Pois bem, no meio da vida atribulada em que minha avó materna vivia, e não sei o por quê da promessa, ela levantou os olhos para São Sebastião e pediu o que tinha que pedir, com a condição de que ela e seus descendentes seguiriam a procissão do santo, descalços e vestidos como o mártir aparece em sua imagem: um calção vermelho-sangue e uma faixa no peito da mesma cor!
Bonita homenagem, não tenho dúvidas!
Mas por que seus descendentes foram citados é coisa que só ficou entre ela e o Santo.
Então, como minha mãe não quis quebrar a corrente, passamos, nós, netos e filhos, a seguirem a procissão descalços e vestidos como o santo: short de cetim vermelho e faixa!
A princípio, isso é, quando éramos pequenos, nos sentíamos mais que importantes vestidos daquela maneira no meio do povo. Sem contar que ao final do pagamento sempre havia uma parada na padaria para tomar água mineral com gás (um luxo na época!)
Mas o tempo foi passando, e seguir a procissão naquela maneira já não era tão legal, principalmente por que pela idade não havia mais um colo e todo caminho era feito a pé mesmo.
Depois veio a vontade de morrer quando passávamos pela rua onde ficava o colégio e, sempre víamos um ou outro colega de estudo nos olhando com aquele risinho debochado no canto da boca. A vela que segurávamos era por demais fina para nos esconder atrás dela !!
Ao final da jornada estávamos arrasados física e emocionalmente! Pés e imagem esfolados! Mãos e alma doendo! E nem podíamos nos dar ao "desplante" de reclamar pela "pagação de mico" pois a expressão não existia na época!
O que nos consolava era o copo de água mineral com gás que viria a seguir, mas até isso foi nos tirado pois "já éramos grandes e podíamos muito bem esperar até chegar em casa"
Ai, criança sofre !!
A libertação para nós veio com a fase adulta! Ninguém mais quis saber da tal promessa! Não sabemos se com isso nos foi lançada alguma maldição macabra, mas temos consciência de que fizemos a nossa parte, mesmo sem rezar uma só palavra, mesmo resmungando em todo o caminho, mesmo queimando a mão com a lágrima da vela, mesmo com toda vontade de cortar caminho por uma rua que levasse à igreja mais depressa!!
Minha mãe não! Mesmo com seus 77 anos, ela sai de casa, vai até a igreja, retira seus sapatos e vai  seguindo a procissão. Com chuva ou com sol.
Mas ela é de outra época.
Uma época em que se respeitava as decisões dos pais sem discutir ou questionar.
Mesmo as decisões mais loucas, como pagar promessa feita por outra pessoa!
Não sei se com o passar dos anos, quando estivermos com muito mais idade e com muitas experiências boas e ruins na vida, nós também, filhos e netos, num feriado do dia 20 de janeiro, sairemos de casa, iremos até a igreja, tiraremos nossos sapatos e, com orgulho, devoção e fé, em homenagem à nossa vó e mãe, seguiremos cantando e rezando a todo pulmão, sem um pingo de vergonha ou dor, com a faixa vermelha no peito e com os olhos fixos na imagem do santo guerreiro!
Só aí entenderemos o porquê de tudo isso!

domingo, janeiro 09, 2011

Coisas em minha casa que adoro!


sexta-feira, janeiro 07, 2011

Como um raio!

Ele passa pela amiga no corredor da empresa e lhe diz:
- Eu estava pensado como seria fazer sexo com você e como seria fazer amor com você!
Ela, sem se encabular, responde:
- As duas maneiras seriam maravilhosas! e começa a descrever em detalhes como seria o encontro dos dois.
E ele, parado, com papéis nas mãos e gente passando por perto, se sente desconcertado com a eletricidade que atinge seu corpo.
Quando ela termina, eles se olham, cada um vai para sua mesa e nunca mais falam sobre isso.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Descoberta...

terça-feira, janeiro 04, 2011

Acertando as coisas...

