Brincando com Palavras

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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

segunda-feira, junho 10, 2024

Que história é essa, Leonor? Episódio 9

Fui convidada para uma festa onde o salão era ao lado da minha casa! Oh, glória! Tudo de bom!

O tema: Cassino! Com tudo a que tinha direito de um cassino. Mesas e máquinas de jogos, prêmios, um cover de Elvis, muita música, luzes e bebidas!

Me diverti muito e, como estava ao lado de casa, exagerei no proseco!!

Minha sobrinha havia deixado seu carro no estacionamento do meu prédio, então, ao final da festa eu a acompanhei até seu carro para me despedir dela.

Até aí maravilha!

A história começa no momento de tentar abrir a portaria! Eu simplesmente não conseguia enfiar a chave na fechadura!!! A cabeça rodava mais do que a chave!

Como eu estava levando nas mãos lembrancinhas, bolsinha e echarpe, resolvi colocar tudo no chão após a terceira tentativa de colocar a chave no buraco.

Após muita concentração consegui! Ebaaa!

Mas aí veio a fechadura do lado de dentro! Já estava amanhecendo e eu continuava na briga! É a bebedeira estava ganhando! Finalmente consegui. 

Antes de subir as escadas fiz um amarrado colocando dentro da echaroe,tudo o que estava nas mãos! Conforme fui subindo, tudo foi caindo e rolando escada abaixo. Resolvi continuar subindo e depois de tirar os sapatos voltaria para recolher minha bagunça!

Mas ainda havia a fechadura da porta! Oh, céus pra que tanta fechadura??

A última coisa que me lembro é de ter apoiado a cabeça na porta (Ainda do lado de fora)

Acordei na minha cama, sem roupas, maquiagem borrada. A alma foi voltando para o corpo bem devagar! Não sabia se minha bagunça ainda estava na escada!! Corri pra ver, mas estava tudo em ordem! Provavelmente alguém havia recolhido!

Meu susto foi abrir a geladeira e encontrar tudo lá dentro: bolsa, echarpe, docinhos, caixa de fósforo (No congelador), flores etc.

Porre maravilhoso!!! Kkkkkkkk 

domingo, janeiro 21, 2024

Que história é essa Leonor? Episódio 14

 O assunto tinha tudo pra ser triste, mas...

Uma de minhas primas perdeu o filho quando ele tinha apenas um mês (ou quase isso) de nascido. 

No dia do enterro poucas pessoas foram se despedir do pequeno anjo. Minha prima não foi, nem sua mãe. Eu fui pra dar apoio ao marido dela. A família  dele foi, mas minha prima havia pedido ao marido que o pequeno caixão não ficasse aberto. Ele atendeu ao pedido da esposa enlutada. E aí começa a história. 

Eu estava na ponta do caixaozinho branco rezando para que Deus desse forças à minha prima para aguentar essa perda, quando começo a escutar uma discussão entre o pai enlutado e sua família. A avó paterna queria que deixasse o caixão aberto e o pai se negava. O tom de voz foi ficando alterado e mais alto. 

Eu, tentando me concentrar na reza e a briga rolando. Até que não me aguentei mais e, dando um soco no  caixão, pedi silêncio! Falei: "querem brigar, vão brigar lá fora!!"

Fez-se o silêncio e só aí percebi que havia socado o caixaozinho! 

Meu coração pediu perdão e comecei a chorar muito.

Fui assim, chorando muito até perto da gaveta, onde seria colocado o caixão!

No choro desesperado, mas contido, tive um suspiro daqueles que o peito dá e... engoli um bicho de flor!!

O bicho ficou preso na garganta!! Coloquei o lenço na frente do rosto e tentei "regorgitar" o inseto, mas ele não saia! Nisso o pai da criança  vem em minha direção e me abraça e diz no meu ouvido: "Eu vi que você engoliu o mosquito!"  

A cena foi tão inusitada que começamos a rir! Muito! Ficamos assim abraçados e rindo! Mas quem olhasse nos imaginaria chorando. Nos balancávamos de tanto rir!

