Traição
Esse punhal 
que entra no peito
quando se está distraído
olhando o por do sol
ou dormindo no conforto da cama.
Esse punhal
que leva o gosto de sangue
à boca que acabara de beber,
juntos,
o vinho.
Essa serpente
que se aproveita
da porta aberta da sua casa
para se esgueirar na escuridão
e se apoderar do seu sossego.
Ai, o bote da serpente
e o fio do punhal
doem tanto por virem
de quem se confia
de quem se confia.
Se pelo menos viesse de qualquer outro...
De qualquer cão sarnento de rua,
não doeria tanto a ferida.
Mas assim, dói !
E depois da ferida aberta,
do sangue e da lágrima derramados
do gosto de fel na boca
do susto da traição
resta-nos ficar atentos,
crescer,
nos protejer,
vigiar,
para não oferecer
novamente o peito
a uma nova punhalada.
E, se por acaso, um dia,
ela se repetir,
que não venha de um amigo,
que seja de uma serpente qualquer,
desconhecida.

que entra no peito
quando se está distraído
olhando o por do sol
ou dormindo no conforto da cama.
Esse punhal
que leva o gosto de sangue
à boca que acabara de beber,
juntos,
o vinho.
Essa serpente
que se aproveita
da porta aberta da sua casa
para se esgueirar na escuridão
e se apoderar do seu sossego.
Ai, o bote da serpente
e o fio do punhal
doem tanto por virem
de quem se confia
de quem se confia.
Se pelo menos viesse de qualquer outro...
De qualquer cão sarnento de rua,
não doeria tanto a ferida.
Mas assim, dói !
E depois da ferida aberta,
do sangue e da lágrima derramados
do gosto de fel na boca
do susto da traição
resta-nos ficar atentos,
crescer,
nos protejer,
vigiar,
para não oferecer
novamente o peito
a uma nova punhalada.
E, se por acaso, um dia,
ela se repetir,
que não venha de um amigo,
que seja de uma serpente qualquer,
desconhecida.
1 Comentários:
Pena q nunca é assim né?!
E quem nunca sentiu isso... incrível como tem gente q nunca.
É melhor não ter vivido, ou é como se não tivesse.
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