Em 30 de dezembro de 2010 postei um texto  de título "Mude", tirado de algum site da Internet onde diziam ser um poema de Pedro Bial.
Amei o poema e o achei muito apropriado para a virada do ano. Uma oração de incentivo a mudança!
Mas hoje voltei ao texto e fiz a correção: o poema não é de Pedro Bial, nem de Clarice Lispector como também já disseram ser.
O lindo poema é de Edson Marques ! E agora faço minhas homenagens a ele.
Em outra ocasião também acreditei na Internet e postei um texto "Ter ou não ter namorado" que diziam ser de Carlos Drumond de Andrade. Qual foi minha surpresa ao receber um e-mail do cronista Artur da Távola onde ele me corregia e me informava que o texto era seu e que ele já estava acostumado com esse equívoco.
Eu, que gosto de jogar no papel ou na tela do computador, os meus sentimentos e pensamentos em forma de poesia, crônica ou histórias, se tivessem atribuído algum de meus textos a alguma celebridade literária famosa, a princípio, com certeza me sentiria lisongeada com erro. Imaginem confundirem um texto meu como sendo escrito por Martha Medeiros ou Marina Colasanti, por exemplo !! Nossa!! eu ficaria orgulhosa de mim mesma !
Mas com o passar do tempo e, com o engano sendo repetido, isso iria me incomodar muito!
E como seria emocionalmente cansativo!
Seria como se aquele filho lindo e maravilhoso que tenho, fosse sempre confundido como o filho da família vizinha! Eu teria que ficar repetindo que o filho é meu e não deles !!
Da mesma maneira são nossos textos. Não queremos que sejam atribuídos a outros, mesmo que esses outros sejam pessoas formidáveis e de quem até somos fãs.
As palavras sentidas e escritas saíram do nosso coração e não de outros.
Então, fica aqui as minhas desculpas e todos os aplausos para o poeta Edson Marques, autor de "Mude" !!

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Reveillon

Reveillon fiquei em casa! E sozinha !
Sozinha, não solitária !
O que é bem diferente!
Sozinha é uma condição física, diferente de solitária que é totalmente emocional!
Cansei dos tumultos do reveillon.
Já tive a minha cota de reveillon em casa de amigos, de parentes, nas areias de Copacabana e do Recreio.
Curti todos os programas de índio com direito a retorno em ônibus cheio, metrô superlotado, cama no chão, siri entrando pela perna da calça, etc...
Agora prefiro a mordomia do reveillon dentro da minha própria casa, ouvindo as músicas que gosto, usando a roupa que quero, bebendo meu vinho com calma e acordando no primeiro dia do ano na hora em que bem entendo!
Não é a primeira vez que resolvo passar a virada do ano em minha própria companhia.
Já fiz isso em outras ocasiões e cada vez me convenço de que gosto muito de ficar comigo!
Será uma decisão egoísta? Penso que não!
Apenas quero começar o ano com a calma e tranqüilidade que acho que mereço.
Me convenço também de que reveillon é ótimo para quem vive um momento romântico.
Se Natal é família, reveillon é casal !
Pode até ser que se eu voltar a ser "casal" eu volte a querer curtir a noite da virada de outra maneira.
Afinal tem coisa melhor do que beijo na boca da pessoa amada enquanto gritam a contagem regressiva?
Tem !!
Fazer amor sob as luzes coloridas dos fogos enquanto sua pele e a de seu amado vai passando do vermelho para o dourado e depois para o verde até os dois explodirem juntos nos primeiros minutos do ano. Isso é lindo, romântico e sensual l! Melhor ainda se for no chão da sua sala ou na sua própria cama!
Muita gente não entende essa minha escolha de ficar em casa nessa noite tão festiva. Alguns se preocupam tanto que ligam a todo instante.
A questão é que não me sinto triste, deprimida ou abandonada.
Simplesmente é uma escolha minha de como terminar um ano e iniciar o outro !
Tin-tin!

domingo, janeiro 02, 2011

Programação para 2011

Lá vai:
- Voltar para a academia, mesmo que seja a Curves !
- ir no terapeuta, antes que ninguém me suporte mais;
- participar de pelo menos cinco caminhadas e levar medalha;
- ir mais ao cinema;
- não ficar tanto tempo em casa sozinha;
- não pensar tanto;
- não me sentir doente tantas vezes;
- voltar a beijar na boca;
- sair pra almoçar mais vezes;
- ler mais livros;
- pintar os quartos;
- pintar mais quadros;
- terminar meu conto "A Floresta";
- não ter medo de me apaixonar de novo;
- jogar um monte de coisas fora;
- ir dormir mais cedo durante a semana;
- comprar aparelho de ar condicionado para o quarto;
- ficar séria quando estou com vontade;
- voltar a rir alto;
- viajar;
- comer chocolate sem medo;
- escrever mais vezes no blog;
- arrumar as fotos de 2010;
- parar de fazer listas e listas

Se eu conseguir fazer pelo menos 5 dessas coisas, já está de bom tamanho !!


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