Maria, Maria - Parte 3
Dois anos se passaran e Maria ainda morava no mesmo barraco. Mas agora sua moradia tinha mais cara de casa. Aos poucos Maria foi ganhando uma coisinha aqui e outra ali e os espaços foram sendo preenchidos. Das patroas ganhava uma cadeira, um cobertor ou até cortinas velhas! Tudo o que Maria ganhava e que podia ser dividido ela dividia com sua vizinha e amiga Antonieta. "Eta" como era chamda, havia se tornado uma irmã para Maria. Eta era totalmente o contrário de Maria: bonitona, expansiva, sua inconfundível gargalhada podia ser ouvida por toda a favela.
Com o barraco arrumado, com as patroas ajudando e com a filha crescendo sem doenças, Maria seguia a vida sossegada.

O quadrado estava todo enfeitado e iluminado. O forró tocava alto e Maria ficou assustada. Casais dançavam grudados e mesmo a festa sendo a céu aberto o cheiro de bebida dominava o ambiente. Eta e Maria sentaram-se numa mesa encostada à parede e ficaram observando o povo se divertir. Logo um rapaz convidou Eta para dançar e ela sumiu no meio da multidão. Mario ficou temerosa e com vontade de voltar para a segurança de sua casa. Mas logo outros vizinhos apareceram e puxaram conversa com ela. De repente a mesa estava repleta de pessoas conversando, bebendo e rindo. Menos Maria, é claro! No meio dessa animação Maria só pensava em sua casa, até que alguém lhe ofereceu um copo de verveja. Ela também nunca havia experimentado a tal bebida, mas como o copo estava tão geladinho e o calor se fazendo presente, Maria bebeu de um só gole todo o líquido. O que aconteceu depois só Deus sabe...
De repente Maria acordou e estava deitada sobre um plástico preto que protegia uns tijolos no fundo de um barraco em construção. Entre suas pernas um homem arfava. Maria queria fugir dali, mas sua cabeça estava tonta demais para isso. Maria chorava. A história se repetia e dessa vez ela sabia como ia terminar.
Foi assim que Marina foi concebida.
De repente Maria acordou e estava deitada sobre um plástico preto que protegia uns tijolos no fundo de um barraco em construção. Entre suas pernas um homem arfava. Maria queria fugir dali, mas sua cabeça estava tonta demais para isso. Maria chorava. A história se repetia e dessa vez ela sabia como ia terminar.
Foi assim que Marina foi concebida.
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