Maria, Maria - Parte 11
Uma noite, quando Maria ficou até mais tarde trabalhando no consultório, um menino entrou correndo gritando seu nome. Ele estava desesperado e só conseguia dizer: Fogo, Dona Maria, fogo no seu barraco!!
Enquanto Maria se sentia presa ao chão pensando em suas meninas, Dr. Ricardo correu na frente sendo seguido pelo menino. Desperta do choque Maria também correu subindo as ruelas da favela. Seu coração parecia que ia parar. Sua cabeça imaginava mil coisas. Ela não merecia isso. Numa esquina, de onde podia ver a fumaça subindo aos céus Maria parou. Não sabia se conseguiria seguir adiante, mas seu instinto de mãe fez com que suas pernas voltassem a andar.
Seu barraco estava em chamas e em alguns lugares as paredes desabavam. Vizinhos tentavam diminuir o fogo trazendo baldes de água. Uma corrente humana estava formada. No meio da confusão Maria viu Eta e quando seu olhar bateu com o dela eles imploravam por uma resposta: “onde estão as meninas?” Eta a abraçou e a tranqüilizou dizendo que as meninas estavam bem na casa de uma outra vizinha, que foram retiradas antes do fogo se alastrar, que o incêndio havia começado com um curto-circuito na instalação mal feita. Maria sentiu um alívio em saber que suas meninas estavam bem, o restante ela nem ouviu direito, mas sentiu nos olhos de Eta que algo não estava correndo bem. Eta tentou explicar que todos estavam aflitos por que uma pessoa ainda não havia saído do barraco. Nesse instante em meio a fumaça surge o vulto branco do dentista, que trazia nas mãos um objeto, protegido pelo jaleco. Maria não conseguia imaginar o que teria feito o médico se arriscar daquela maneira. Ele então se aproximou dela, lhe entregou sua lata com as cartas e disse que não conseguiria viver em paz sabendo que ela havia perdido no incêndio suas preciosidades. Pediu desculpas também por tê-las lido quando ela as havia esquecido em seu quarto no dia da tempestade. Maria abraçou a lata e chorou agradecendo a Deus por ter colocado o Dr. Ricardo em sua vida, pois ele estava fazendo com que ela voltasse a acreditar que existiam homens gentis e gestos carinhosos.
Enquanto Maria se sentia presa ao chão pensando em suas meninas, Dr. Ricardo correu na frente sendo seguido pelo menino. Desperta do choque Maria também correu subindo as ruelas da favela. Seu coração parecia que ia parar. Sua cabeça imaginava mil coisas. Ela não merecia isso. Numa esquina, de onde podia ver a fumaça subindo aos céus Maria parou. Não sabia se conseguiria seguir adiante, mas seu instinto de mãe fez com que suas pernas voltassem a andar.
Seu barraco estava em chamas e em alguns lugares as paredes desabavam. Vizinhos tentavam diminuir o fogo trazendo baldes de água. Uma corrente humana estava formada. No meio da confusão Maria viu Eta e quando seu olhar bateu com o dela eles imploravam por uma resposta: “onde estão as meninas?” Eta a abraçou e a tranqüilizou dizendo que as meninas estavam bem na casa de uma outra vizinha, que foram retiradas antes do fogo se alastrar, que o incêndio havia começado com um curto-circuito na instalação mal feita. Maria sentiu um alívio em saber que suas meninas estavam bem, o restante ela nem ouviu direito, mas sentiu nos olhos de Eta que algo não estava correndo bem. Eta tentou explicar que todos estavam aflitos por que uma pessoa ainda não havia saído do barraco. Nesse instante em meio a fumaça surge o vulto branco do dentista, que trazia nas mãos um objeto, protegido pelo jaleco. Maria não conseguia imaginar o que teria feito o médico se arriscar daquela maneira. Ele então se aproximou dela, lhe entregou sua lata com as cartas e disse que não conseguiria viver em paz sabendo que ela havia perdido no incêndio suas preciosidades. Pediu desculpas também por tê-las lido quando ela as havia esquecido em seu quarto no dia da tempestade. Maria abraçou a lata e chorou agradecendo a Deus por ter colocado o Dr. Ricardo em sua vida, pois ele estava fazendo com que ela voltasse a acreditar que existiam homens gentis e gestos carinhosos.
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