As Perigosas no Valqueire
Bela, bela, bela, // Ela anda na rua // como quem passa na passarela // O mundo é dela
Linda, doce, fera // Seu corpo provoca engarrafamento // Mudança de vento // Faz fila de espera//
Demorou, perdeu a vez// Vacilou, casa caiu // A bela é carioca mas é da cor do Brasil //
Demorou, perdeu a vez // Vacilou casa caiu // A bela é carioca mas é da cor do Brasil
(Mulher Carioca - Pedro Luis e a Parede)
Elas já passaram dos cinquenta.
São mães e algumas até já tem neto.
Como mães elas já tiveram seu quinhão de sofrimento, algumas mais do que as outras. Mas tiveram!
Mas são guerreiras e veem de uma geração em que as mulheres aprenderam a conquistar o seu espaço com garra mas também com um grande sorriso no rosto.
São amigas! E cada uma, a seu modo, sabe curar a ferida da outra, com palavras, atitudes, abraços, olhares. Ou mesmo com o silêncio, sempre tão confortador.
E hoje, 1º de março, como algumas donas de casa (mas não elas), resolveram jogar a tristeza em baixo do tapete e, como aquelas amigas do seriado Sexy ande City, saíram pra rua, para se curtirem.
A decisão foi tomada logo cedo!
Primeiro passaram no salão, depois seguiram para o shopping.
Na mesa, um cardápio japonês. Ao redor "As perigosas no Valqueire".
Todas falando ao mesmo tempo sem se importarem se os outros frequentadores estavam ouvindo pedaços de conversa. E eram tantos "paus" e "pauzinhos" !!
Se a "Enlouquecida de Brasília" lembrava de quando quase jogou a televisão em cima de um dos filhos, a "Avassaladora do Salão" diagnosticava que o problema da "Incomodada da Pacheco" é engolir sapos demais e por isso ter tantos problemas intestinais: "O dia em que ela aprender a mandar todos "se fu" ela vai ter até prisão de ventre e estará curada"
"A Voadora de Topete", a mais nova do grupo, mas já fazendo terapia, enquanto saboreava seu sushi lembrava como vomitou nos pés do seu ex, tudo o que tinha ainda guardado na garganta e como se sente mais leve hoje em dia.
Entre uma risada e outra, "A Magal de Fusca" se atrapalhava com os pauzinhos na hora de comer a pizza de skin de salmão, que todas aproveitaram para provar só um pouquinho.
As conversas podem ter se cruzado mas os olhos de lince da "Voadora de Topete" contavam rigorosamente quem havia comido mais de uma rodela de banana com chocolate!
Saindo do shopping o que fazer?
Amontoadas, elas se jogaram dentro do carro da "Noivinha da Pavuna" e arrastando também a "Patricinha de Marechal". Como as sete conseguiram ficar dentro do carro é um enigma que nem Einstein consegue decifrar...
E em meio a tantas gargalhadas elas foram parar no studio de Tatoo. Por que não???
Eventos importantes merecem um símbolo, um marco.
E como algumas já tem a sua tatoo preferida, chegou a vez da "Enlouquecida de Brasília", por que a dor de uma agulha não é nada em comparação a outras piores dores que algumas mães sentem.
O momento foi registrado, acompanhado, inspecionado e fotografado para dar Ibope no Facebook. Aos que não acreditaram que ela faria, as provas são inquestionáveis.
Enquanto o traçado era preenchido formando as asas de um anjo no peito repleto de saudades da pequena cabeça loura que antes ali descansava, a "Magal do Fusca" folheava uma revista na sala ao lado, não querendo ver o banho de sangue que o tatuador deveria estar causando. Afinal, um pai de uma menina de quatro anos que sobe em telhados, deveria estar mais para um serial killer do que para um artista, pensava a "do Fusca", lembrando-se do filho com tatuagens, vivendo lá nos Estados Unidos e se recusando aceitar a ideia de ser marcada por uma tatuagem!
Tatuagem feita, abraços dados, lágrimas despontando em frente ao espelho, hora de partir pra outra!
E lá vão elas pelas ruas do Valqueire!
O sol já está se pondo, mas ainda há muito pela frente!
O salão é logo ali e até o final da noite ainda muito pra se falar e rir.
Esse dia foi feito só pra isso, enquanto a tristeza descansa debaixo do tapete.
