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Local: Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou a prima mais velha de uma turma de 32 primas! Gosto de rir e de fazer rir. Adoro conversar, mas principalmente de ouvir. Beber Mate, vinho e Martini. Ver filme aos sabados com os amigos. Sou fiel aos meus sentimentos e respeito os dos outros. E de escrever, é lógico!

domingo, janeiro 29, 2012

Menino Passarinho

A semana foi sem dúvida uma semana de imagens tristes a nos mostrar o quanto somos frágeis.
Mas em meio a tudo isso, Deus me mostrou que meu coração ainda pode sentir um grande amor!
E eu que achava que havia superado essas fases e que não me entregaria assim tão fácil a outro ser.
É lógico que não estou falando das minha pessoinhas queridas, como meu neto, meu filho, sobrinho-neto e etc.
Esses são meu amores incondicionais.
Eu havia fechado meu coração pra outros tipos de amor, seja para humanos ou animais, desde a minha última  separação amorosa e após a morte da minha gata Miúda.
Aí vem Deus, na quarta-feira de manhã e coloca no meu caminho um filhotinho de andorinha que, provavelmente, caiu do ninho, feito pela mãe no telhado do meu prédio!
A princípio eu o tirei do caminho com medo de que alguém, não tão observador, o pisasse. Peguei-o sabendo que a partir daquele momento sua mãe o rejeitaria, por sentir nele, o cheiro dos humanos!
Coloquei-o num vaso com plantas perto da portaria do prédio e fui para o trabalho. Mas durante o dia minha mente não parava de pensar naquele serzinho no sol que vinha aparecendo no Rio de Janeiro. E a noite, ao voltar para casa, incrivelmente ele ainda estava vivo e me esperando!
Agora não tinha mais jeito e eu já estava apaixonada por ele.

Levei-o para casa e o acomodei dentro de uma cestinha com palha da última Páscoa. Depois percebi que a palha era de um tamanho muito grande pra ele e troquei a palha por pedaços de pano. Na Internet li que podia alimentá-lo de água com mel e assim o fiz. Ele, esticava o pescocinho pelado e abria o bico, maior que seu corpo!
Na hora de dormir coloquei a cestinha a meu lado na cama e o envolvi com os panos. Durante a noite acordei umas três vezes para verificar se estava tudo bem. Como qualquer mãe que tem um bebê e se assusta quando ele está dormindo tranquilamente, eu abria o embrulhinho só pra perceber que ele estava só dormindo.
Com a ansiedade da noite acordei pela manhã me sentindo mal e, não pude ir trabalhar.
Talvez fosse um daqueles momentos em que Deus escreve certo por linhas tortas. Fiquei em casa doente e pude cuidar do meu mais novo amor, dando água+mel a todo instante em que ele me pedia.
Loucura? Falta do que fazer? Não! Amor e cuidado. Havia um pequeno animal precisando da minha atenção. E, sempre que eu passava perto da cestinha, ele esticava o pescocinho pedindo comida. Como é possível um ser tão pequeno, sem nem ter aberto os olhos, saber que eu podia alimentá-lo? Sei que isso tudo é por instinto, mas prefiro crer que ele me considerou sua mãe-andorinha.
Mais uma noite ele dormiu quietinho a meu lado.

Antes de sair para o trabalho eu lhe dei mais água+mel e fui, deixando-o sozinho.
Á noite quando retornei correndo para casa, ele estava bem fraquinho. Dessa vez, eu trouxe do mercado, um pacote de fubá, que dissolvi um pouquinho na água e fiz uma papinha ralinha como me ensinaram.
Ele teve dificuldades em beber.
Então eu o sequei bem, o enrolei nos panos e o coloquei bem confortável a meu lado no sofá. Eu costurava enquanto conversava com ele. De vez em quando ele esticava o pescocinho em minha direção, piava baixinho e retornava à posição de descanso.
Até que em um momento eu percebi que seu pescocinho estava esticado em minha direção por muito tempo e eu fiquei olhando. Demorei um pouco pra perceber que ele havia ido embora.
Foi triste. Chorei com aquele coisinha tão delicada, frágil e indefesa em minha mão que me fez sentir tanto amor em tão pouco tempo.
Me pergunto se realmente fiz tudo o que pude por ele? E se eu não tivesse deixado sozinho por um dia? E se eu tivesse derrubado qualquer regra e o levado junto a mim para o meu trabalho?
As vezes achamos que estamos fazendo tudo por quem amamos, mas muitas vezes não estamos fazendo o máximo que podemos! Não quero ficar me perguntando "e se", não adianta mais, mas vale a lição.
Nesse amor imenso de duas noites e três dias eu descobri que meu coração ainda está aberto para grandes histórias de amor... com humanos ou com animais.

1 Comentários:

Blogger Tricya Santiago disse...

Ah amiga, essas experiencias são tão boas q são capazes de nos fazer mudar como pessoa. O amor de um animal é tão sincero e forte como o de uma criança, é tão grande q nem conseguimos imaginar o qto.Eu me tornei uma pessoa bem melhor a cada contato com essas criaturas de Deus, como eles nos ensinam com apenas gestos, com apenas um olhar.Bom, vc fez, isso é importante, se foi o suficiente ou não, não a quem a julgue, mas vc fez! E isso bastou, bastou ver vc não virar as costas, bastou ver sua dedicação, seu carinho e seu amor e isso sim é valido, isso não é p qq um, somente p os que amam de verdade.O mundo lhe agradece, a natureza, Deus e eu, sua amiga q é louca por esse mundo animal. Bjocas e fica na paz.

terça-feira, janeiro 31, 2012 7:30:00 PM  

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