Se Preparando para o Natal...
Da minha infância...
Quando eu era menina, os dias que antecedem o Natal eram de muito trabalho e, como para qualquer criança, de muita ansiedade !
Muito trabalho por que numa casa onde já vivem dez pessoas, sempre há muito trabalho, mesmo para as crianças! Imaginem numa data tão especial como o Natal, onde não só os moradores festejam, mas também os agregados!! As crianças de hoje não sabem a sorte que tem de não precisarem participar desses preparativos. Mas também não levam na memória tudo de emocionante e fraterno que acontecia nesses preparativos.
No início do mês de dezembro a faxina geral tinha início e todas as louças do armário eram retirados e lavados. Cortinas eram trocadas e o chão encerado. E a arrumação seguia até a semana do Natal.
Não me lembro de termos uma árvore de Natal dessas que se vendem nas lojas. Fabricávamos nossas árvores com galhos secos de árvores e algodão.
No dia 23 algumas galinhas eram mortas e a cozinha ficava a todo vapor!
Montanhas de legumes eram descascados para a bacalhoada.
Na tarde do dia 24 a loucura reinava na cozinha!! Minha mãe preparava a comida e as sobremesas. Sempre tinha aletria (um doce feito com macarrão cabelinho de anjo), pudim, manjar, sagu com vinho.
Da padaria vinha um leitão assado (eu nunca soube de onde vinha aquele leitão que minha mãe mandava assar na padaria! acho que era um daqueles assuntos que não interessa à criança!), que era colocado no centro da mesa de jantar.
Até o último minuto antes de ser servida a ceia, ainda ficávamos na cozinha ajudando minha mãe: ora fritando bolinhos de bacalhau, ora fritando rabanadas!!
Depois de tudo pronto, corríamos pra tomar banho, colocar as roupas de Natal e voltar para cozinha para arrumar a mesa da ceia. E ela ficava linda cheia de coisas gostosas: bacalhoada, arroz branco, arroz a grega, farofa,
salada de maionese, frango e o leitão! Depois as visitas chegavam: as namoradas de meus tios e amigos.
Então nos sentávamos ao redor daquela mesa e era ótimo ouvir meus tios conversando!
É lógico que depois vinha a imensa pilha de louça pra ser lavada, a troca dos pratos salgados pelos doces e a trabalheira não terminava nunca!
Nós, as crianças, ficávamos o tempo todo trabalhando e pensando nos presentes que seriam colocados em nossos sapatos, mas não podíamos nos dar ao luxo de ir brincar sem ter ajudado na arrumação.
Quando o sono chegava, íamos para cama, tendo antes colocado os sapatos alinhados na sala e dormíamos ouvindo meus tios jogando baralho no quintal.
Assim que acordávamos corríamos para a sala encontrar os presentes!! Não tínhamos o costume de pedir coisas ao Papai Noel. O que ganhávamos era o que dava para o Papai Noel trazer, e nem por isso ficávamos tristes. O bom era a surpresa! Até quinze anos ganhei presente de Papai Noel! Meu último presente foi uma boneca, que guardo comigo até hoje!
Mas conviver com tios "moleques" (no bom sentido) fazia com que nossos sapatos sempre ficassem recheados de "outras surpresas", como casca de castanhas ou de coquinhos, tampas de garrafa de cerveja, osso de galinha, cascas de frutas ou tampas de panelas!!! E até isso nos divertia!!
Após abrir os presentes, íamos até a casa da minha bisavó, que morava no mesmo terreno de nossa casa, mostrar o que havíamos ganho de Papai Noel. E ela adorava ver os pacotes serem abertos!
No dia 25 passávamos o dia comendo, rindo, brincando, conversando, enquanto minha mãe e
minhas tias continuavam a luta na cozinha e os rapazes jogando cartas.
Que saudade !!
Quando eu era menina, os dias que antecedem o Natal eram de muito trabalho e, como para qualquer criança, de muita ansiedade !
Muito trabalho por que numa casa onde já vivem dez pessoas, sempre há muito trabalho, mesmo para as crianças! Imaginem numa data tão especial como o Natal, onde não só os moradores festejam, mas também os agregados!! As crianças de hoje não sabem a sorte que tem de não precisarem participar desses preparativos. Mas também não levam na memória tudo de emocionante e fraterno que acontecia nesses preparativos.
No início do mês de dezembro a faxina geral tinha início e todas as louças do armário eram retirados e lavados. Cortinas eram trocadas e o chão encerado. E a arrumação seguia até a semana do Natal.
Não me lembro de termos uma árvore de Natal dessas que se vendem nas lojas. Fabricávamos nossas árvores com galhos secos de árvores e algodão.
No dia 23 algumas galinhas eram mortas e a cozinha ficava a todo vapor!
Montanhas de legumes eram descascados para a bacalhoada.
Na tarde do dia 24 a loucura reinava na cozinha!! Minha mãe preparava a comida e as sobremesas. Sempre tinha aletria (um doce feito com macarrão cabelinho de anjo), pudim, manjar, sagu com vinho.
Da padaria vinha um leitão assado (eu nunca soube de onde vinha aquele leitão que minha mãe mandava assar na padaria! acho que era um daqueles assuntos que não interessa à criança!), que era colocado no centro da mesa de jantar.
Até o último minuto antes de ser servida a ceia, ainda ficávamos na cozinha ajudando minha mãe: ora fritando bolinhos de bacalhau, ora fritando rabanadas!!
Depois de tudo pronto, corríamos pra tomar banho, colocar as roupas de Natal e voltar para cozinha para arrumar a mesa da ceia. E ela ficava linda cheia de coisas gostosas: bacalhoada, arroz branco, arroz a grega, farofa,
salada de maionese, frango e o leitão! Depois as visitas chegavam: as namoradas de meus tios e amigos.
Então nos sentávamos ao redor daquela mesa e era ótimo ouvir meus tios conversando!
É lógico que depois vinha a imensa pilha de louça pra ser lavada, a troca dos pratos salgados pelos doces e a trabalheira não terminava nunca!
Nós, as crianças, ficávamos o tempo todo trabalhando e pensando nos presentes que seriam colocados em nossos sapatos, mas não podíamos nos dar ao luxo de ir brincar sem ter ajudado na arrumação.
Quando o sono chegava, íamos para cama, tendo antes colocado os sapatos alinhados na sala e dormíamos ouvindo meus tios jogando baralho no quintal.
Assim que acordávamos corríamos para a sala encontrar os presentes!! Não tínhamos o costume de pedir coisas ao Papai Noel. O que ganhávamos era o que dava para o Papai Noel trazer, e nem por isso ficávamos tristes. O bom era a surpresa! Até quinze anos ganhei presente de Papai Noel! Meu último presente foi uma boneca, que guardo comigo até hoje!
Mas conviver com tios "moleques" (no bom sentido) fazia com que nossos sapatos sempre ficassem recheados de "outras surpresas", como casca de castanhas ou de coquinhos, tampas de garrafa de cerveja, osso de galinha, cascas de frutas ou tampas de panelas!!! E até isso nos divertia!!
Após abrir os presentes, íamos até a casa da minha bisavó, que morava no mesmo terreno de nossa casa, mostrar o que havíamos ganho de Papai Noel. E ela adorava ver os pacotes serem abertos!
No dia 25 passávamos o dia comendo, rindo, brincando, conversando, enquanto minha mãe e
minhas tias continuavam a luta na cozinha e os rapazes jogando cartas.
Que saudade !!
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