Como não amar mulheres assim?
Linda, doce, fera // Seu corpo provoca engarrafamento // Mudança de vento // Faz fila de espera//
Demorou, perdeu a vez// Vacilou, casa caiu // A bela é carioca mas é da cor do Brasil //
Demorou, perdeu a vez // Vacilou casa caiu // A bela é carioca mas é da cor do Brasil
(Mulher Carioca - Pedro Luis e a Parede)
Elas já passaram dos cinquenta.
São mães e algumas até já tem neto.
Como mães elas já tiveram seu quinhão de sofrimento, algumas mais do que as outras. Mas tiveram!
Mas são guerreiras e veem de uma geração em que as mulheres aprenderam a conquistar o seu espaço com garra mas também com um grande sorriso no rosto.
São amigas! E cada uma, a seu modo, sabe curar a ferida da outra, com palavras, atitudes, abraços, olhares. Ou mesmo com o silêncio, sempre tão confortador.
E hoje, 1º de março, como algumas donas de casa (mas não elas), resolveram jogar a tristeza em baixo do tapete e, como aquelas amigas do seriado Sexy ande City, saíram pra rua, para se curtirem.
A decisão foi tomada logo cedo!
Primeiro passaram no salão, depois seguiram para o shopping.
Na mesa, um cardápio japonês. Ao redor "As perigosas no Valqueire".
Todas falando ao mesmo tempo sem se importarem se os outros frequentadores estavam ouvindo pedaços de conversa. E eram tantos "paus" e "pauzinhos" !!
Se a "Enlouquecida de Brasília" lembrava de quando quase jogou a televisão em cima de um dos filhos, a "Avassaladora do Salão" diagnosticava que o problema da "Incomodada da Pacheco" é engolir sapos demais e por isso ter tantos problemas intestinais: "O dia em que ela aprender a mandar todos "se fu" ela vai ter até prisão de ventre e estará curada"
"A Voadora de Topete", a mais nova do grupo, mas já fazendo terapia, enquanto saboreava seu sushi lembrava como vomitou nos pés do seu ex, tudo o que tinha ainda guardado na garganta e como se sente mais leve hoje em dia.
Entre uma risada e outra, "A Magal de Fusca" se atrapalhava com os pauzinhos na hora de comer a pizza de skin de salmão, que todas aproveitaram para provar só um pouquinho.
As conversas podem ter se cruzado mas os olhos de lince da "Voadora de Topete" contavam rigorosamente quem havia comido mais de uma rodela de banana com chocolate!
Saindo do shopping o que fazer?
Amontoadas, elas se jogaram dentro do carro da "Noivinha da Pavuna" e arrastando também a "Patricinha de Marechal". Como as sete conseguiram ficar dentro do carro é um enigma que nem Einstein consegue decifrar...
E em meio a tantas gargalhadas elas foram parar no studio de Tatoo. Por que não???
Eventos importantes merecem um símbolo, um marco.
E como algumas já tem a sua tatoo preferida, chegou a vez da "Enlouquecida de Brasília", por que a dor de uma agulha não é nada em comparação a outras piores dores que algumas mães sentem.
O momento foi registrado, acompanhado, inspecionado e fotografado para dar Ibope no Facebook. Aos que não acreditaram que ela faria, as provas são inquestionáveis.
Enquanto o traçado era preenchido formando as asas de um anjo no peito repleto de saudades da pequena cabeça loura que antes ali descansava, a "Magal do Fusca" folheava uma revista na sala ao lado, não querendo ver o banho de sangue que o tatuador deveria estar causando. Afinal, um pai de uma menina de quatro anos que sobe em telhados, deveria estar mais para um serial killer do que para um artista, pensava a "do Fusca", lembrando-se do filho com tatuagens, vivendo lá nos Estados Unidos e se recusando aceitar a ideia de ser marcada por uma tatuagem!
Tatuagem feita, abraços dados, lágrimas despontando em frente ao espelho, hora de partir pra outra!
E lá vão elas pelas ruas do Valqueire!
O sol já está se pondo, mas ainda há muito pela frente!
O salão é logo ali e até o final da noite ainda muito pra se falar e rir.
Esse dia foi feito só pra isso, enquanto a tristeza descansa debaixo do tapete.
Como não amar mulheres assim?
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