tag:blogger.com,1999:blog-369787112024-03-27T20:53:32.146-03:00Brincando com PalavrasTuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comBlogger531125tag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-84610267339179800392024-01-21T12:08:00.001-03:002024-01-21T12:08:16.387-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 14<p> O assunto tinha tudo pra ser triste, mas...</p><p>Uma de minhas primas perdeu o filho quando ele tinha apenas um mês (ou quase isso) de nascido. </p><p>No dia do enterro poucas pessoas foram se despedir do pequeno anjo. Minha prima não foi, nem sua mãe. Eu fui pra dar apoio ao marido dela. A família dele foi, mas minha prima havia pedido ao marido que o pequeno caixão não ficasse aberto. Ele atendeu ao pedido da esposa enlutada. E aí começa a história. </p><p>Eu estava na ponta do caixaozinho branco rezando para que Deus desse forças à minha prima para aguentar essa perda, quando começo a escutar uma discussão entre o pai enlutado e sua família. A avó paterna queria que deixasse o caixão aberto e o pai se negava. O tom de voz foi ficando alterado e mais alto. </p><p>Eu, tentando me concentrar na reza e a briga rolando. Até que não me aguentei mais e, dando um soco no caixão, pedi silêncio! Falei: "querem brigar, vão brigar lá fora!!"</p><p>Fez-se o silêncio e só aí percebi que havia socado o caixaozinho! </p><p>Meu coração pediu perdão e comecei a chorar muito.</p><p>Fui assim, chorando muito até perto da gaveta, onde seria colocado o caixão!</p><p>No choro desesperado, mas contido, tive um suspiro daqueles que o peito dá e... engoli um bicho de flor!!</p><p>O bicho ficou preso na garganta!! Coloquei o lenço na frente do rosto e tentei "regorgitar" o inseto, mas ele não saia! Nisso o pai da criança vem em minha direção e me abraça e diz no meu ouvido: "Eu vi que você engoliu o mosquito!" </p><p>A cena foi tão inusitada que começamos a rir! Muito! Ficamos assim abraçados e rindo! Mas quem olhasse nos imaginaria chorando. Nos balancávamos de tanto rir!</p><p>E o caixaozinho branco foi para a morada eterna com seu pai e sua prima dando boas gargalhadas. Por que anjinho não precisa de lágrimas!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-18516235239115832222024-01-06T11:30:00.004-03:002024-01-06T11:30:38.582-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 12<p>Na época eu ia e voltava do trabalho de van. Eu era a primeira a entra e a última a sair. Por isso eu sempre sentava no cantinho da janela do último banco. Era sentar me acomodar e dormir!! Adoro dormir em transporte. </p><p>É lá estava eu no sono profundo e escuto o motorista gritar: "alguém quer ler jornal?" Eu, como adoro ler jornal, levantei os braços e gritei (bem alto) EUUUUUU!</p><p>DE repente, percebi que o jornal não veio e que as pessoas ao meu lado, me olhavam assustadas!!! Era sonho!!!</p><p>Fechei os olhos e fingi que dormia, mas a vergonha me consumia.</p><p>Ao chegar na Central do Brasil, a van parou, algumas pessoas se levantaram, inclusive as que estavam do meu lado. Na calçada eu as vi a olhando pra mim! A van arrancou e as deixou na calçada sem entenderem o que acontecia.</p><p>Qdo fiquei sozinha com o motorista eu contei pra ele que aquelas pessoas não iam ficar na Central. Espantado, ele me perguntou pq eles desceram? E deu contei meu sonho. Ele me contou que havia perguntado: "alguém vai descer na Central?"</p><p>Eu o aconselhei a nunca mais pegar aqueles passageiros para não apanhamos dentro da van!!</p><p>Conselho: não durmam na van, se dormirem não sonham, se sonharem não gritem por favor!