Uma Cidade Boa de se Viver
Quando no Brwskysvlatsmão, país em que nasci e vivo, ficou resolvido que nos nomes próprios não seria mais necessários o uso de vogais, nós, os aldeões ficamos aliviados, pois sempre nos foi difícil encontrar nomes para os filhos que encaixassem essas malditas letrinhas. Assim, passamos a dar nomes simples às nossas crianças, como: Symbw, Swry, Bylwn.
Nossa cidade, Ruzcyk, ficou mundialmente conhecida por fazer fronteira com Kuzcek, cidade vizinha, após, Borat, fomoso jornalista, ter documentado sua visita ao USA.
Ruzcyk tem um clima chuvoso nas épocas das chuvas e chuvoso também nas épocas de seca.
Nossas crianças vivem totalmente sujas de lama a vida inteira, isso faz com que não saibamos se somos brancos ou morenos. Uma vez recebemos a visita de um africano e ficamos com muita pena dele, pela quantidade de lama negra que ele carregava na pele. Jogamos o coitado no lago para lavá-lo, mas a lama já estava muito grudada e mesmo passando palha-de-aço não conseguimos limpá-lo.
A fruta que melhor representa nossa cidade é o cajá-manga. Uma semente dessa fruta foi trazida de um outro país por algum viajante, que a plantou em nosso solo fértil. A partir da primeira colheita descobrimos várias utilidades para o caroço da fruta, desde lustrar panelas e sapatos até esfregar a sola dos pés dos idosos. Com tantas utilidades o cajazeiro se tornou praticamente uma árvore sagrada para todos nós e estampa nossa gloriosa bandeira.
No passado, nossas meninas e mulheres eram sempre violentadas por ursos grandes e peludos, o que as fazia ter filhos fortes, louros de olhos azuis, mas bastardos. Para evitar isso, resolvemos que assim que nossas meninas chegassem a uma certa idade elas seriam dadas aos ursos em casamento e, quando eles se cansassem delas eles a devolveriam às famílias. Com essa prática diminuímos muito o número de filhos-bastardos, pois nenhuma das mulheres devolvidas pelos ursos deu à luz a filhos fortes de ursos. Isso é, quando as mulheres desejaram voltar. Achamos que os ursos devem ser bons maridos pois muitas mulheres ficaram para sempre na floresta e nunca retornaram para suas famílias.
Enquanto nossas mulheres vivem com os ursos, nossos rapazes vivem até a idade adulta com suas mães e irmãs menores aprendendo a cozinhar bode e a transformar couro de cordeiro em bonitas almofadinhas . Depois vão morar junto com os outros rapazes numa cabana afastada da cidade, para que tenham privacidade e possam usar vestidos e perucas louras se tiverem vontade.
Somos um povo pacífico, nunca tivemos histórias de batalhas ou revoluções. Uma vez um grupo de um país feio que não quero declarar o nome resolveu nos invadir. Simplesmente nosso governante deu-lhes uma rasteira: abriu os portões da cidade e eles feito bobos entraram, saquearam, roubaram e violentaram até nossos cachorros e depois saíram com o rabinho entre as pernas, sem que nós disparássemos uma só flecha. Quando o último invasor saiu da cidade, após queimar nossas casas, nós lhes demos caretas e rimos dele, coitado! Somos assim: um povo pacífico que não quer saber de guerra!
Nossa principal renda é a bolota de cocô de cavalo! Exportada para outras cidades ela nos torna uma cidade próspera. Muitas coisas podem ser feitas com bolotas de cocô de cavalo: para cidades em guerra (não é o nosso caso!) elas servem para serem jogadas na cabeça dos inimigos, ou quando estão endurecidas, servem como apoio para a cama, caso um dos pé se quebre; como elas têm fibras, servem como lenha nas lareiras e fogões de cozinha. Enfim, inúmeras utilidades!
Ensinamos as nossas crianças a terem grande respeito pelos idosos, a quem amamos muito. Então, tão logo nossos pais completam cinqüenta anos nós os trancamos num quartinho para que não sofram abusos de nenhum mal feitor. Os pais se sentem tão agradecidos com esse gesto que muitos morrem em silêncio, sem gemer ou gritar e seus filhos só descobrem que eles se foram quando reparam que, as vasilhas de comidas, deixadas na passagem por debaixo da porta, começam a se encher de baratas.
Nas próximas férias, venha nos visitar!
Mas lembre-se: traga galochas !
Obs.: Informo que eu não havia fumado bolota de cocô de cavalo antes de escrever esse texto.