E o  caixaozinho branco foi para a morada eterna com seu pai e sua prima dando boas gargalhadas. Por que anjinho não precisa de lágrimas!

sábado, janeiro 06, 2024

Que história é essa Leonor? Episódio 12

Na época eu ia e voltava do trabalho de van. Eu era a primeira a entra e a última a sair. Por isso eu sempre sentava no cantinho da janela do último banco. Era sentar  me acomodar e dormir!! Adoro dormir em transporte. 

É lá estava eu no sono profundo e escuto o motorista gritar: "alguém quer ler jornal?" Eu, como adoro ler jornal, levantei os braços e gritei (bem alto) EUUUUUU!

DE repente, percebi que o jornal não veio e que as pessoas ao meu lado, me olhavam assustadas!!! Era sonho!!!

Fechei os olhos e fingi que dormia, mas a vergonha me consumia.

Ao chegar na Central do Brasil, a van parou, algumas pessoas se levantaram, inclusive as que estavam do meu lado. Na calçada eu as vi a olhando pra mim! A van arrancou e as deixou na calçada sem entenderem o que acontecia.

Qdo fiquei sozinha com o motorista eu contei pra ele que aquelas pessoas não iam ficar na Central. Espantado, ele me perguntou pq eles desceram? E deu contei meu sonho. Ele me contou que havia perguntado: "alguém vai descer na Central?"

Eu o aconselhei a nunca mais pegar aqueles passageiros para não apanhamos dentro da van!!

Conselho: não durmam na van, se dormirem não sonham, se sonharem não gritem  por favor!

Editando: 

essa história não terminou aí.  Dias depois eu saia do mercado à noite e ouvi alguém falar: EU, EU, EU. Eu conhecia essa frase, qdo olhei pra rua vi a minha van. O motorista estava contando minha história para os passageiros !!! Bati no vidro da janela dele e ele disse: "Foi ela, foi ela!". Não eram "aqueles" passageiros, eram outros. O motorista (Mauro  meu amigo) estava se divertindo com a história! Avisei que ia cobrar direitos autorais kkkkkkkkkkkkm

domingo, dezembro 31, 2023

Que história é essa Leonor? Episódio 11

Histórias de Reveillon :

Eu me arrumando para ir passar o reveillon na casa do meu tio e minha vizinha me chama pq tinha uma ligação pra mim (eu não tinha telefone). Era minha cunhada e me conta sussurando: "fui pegar uns pratos no armário e encontrei um tubo de superbond, sem querer espirrei a cola no olho"!!!!!!!!!!!!

E eu: "pq vc está  sussurando?"

Ela: "pq estou no banheiro para as crianças não perceberem que estou com os dedos colados no rosto!! Fui tentar abrir o olho e colei os dedos no rosto!

É  lógico que antes de qualquer pergunta eu tive que rir.

Quis saber onde estava meu irmão e ela me contou que ele tinha ido levar algumas coisas pra onde íamos passar o reveillon. 

Resumindo: ela foi levada para o hospital quase meia noite! Imaginem os tipos de médicos que estavam de plantão de reveillon!   Quase arrancaram o olho dela fora!

Até hoje tenho pavor de superbond!

sábado, dezembro 23, 2023

Que história é essa Leonor? Episódio 10

Após meu filho se casar me sobrou um tempinho livre, então me arrisquei a conhecer um jogo de computador!

O jogo consistia em vários mundos, onde eu teria uma ilha! Muito fofo!

Minha ilha tinha uma mina de ouro e florests com madeiras.

Toda noite eu chegava do trabalho e visitava minha ilha. Aos poucos ela foi evoluindo. Já tinha taberna, museu, biblioteca, navios, peões, marceneiros etc.

Já fazia trocas e compras com outras ilhas. Vendia também! Tudo lindo!

Uma noite quando entrei pra saber como estavam meus habitantes, descubro que em 2 horas seria invadida por 27 navios!!

