Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

segunda-feira, abril 30, 2007

Irritando Tutti


Apoiando minha amiga Engraçadinha resolvi postar coisas que me irritam:
1) Conversas desnecessárias:
Gosto de aproveitar os minutos (e as vezes as horas!) em que passo dentro do trem, do ônibus ou mesmo do metrô para pensar sobre a vida, o que fazer no jantar, um novo tema para meus textos. As vezes rezo ou simplesmente olho a paisagem, observo as pessoas, essas coisas que só faz quem gosta de escrever. Mas as pessoas têm esse péssimo hábito de que, se ficar ao seu lado por 5 minutos já é sua amiga de infância e a partir daí você TEM que ouvir todas as bobagens que ela tem pra falar. Explico: eu tô lá dentro do trem, num desses momentos de devaneio, olhando para o nada, aí vem aquela senhora grisalha e é só meu olho, por um segundo, encontrar o dela, que tá tudo decidido: a partir daquele momento ela pode falar desde a infância dela, passando pelo marido que a espancava, pela filha que engravidou com 14 anos e da dor sem fim que ela sente nas costas e nos pés. Tudo bem, eu também posso ficar assim, mas se ficar, tá todo mundo autorizado a me tacar um pau na cabeça ou me amordaçar. Mas a coisa não pára por aí, pois logo umas 3 ou 4 mulheres que estão segurando a mesmo ferro de segurança desatam a falar, cada uma contando tudo o que há de ruim no mundo, e em suas vidas, e não param mais. Parece o “Festival do Pior”. Os assuntos vão se alternando entre doença, filho adolescente, patroa, sabão em pó, novela, artista, cantor, bicheiro, assaltante, seqüestro. Todas têm as mais diversas opiniões irritantes. Nenhuma sabe muito bem sobre o que está falando Algumas leram alguma coisa nas revistas. Quando o assunto começa a ficar mais filosófico ou inteligente alguém lembra de algo que aconteceu no prédio onde trabalha e a conversa retorna a seu tom “abobrinha”. Os diálogos vão de “mas o Gianeccine é gay, o casamento dele com a Marília Gabriela é só fachada” até “mas minha patroa é muito boa, mas muito pão dura”.
Qualquer dia desses vou apanhar no trem, por que mesmo com essa conversa toda, eu não levanto os olhos do chão e continuo impassível no meio desse falatório.
E fila? Qualquer fila! em qualquer lugar!! Quem determinou que devemos conversar com quem está na fila? NÃO TENHO QUE CONVERSAR!! NÃO QUERO CONVERSAR!! Por que as pessoas não aproveitam esses momentos para lerem um livro, ouvir uma música, pensar sobre uma maneira de melhorar o mundo? Aí fica eu lá, entre duas pessoas que a-do-ram conversar em fila, resolvo então olhar para as árvores, os postes, as formigas na parede, parecendo uma louca, simplesmente por que não quero entrar na euforia deles.
2) Orador:
Minha mãe é uma delas. Ela adora conversar. Até aí tudo bem, eu também gosto. Mas tem lugar e hora. Ela é daquelas que se está fora de casa, TODOS devem ouvir o que ela está falando. Por exemplo, se estamos num elevador, ônibus ou sala de espera, ela começa a falar e a olhar se as pessoas em volta estão escutando o que ela está dizendo. Se ela encontrar um só ouvinte ela já começa seu discurso educacional-político-emocional que não há quem a segure.
3) Passageiro ao lado:
E lá estou toda encolhidinha dentro do ônibus de manhã indo para o trabalho. Já fechei a cortininha pra não entrar sol, já me cobri com o blazer pra não sentir frio. Aí percebo que alguém sentou ao meu lado. Sem querer entre-abro os olhos. Pronto! Grande erro! O passageiro ao lado desanda a falar. Não entendo essas pessoas que já acordam ligados no 220. Eu demoro a manhã inteira pra ficar ligada, mas esse povo já levanta da cama energizado. Só pra me irritar! E nem adianta eu bocejar, cochilar, fingir que não escutei, repetir mil vezes “Hãn?” que a pessoa não se manca. Eu até tento imaginar onde fica o botão “On/Off” dessa gente, ir até lá apertar e ver se eles me deixam dormir em paz!!
4) outras irritações:
gente que fala dentro do cinema durante o filme;
que usam o celular na van e falam toda sua intimidade;
telefone que toca na hora em que entro no Box;
leite que derrama no mínimo momento em que pisco os olhos;

entrar no banho e descobrir que acabou o sabonete;

o programa Irritando Fernanda Yang

segunda-feira, abril 23, 2007

Anjo Gabriel


No dia 19 de março de 2007 nasceu meu sobrinho-neto GABRIEL, filho da minha sobrinha Giselle.Foi inevitável olhar para aquele menininho, ali ainda de olhos fechados, e imaginar toda vida dele passando num piscar de olhos. Engatinhando, os primeiros passos, correndo no gramado, pulando nos nossos colos, querendo ir ao parquinho, festa de um aninho, de dois, de três. O pré-primário, a quarta série, o primeiro beijo, as festas, o ingresso na faculdade, seu casamento e o nascimento de seu primeiro filho.
Ao olhar um bebê parece que de certa forma estamos olhando para a eterna criança que vive dentro de nós. Um bebê além de lindo, fofo e doce é um mar de possibilidades é uma vida de sonhos e planos. É uma esperança por dias melhores, por mudanças na vida da gente e do lugar onde vivemos. Se eu sinto isso olhando para o meu querido e recém-nascido sobrinho-neto, fico imaginando que sensação sideral terei ao ver meus netos nascerem.
A vida é mesmo engraçada, cheia de surpresas, cheia de renascimentos!
Não existe nada no nosso caminho que não tenha profundos significados. Meu sobrinho-neto é a continuação do meu irmão e de minha sobrinha. Ele será nossa ponte para o futuro. Através dele viveremos no futuro.
Ser tia tem uma referência muito forte em mim, que vivi cercada de tios e tias. Lembro-me de meus tios, na minha infância. Cada um me influenciou de uma maneira diferente. Cada um deles vive hoje nos meus atos, nas minhas escolhas e nas minhas decisões.
Tios e tias são parentes especiais. Têm sempre alguma coisa a ensinar. Não precisam ter o compromisso e a responsabilidade dos pais. São como irmãos mais velhos, sem passar pelas implicâncias e ciúmes.
Tios sabem fazer pipas, carrinhos de rolimã e jogar bola. Tios têm sempre em seus guardados alguma revista legal e histórias interessantes para contar. Alguns tios nos ensinam a andar de bicicleta, a dirigir e contar piadas.
Tias conhecem cremes para esconder espinhas, mil maneiras de saber falar com um garoto, nos apresentam os artistas de filmes e sempre são elas que nos dão o primeiro soutien ou vidro de esmalte, enquanto nossas mães ainda nem estão pensando sobre o assunto.
Ter um sobrinho-neto é uma dádiva num tempo em que os Tios e Tias estão entrando em extinção.
Que o nascimento de Gabriel traga para a nossa família uma benção duradoura e que esse bebê seja uma criança feliz e um homem que ajude a mudar esse mundo!!!


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