Canalhas

O interessante do livro é que joga por terra o conceito de que mulheres não tem esse dado em sua persolidade. Não digo "todas as mulheres", do mesmo jeito que não são "todos os homens" que são canalhas. Mas a canalhice tá aí no homem ou na mulher. Antes, simplesmente achavam que só as mulheres eram as vítimas desses tipos, mas se observarmos bem o comportamento de algumas "belas" que até vivem perto de nós, perceberemos que muitas vezes os homens são vítimas também.
Do mesmo jeito que o homem-canalha, a mulher-canalha não é aquela ex-namorada que resolve se vingar do namorado traidor, ou aquela mocinha que trai a confiança de uma amiga. Essas mulheres fazem parte de outra categoria. A mulher-canalha é que faz o que faz por pura diversão. Ela não tá nem aí pra vingança, ela simplesmente quer se divertir sem pensar nas consequencias. Ela quer realizar seus desejos sexuais sem pensar se o noivo vai sofrer, ou se vai perder a melhor amiga.
Me incomoda esse tipo de emancipação. Me incomoda a mulherada, para mostrar que são livres e independentes, começarem a copiar o que tem de mais vulgar num homem.

Aí vem a pergunta: nós, mulheres, precisamos nos masculinizar para ter liberdade? Precisamos cuspir no chão e usar boné pra provar que estamos lado a lado com os homens? Temos que brigar no bar, dar soco na cara e coçar entre as pernas, para mostrar que "quem manda em mim sou eu"?
Somos mais que isso...
Podemos estar a altura de qualquer homem com inteligencia e doçura. Brigar sem quebrar a unha nem despentear os cabelos. Mostrar competência sem desfiar a meia ou borrar o baton. Conquistar sem ser vulgar. Se divertir sem ser canalha. Ganhar espaço, trabalhar, subir na vida, sem trair, puxar o tapete de alguém ou descer a lingerier. Sem ser santa, sendo uma vitoriosa.
Afinal o penhasco não deve ser o destino de mulheres livres.
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