Entrei em desespero andando pela casa!

Como lutar contra piratas??

Eu era uma comerciante!! Nem armas para me defender eu tinha!!

Já imaginava meus peões morrendo, meu museu pegando fogo, minhas mulheres sendo estrupadas, meus animais degolados, as crianças escravizados!!

Me sentei em frente ao computador sentindo que tudo o que eu havia construído setia destruído.

Mas, de repente, meu instinto estrategista falou mais alto, e eu derrubei meu porto!! Sem ele, os piratas não teriam como aportar. E eu vi, aliviada  os 27 navios retornando.

Fiquei tão empolgada, que de repente minha ficha caiu!!

Que loucura foi essa? Como me deixei levar dessa maneira?

E  entendi pq crianças e adolescentes se envolvem tanto nos jogos virtuais. São encantadores!!

Derrubei meu jogo!

Agora só jogo do bicho, é mais saudável!!

sábado, novembro 25, 2023

Que história é essa Leonor? Episódio 6

Levei meu filho para passar um feriadão em um hotel Fazenda em Raposo/RJ. 

Lugar maravilhoso para uma criança de seis anos e que vive na cidade. Apesar de minha mãe viver, na época, em um sítio em Mendes, um hotel Fazenda causa muito sucesso.

Carros puxados a boi, com aquela música que as rodas de madeira produzem, é de fazer qualquer menino correr pra ver!.

Um espaço com águas minerais saindo da fonte, acordar às 4h30m para ajudar a tirar leite da vaca e tomar o líquido ainda quentinho; só comer alimentos da horta do hotel, passear à noite, pela Fazenda, num trenzinho todos iluminado e tocando música é muita alegria.

Uma manhã fiquei curiosa se por ali havia uma cachoeira. O hotel tinha piscina, mas piscina é muito normal!

Procurei saber se dentro da fazendo havia uma cachoeira e, a resposta um pouco mineira, foi "ê  por ali"

É lá Fui eu, com Bruno correndo na frente, pelo caminho indicado.

Andamos, andamos, andamos! Cruzamos um milharal que não acabava nunca! Passamos pó um chiqueiro super moderno, onde as baias eram pavimentadas e divididas por um corredor! Entramos  e os porcos divididos por tamanho, mães com filhotes, filhotes adolescentes, porcões! Todos dormindo! Bruno resolve perguntar pq eles usavam brincos (marcadores)! Antes que eu pudesse responder todos os porcos acordam e começam  reunir em alto e bom som! Só nos restou correr!!

Continuamos a peregrinação a procura da cachoeira!

Enfim, encontramos!

Até eu chegar perto Bruno já tinha arrancado a roupa e só de cuequinga já estava na água!

O lugar lindo! Uma cachoeira pequena, mas que formava uma piscina Boa para se refrescar. 

Olhei para todos os lados e como não tinha ninguém por perto, resolvi tirar as roupas e também entrar na água! Me senti a própria Iara naquele momento! Uma ligação profunda com a natureza e meu filho! 

Na volta para o hotel, como estávamos molhados, entramos pelos fundos, passando pela cozinha! Ao nos ver, os funcionários nos perguntaram pq estávamos daquele jeito e  eu muito feliz contei o que tinha feito. Eles se olharam espantados e eu os tranquilizei dizendo que não havia ninguém por lá e por isso pude tomar banho sem roupa! E ouvi a resposta:

"Não tem ninguém lá pq aquela cachoeira tem muitas cobras"


Como eu já disse "Deus protege os loucos e as criancinhas"

sexta-feira, novembro 17, 2023

Que história é essa Leonor ? Episódio 45

A semana foi sem dúvida uma semana de imagens tristes a nos mostrar o quanto somos frágeis.

Mas em meio a tudo isso, Deus me mostrou que meu coração ainda pode sentir um grande amor!

E eu que achava que havia superado essas fases e que não me entregaria assim tão fácil a outro ser.

É lógico que não estou falando das minha pessoinhas queridas, como meu neto, meu filho, sobrinho-neto e etc.

Esses são meu amores incondicionais.

Eu havia fechado meu coração pra outros tipos de amor, seja para humanos ou animais, desde a minha última  separação amorosa e após a morte da minha gata Miúda.

Aí vem Deus, na quarta-feira de manhã e coloca no meu caminho um filhotinho de andorinha que, provavelmente, caiu do ninho, feito pela mãe no telhado do meu prédio!

A princípio eu o tirei do caminho com medo de que alguém, não tão observador, o pisasse. Peguei-o sabendo que a partir daquele momento sua mãe o rejeitaria, por sentir nele, o cheiro dos humanos!

Coloquei-o num vaso com plantas perto da portaria do prédio e fui para o trabalho. Mas durante o dia minha mente não parava de pensar naquele serzinho no sol que vinha aparecendo no Rio de Janeiro. E a noite, ao voltar para casa, incrivelmente ele ainda estava vivo e me esperando!

Agora não tinha mais jeito e eu já estava apaixonada por ele.

Levei-o para casa e o acomodei dentro de uma cestinha com palha da última Páscoa. Depois percebi que a palha era de um tamanho muito grande pra ele e troquei a palha por pedaços de pano. Na Internet li que podia alimentá-lo de água com mel e assim o fiz. Ele, esticava o pescocinho pelado e abria o bico, maior que seu corpo!

Na hora de dormir coloquei a cestinha a meu lado na cama e o envolvi com os panos. Durante a noite acordei umas três vezes para verificar se estava tudo bem. Como qualquer mãe que tem um bebê e se assusta quando ele está dormindo tranquilamente, eu abria o embrulhinho só pra perceber que ele estava só dormindo.

Com a ansiedade da noite acordei pela manhã me sentindo mal e, não pude ir trabalhar.

Talvez fosse um daqueles momentos em que Deus escreve certo por linhas tortas. Fiquei em casa doente e pude cuidar do meu mais novo amor, dando água+mel a todo instante em que ele me pedia.

Loucura? Falta do que fazer? Não! Amor e cuidado. Havia um pequeno animal precisando da minha atenção. E, sempre que eu passava perto da cestinha, ele esticava o pescocinho pedindo comida. Como é possível um ser tão pequeno, sem nem ter aberto os olhos, saber que eu podia alimentá-lo? Sei que isso tudo é por instinto, mas prefiro crer que ele me considerou sua mãe-andorinha.

Mais uma noite ele dormiu quietinho a meu lado.

Antes de sair para o trabalho eu lhe dei mais água+mel e fui, deixando-o sozinho.

Á noite quando retornei correndo para casa, ele estava bem fraquinho. Dessa vez, eu trouxe do mercado, um pacote de fubá, que dissolvi um pouquinho na água e fiz uma papinha ralinha como me ensinaram.

Ele teve dificuldades em beber.

Então eu o sequei bem, o enrolei nos panos e o coloquei bem confortável a meu lado no sofá. Eu costurava enquanto conversava com ele. De vez em quando ele esticava o pescocinho em minha direção, piava baixinho e retornava à posição de descanso.

Até que em um momento eu percebi que seu pescocinho estava esticado em minha direção por muito tempo e eu fiquei olhando. Demorei um pouco pra perceber que ele havia ido embora.

Foi triste. Chorei com aquele coisinha tão delicada, frágil e indefesa em minha mão que me fez sentir tanto amor em tão pouco tempo.

Me pergunto se realmente fiz tudo o que pude por ele? E se eu não tivesse deixado sozinho por um dia? E se eu tivesse derrubado qualquer regra e o levado junto a mim para o meu trabalho?

As vezes achamos que estamos fazendo tudo por quem amamos, mas muitas vezes não estamos fazendo o máximo que podemos! Não quero ficar me perguntando "e se", não adianta mais, mas vale a lição.

Nesse amor imenso de duas noites e três dias eu descobri que meu coração ainda está aberto para grandes histórias de amor... com humanos ou com animais.


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