</p><p>Editando: </p><p>essa história não terminou aí. Dias depois eu saia do mercado à noite e ouvi alguém falar: EU, EU, EU. Eu conhecia essa frase, qdo olhei pra rua vi a minha van. O motorista estava contando minha história para os passageiros !!! Bati no vidro da janela dele e ele disse: "Foi ela, foi ela!". Não eram "aqueles" passageiros, eram outros. O motorista (Mauro meu amigo) estava se divertindo com a história! Avisei que ia cobrar direitos autorais kkkkkkkkkkkkm</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-40504481383391020352023-12-31T13:32:00.000-03:002023-12-31T13:32:06.336-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 11<p>Histórias de Reveillon :</p><p>Eu me arrumando para ir passar o reveillon na casa do meu tio e minha vizinha me chama pq tinha uma ligação pra mim (eu não tinha telefone). Era minha cunhada e me conta sussurando: "fui pegar uns pratos no armário e encontrei um tubo de superbond, sem querer espirrei a cola no olho"!!!!!!!!!!!!</p><p>E eu: "pq vc está sussurando?"</p><p>Ela: "pq estou no banheiro para as crianças não perceberem que estou com os dedos colados no rosto!! Fui tentar abrir o olho e colei os dedos no rosto!</p><p>É lógico que antes de qualquer pergunta eu tive que rir.</p><p>Quis saber onde estava meu irmão e ela me contou que ele tinha ido levar algumas coisas pra onde íamos passar o reveillon. </p><p>Resumindo: ela foi levada para o hospital quase meia noite! Imaginem os tipos de médicos que estavam de plantão de reveillon! Quase arrancaram o olho dela fora!</p><p>Até hoje tenho pavor de superbond!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-79326377847784088072023-12-23T10:27:00.001-03:002023-12-23T10:27:13.522-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 10<p>Após meu filho se casar me sobrou um tempinho livre, então me arrisquei a conhecer um jogo de computador!</p><p>O jogo consistia em vários mundos, onde eu teria uma ilha! Muito fofo!</p><p>Minha ilha tinha uma mina de ouro e florests com madeiras.</p><p>Toda noite eu chegava do trabalho e visitava minha ilha. Aos poucos ela foi evoluindo. Já tinha taberna, museu, biblioteca, navios, peões, marceneiros etc.</p><p>Já fazia trocas e compras com outras ilhas. Vendia também! Tudo lindo!</p><p>Uma noite quando entrei pra saber como estavam meus habitantes, descubro que em 2 horas seria invadida por 27 navios!!</p><p>Entrei em desespero andando pela casa!</p><p>Como lutar contra piratas??</p><p>Eu era uma comerciante!! Nem armas para me defender eu tinha!!</p><p>Já imaginava meus peões morrendo, meu museu pegando fogo, minhas mulheres sendo estrupadas, meus animais degolados, as crianças escravizados!!</p><p>Me sentei em frente ao computador sentindo que tudo o que eu havia construído setia destruído.</p><p>Mas, de repente, meu instinto estrategista falou mais alto, e eu derrubei meu porto!! Sem ele, os piratas não teriam como aportar. E eu vi, aliviada os 27 navios retornando.</p><p>Fiquei tão empolgada, que de repente minha ficha caiu!!</p><p>Que loucura foi essa? Como me deixei levar dessa maneira?</p><p>E entendi pq crianças e adolescentes se envolvem tanto nos jogos virtuais. São encantadores!!</p><p>Derrubei meu jogo!</p><p>Agora só jogo do bicho, é mais saudável!!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-73127523616841551302023-11-25T15:29:00.000-03:002023-11-25T15:29:08.165-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 6<p>Levei meu filho para passar um feriadão em um hotel Fazenda em Raposo/RJ. </p><p>Lugar maravilhoso para uma criança de seis anos e que vive na cidade. Apesar de minha mãe viver, na época, em um sítio em Mendes, um hotel Fazenda causa muito sucesso.</p><p>Carros puxados a boi, com aquela música que as rodas de madeira produzem, é de fazer qualquer menino correr pra ver!.