Roupas ao vento
Alhandra - Lisboa - Portugal |
Então me lembrei que quando eu era menina, em nossa casa no subúrbio, nossas roupas também eram secas dessa maneira. Outros tempos..
Tempo em que minha mãe lavava toda a roupa no tanque e depois nós pendurávamos tudo numa corda de arame, no quintal, em frente de casa, virada para a rua. Depois das roupas presas pelos pregadores, suspendíamos o varal com uma grande vara de bambu, pela na parte central da extensão do arame. Já nascíamos com a habilidade de saber o ponto certo de equilíbrio para essa tarefa. Até hoje não sei onde minha mãe conseguia a vara de bambu... nunca vi um bambuzal perto de casa...
À tarde recolhíamos as roupas secas ao sol.
Mas durante todo o dia elas ficavam ali expostas a quem passasse na rua. Vestidos, lençóis, toalhas de banho, camisas, peças intimas...
Um grande contraste, já que só alguns cômodos das casas eram liberados para as visitas. Normalmente a sala e a cozinha.
Eu gostava de olhar as roupas secando. Pareciam velas de navios ao vento, me levando pra longe.
1 Comentários:
Voltei lá na minha antiga residência, quando me embolava nas roupas ou quando ajudava a minha avó a recolher as roupas em dias de chuva.
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