Enquanto espero minha vez de embarcar posso observar todos o movimento de pessoas indo e vindo. Comissárias com seus uniformes em vários mocelos e maquiagens impecáveis passam apressadas puxando suas malas. No saguão há grupos tristes, outros alegres e aqueles que simplesmente estão ali para mais uma viagem de negócio. Fico tentando imaginar a história de cada um. Se a moça está ali indo embora para outra cidade por que teve que deixar seu amado por causa de um novo emprego. Ou ao contrário, ela está indo ao encontro dele e depois sua vida será totalmente diferente de agora. E aquele senhor? Pode estar indo se consultar numa clínica nos Estados Unidos para ter certeza se há tratamento para sua doença. Ou não! Ele está indo visitar os netos que não vê há anos. Enquanto espero deixo minha imaginação correr.
Se é uma viagem internacional a passagem pela Polícia Federal nos faz temer o que não há por temer. Mas, mesmo depois de ter tirado tudo o que pode fazer o detector de metais apitar e estar praticamente desnudo de metal, o "bandido" soa e faz com que todos na fila, com caras de boi indo para o matadouro, nos olhe com compaixão e cumplicidade!! E, tenho que tirar as botas que estou usando! Da próxima vez viajo de tênis! Depois de toda papelada verificada somos chamados para o embarque. Para minha felicidade estou indo para Nova York de Executiva! Chique, bem!
A poltrona é praticamente uma cama, com vários movimentos de encosto, acento e pernas. Mantas e travesseiros e necessaire são distribuidos. Durante a viagem assisti o filme "O Discurso de Rei" enquanto tomava uma taça de champagne. Chique, bem!
De madrugada abri minha janela e pude ver o céu totalmente cheio de estrelas. O Cruzeiro do Sul me acompanhou durante muito tempo. Quando olhei pra baixo vi que estávamos acima das nuvens e que lá embaixo o tempo não estava bom, pois podia se ver a claridade dos relâmpagos! 
Obs.: O pôr do sol foi fotografado ontem, da minha janela, retornando para o Brasil
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