
Numa daquelas visões que tive na adolescência eu me via andando pela única Rua do Monte Saint-Michel, na França.
A partir daí eu poderia ir à França e não visitar Paris, mas deixar de ir a Normandia e pisar o chão da ilha isso eu não me perdoaria.
Em minhas visões eu teria chegado à ilha como prisioneira vestida de homem.
Quando veio a oportunidade de ir à França corri e comprei a excursão a Saint-Michel.
Foi o lugar mais bonito que visitei na França.
Monte Saint-Michel é um misto de abadia e fortaleza, fundado no ano de 966 e que fica no norte da França, na Normandia.

Na vazante se torna um morro cercado de pastos de ovelhas. E é um espetáculo deslumbrante ver duas vezes ao dia a maré mudando e a água vindo e cercando o morro se transformando em ilha.
A ilha toda tem menos de um quilômetro de circunferência e uma única rua, com menos de três metros de largura, mas com muitas lojas de artesanato, restaurantes, cafés e sorveterias. No restaurante La Mère Poulard faz-se uma famosa omelete. Não comi por ser cara para meu bolso.
A abadia, erguida no alto do monte já serviu também como prisão política. As missas rezadas em latim e francês, é uma das atrações do Monte Saint-Michel. Acontece sempre aos domingos, pontualmente ao meio-dia.
Em meu passeio procurei por aquele meu “eu” do passado. Procurei atrás das colunas, em meio às pedras e rochas, corredores, degraus, altares, salões, torres e jardins.
Mas nada encontrei.
Meus fantasmas vagam perdidos ou presos ainda, em algum fosso secreto, nessa ilha mágica, no litoral francês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário