Olhos de Fogo
Uma manhã ela descobriu o poder que havia em seus olhos. Era menina ainda quando aprendeu a usar a magia que vivia dentro do seu olhar. Com eles atraía, conquistava, dominava e aniquilava. Se ela desejava algo era só procurar os olhos da outra pessoa, fixar bem e o oponente se sentia hipnotizado. Assim conquistou parentes, professores, amigos. Mas se ela quisesse, era só fechar os olhos e se tornava invisível ! Aí usava desse sistema se numa festa não queria conversar com ninguém. Se estivesse num transporte, sabia exatamente quem sentaria a seu lado, pois assim que alguém entrava no veículo ela jogava o olhar ou não, então a pessoa se sentava a seu lado ou ia para outro banco como se não existisse aquele lugar vago. Desse jeito ela aproximou quem desejou e afastou quem não a interessava.
Numa tarde ela atraiu vários homens, todos caíam em sua armadilha. Teve vários amantes, pois ninguém resistia àqueles olhos de fogo. Casou-se com o homem mais poderoso da cidade e ele morreu literalmente de amores por ela. E ela se tornou a mulher mais poderosa da cidade. E todos a obedeciam sem questionar. Era impossível fugir ao poder daquele olhar.
Numa tarde ela atraiu vários homens, todos caíam em sua armadilha. Teve vários amantes, pois ninguém resistia àqueles olhos de fogo. Casou-se com o homem mais poderoso da cidade e ele morreu literalmente de amores por ela. E ela se tornou a mulher mais poderosa da cidade. E todos a obedeciam sem questionar. Era impossível fugir ao poder daquele olhar.
Uma noite ela se apaixonou por um rapaz que trabalhava em uma de suas fazendas, mas por mais que ela se esforçasse ele só tinha olhos para uma outra moça. Então ela resolveu chamá-lo em sua sala para uma conversa, ela sabia que ele não resistiria ao seu olhar. Mas o moço era respeitoso e, enquanto falava com a patroa, fitava o chão. Não achava correto encará-la. Podia parecer abuso. E ela, viu-o saindo da sala sem tê-lo conquistado. Ela entendeu que teria que mudar seus planos. Mandou chamar a moça. Ao vê-la entrar no frescor de sua juventude, ela percebeu que teria que destruí-la e só assim o rapaz seria seu. Com seus olhos de fogo fitou aqueles olhos límpidos como a fonte de um rio. A moça sentiu um arrepio de morte e voltou pra casa enfraquecida. Em dois dias morreu!
Na madrugada ela chamou o rapaz para consolá-lo, mas ele triste demais, preferiu ir ao penhasco e de lá se jogou. Ao saber de tamanha tragédia, pela primeira vez ela chorou por não ter conquistado o único homem verdadeiramente amado e ficar sozinha, sem ele, ela não aguentaria. No desespero do amor perdido, ela só viu uma alternativa: sentou-se de frente ao espelho, fitou aqueles lindos e hipnotizantes olhos de fogo durante toda a noite.
Na manhã seguinte os empregados encontraram-na morta em frente ao espelho.
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