Triste Engano
Quando ela voltava do colégio passava por uma grande praça. Chamavam-na de praça, mas era somente um terreno no meio de algumas ruas. Não tinha bancos, brinquedos ou qualquer coisa que se pudesse chamar aquele espaço de praça.
Do outro lado da "praça" ela via o rapazinho vindo de bicicleta. Era o tempo certo dela andar até a esquina, ele a encontrar e seguir, na bicicleta ao lado dela. Nada era dito, nem se olhavam. Ela caminhava do lado de dentro da praça e ele ia seguindo-a do lado de fora, até chegarem na outra esquina, onde ela seguia em frente e ele retornava para sua casa.
Ela, abraçada a seus cadernos e livros adorava aqueles poucos minutos e se divertia com a timidez do rapaz. Alguns dias ela o provocava, andando bem mais devagar do que costume, o que o fazia descer da bicicleta e sair caminhando, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
No dia seguinte lá estava ela em seu uniforme e meia três-quartos, O cabelo em uma interminável trança presa por um laço de fita branca. Ela apontava na praça e ele apontava do outro lado. Precisos como um relógio.
Um dia, não houve aula e ela resolveu fazer o trajeto assim mesmo. Queria que ele a visse sem o uniforme.
Colocou um vestido amarelo com bordadinhos e deixou os cabelos soltos.
Pediu à mãe que a deixasse dar uma volta com a prima ainda bebê em seu carrinho. A mãe não viu nada demais, e lá foi ela empurrando o carrinho com a prima/bebê dentro.
Ela apontou na praça e ele lá do outro lado montado na bicicleta a viu e não entendeu o que viu.
O vento balançava o cabelo dela quando ela o viu fazendo a curva com a bicicleta em direção contrária a ela.
Ela parou o carrinho e ficou vendo-o ir embora. Nunca mais ela o viu novamente, nem seu nome ela soube.
Em casa a mãe do rapaz não entendeu quando o viu chegar com o rosto vermelho, se dirigir até o barracão nos fundos do quintal e pendurar a bicicleta no alto da parede. Nem entendeu porque os passeios à tarde
terminaram e por que seu filho passou a viver no quarto.
A bicicleta, única testemunha do que havia acontecido, ficou lá pendurada, até enferrujar.
Do outro lado da "praça" ela via o rapazinho vindo de bicicleta. Era o tempo certo dela andar até a esquina, ele a encontrar e seguir, na bicicleta ao lado dela. Nada era dito, nem se olhavam. Ela caminhava do lado de dentro da praça e ele ia seguindo-a do lado de fora, até chegarem na outra esquina, onde ela seguia em frente e ele retornava para sua casa.
Ela, abraçada a seus cadernos e livros adorava aqueles poucos minutos e se divertia com a timidez do rapaz. Alguns dias ela o provocava, andando bem mais devagar do que costume, o que o fazia descer da bicicleta e sair caminhando, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
No dia seguinte lá estava ela em seu uniforme e meia três-quartos, O cabelo em uma interminável trança presa por um laço de fita branca. Ela apontava na praça e ele apontava do outro lado. Precisos como um relógio.
Um dia, não houve aula e ela resolveu fazer o trajeto assim mesmo. Queria que ele a visse sem o uniforme.
Colocou um vestido amarelo com bordadinhos e deixou os cabelos soltos.
Pediu à mãe que a deixasse dar uma volta com a prima ainda bebê em seu carrinho. A mãe não viu nada demais, e lá foi ela empurrando o carrinho com a prima/bebê dentro.
Ela apontou na praça e ele lá do outro lado montado na bicicleta a viu e não entendeu o que viu.
O vento balançava o cabelo dela quando ela o viu fazendo a curva com a bicicleta em direção contrária a ela.
Ela parou o carrinho e ficou vendo-o ir embora. Nunca mais ela o viu novamente, nem seu nome ela soube.
Em casa a mãe do rapaz não entendeu quando o viu chegar com o rosto vermelho, se dirigir até o barracão nos fundos do quintal e pendurar a bicicleta no alto da parede. Nem entendeu porque os passeios à tarde
terminaram e por que seu filho passou a viver no quarto.
A bicicleta, única testemunha do que havia acontecido, ficou lá pendurada, até enferrujar.
1 Comentários:
Na vida acontece muito disso, tiramos conclusões precipitadas.
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