Nossa cidade, Ruzcyk, ficou mundialmente conhecida por fazer fronteira com Kuzcek, cidade vizinha, após, Borat, fomoso jornalista, ter documentado sua visita ao USA.
Ruzcyk tem um clima chuvoso nas épocas das chuvas e chuvoso também nas épocas de seca.
Nossas crianças vivem totalmente sujas de lama a vida inteira, isso faz com que não saibamos se somos brancos ou morenos. Uma vez recebemos a visita de um africano e ficamos com muita pena dele, pela quantidade de lama negra que ele carregava na pele. Jogamos o coitado no lago para lavá-lo, mas a lama já estava muito grudada e mesmo passando palha-de-aço não conseguimos limpá-lo.
A fruta que melhor representa nossa cidade é o cajá-manga. Uma semente dessa fruta foi trazida de um outro país por algum viajante, que a plantou em nosso solo fértil. A partir da primeira colheita descobrimos várias utilidades para o caroço da fruta, desde lustrar panelas e sapatos até esfregar a sola dos pés dos idosos. Com tantas utilidades o cajazeiro se tornou praticamente uma árvore sagrada para todos nós e estampa nossa gloriosa bandeira.
No passado, nossas meninas e mulheres eram sempre violentadas por ursos grandes e peludos, o que as fazia ter filhos fortes, louros de olhos azuis, mas bastardos. Para evitar isso, resolvemos que assim que nossas meninas chegassem a uma certa idade elas seriam dadas aos ursos em casamento e, quando eles se cansassem delas eles a devolveriam às famílias. Com essa prática diminuímos muito o número de filhos-bastardos, pois nenhuma das mulheres devolvidas pelos ursos deu à luz a filhos fortes de ursos. Isso é, quando as mulheres desejaram voltar. Achamos que os ursos devem ser bons maridos pois muitas mulheres ficaram para sempre na floresta e nunca retornaram para suas famílias.
Enquanto nossas mulheres vivem com os ursos, nossos rapazes vivem até a idade adulta com suas mães e irmãs menores aprendendo a cozinhar bode e a transformar couro de cordeiro em bonitas almofadinhas . Depois vão morar junto com os outros rapazes numa cabana afastada da cidade, para que tenham privacidade e possam usar vestidos e perucas louras se tiverem vontade.
Somos um povo pacífico, nunca tivemos histórias de batalhas ou revoluções. Uma vez um grupo de um país feio que não quero declarar o nome resolveu nos invadir. Simplesmente nosso governante deu-lhes uma rasteira: abriu os portões da cidade e eles feito bobos entraram, saquearam, roubaram e violentaram até nossos cachorros e depois saíram com o rabinho entre as pernas, sem que nós disparássemos uma só flecha. Quando o último invasor saiu da cidade, após queimar nossas casas, nós lhes demos caretas e rimos dele, coitado! Somos assim: um povo pacífico que não quer saber de guerra!
Nossa principal renda é a bolota de cocô de cavalo! Exportada para outras cidades ela nos torna uma cidade próspera. Muitas coisas podem ser feitas com bolotas de cocô de cavalo: para cidades em guerra (não é o nosso caso!) elas servem para serem jogadas na cabeça dos inimigos, ou quando estão endurecidas, servem como apoio para a cama, caso um dos pé se quebre; como elas têm fibras, servem como lenha nas lareiras e fogões de cozinha. Enfim, inúmeras utilidades!
Ensinamos as nossas crianças a terem grande respeito pelos idosos, a quem amamos muito. Então, tão logo nossos pais completam cinqüenta anos nós os trancamos num quartinho para que não sofram abusos de nenhum mal feitor. Os pais se sentem tão agradecidos com esse gesto que muitos morrem em silêncio, sem gemer ou gritar e seus filhos só descobrem que eles se foram quando reparam que, as vasilhas de comidas, deixadas na passagem por debaixo da porta, começam a se encher de baratas.
Nas próximas férias, venha nos visitar!
Mas lembre-se: traga galochas !
Obs.: Informo que eu não havia fumado bolota de cocô de cavalo antes de escrever esse texto.
4 Comentários:
Cara, eu não ia perguntar se vc fumou bolota de cocô qdo escreveu isso, mas ia perguntar se fumou maconha mesmo.
Esse é clássico. Muito louco essa porra, mulé.
OBS.: ainda tem na sua casa ou teremos que plantar mais?
Esse é clássico. Muito louco essa porra, mulé.
OBS.: ainda tem na sua casa ou teremos que plantar mais?
Esse é clássico. Muito louco essa porra, mulé.
OBS.: ainda tem na sua casa ou teremos que plantar mais?
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