</p><p>Um espaço com águas minerais saindo da fonte, acordar às 4h30m para ajudar a tirar leite da vaca e tomar o líquido ainda quentinho; só comer alimentos da horta do hotel, passear à noite, pela Fazenda, num trenzinho todos iluminado e tocando música é muita alegria.</p><p>Uma manhã fiquei curiosa se por ali havia uma cachoeira. O hotel tinha piscina, mas piscina é muito normal!</p><p>Procurei saber se dentro da fazendo havia uma cachoeira e, a resposta um pouco mineira, foi "ê por ali"</p><p>É lá Fui eu, com Bruno correndo na frente, pelo caminho indicado.</p><p>Andamos, andamos, andamos! Cruzamos um milharal que não acabava nunca! Passamos pó um chiqueiro super moderno, onde as baias eram pavimentadas e divididas por um corredor! Entramos e os porcos divididos por tamanho, mães com filhotes, filhotes adolescentes, porcões! Todos dormindo! Bruno resolve perguntar pq eles usavam brincos (marcadores)! Antes que eu pudesse responder todos os porcos acordam e começam reunir em alto e bom som! Só nos restou correr!!</p><p>Continuamos a peregrinação a procura da cachoeira!</p><p>Enfim, encontramos!</p><p>Até eu chegar perto Bruno já tinha arrancado a roupa e só de cuequinga já estava na água!</p><p>O lugar lindo! Uma cachoeira pequena, mas que formava uma piscina Boa para se refrescar. </p><p>Olhei para todos os lados e como não tinha ninguém por perto, resolvi tirar as roupas e também entrar na água! Me senti a própria Iara naquele momento! Uma ligação profunda com a natureza e meu filho! </p><p>Na volta para o hotel, como estávamos molhados, entramos pelos fundos, passando pela cozinha! Ao nos ver, os funcionários nos perguntaram pq estávamos daquele jeito e eu muito feliz contei o que tinha feito. Eles se olharam espantados e eu os tranquilizei dizendo que não havia ninguém por lá e por isso pude tomar banho sem roupa! E ouvi a resposta:</p><p>"Não tem ninguém lá pq aquela cachoeira tem muitas cobras"</p><p><br /></p><p>Como eu já disse "Deus protege os loucos e as criancinhas"</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-80558225937609725932023-11-17T00:40:00.002-03:002023-11-17T00:40:29.439-03:00Que história é essa Leonor ? Episódio 45<p>A semana foi sem dúvida uma semana de imagens tristes a nos mostrar o quanto somos frágeis.</p><p>Mas em meio a tudo isso, Deus me mostrou que meu coração ainda pode sentir um grande amor!</p><p>E eu que achava que havia superado essas fases e que não me entregaria assim tão fácil a outro ser.</p><p>É lógico que não estou falando das minha pessoinhas queridas, como meu neto, meu filho, sobrinho-neto e etc.</p><p>Esses são meu amores incondicionais.</p><p>Eu havia fechado meu coração pra outros tipos de amor, seja para humanos ou animais, desde a minha última separação amorosa e após a morte da minha gata Miúda.</p><p>Aí vem Deus, na quarta-feira de manhã e coloca no meu caminho um filhotinho de andorinha que, provavelmente, caiu do ninho, feito pela mãe no telhado do meu prédio!</p><p>A princípio eu o tirei do caminho com medo de que alguém, não tão observador, o pisasse. Peguei-o sabendo que a partir daquele momento sua mãe o rejeitaria, por sentir nele, o cheiro dos humanos!</p><p>Coloquei-o num vaso com plantas perto da portaria do prédio e fui para o trabalho. Mas durante o dia minha mente não parava de pensar naquele serzinho no sol que vinha aparecendo no Rio de Janeiro. E a noite, ao voltar para casa, incrivelmente ele ainda estava vivo e me esperando!</p><p>Agora não tinha mais jeito e eu já estava apaixonada por ele.</p><p>Levei-o para casa e o acomodei dentro de uma cestinha com palha da última Páscoa. Depois percebi que a palha era de um tamanho muito grande pra ele e troquei a palha por pedaços de pano. Na Internet li que podia alimentá-lo de água com mel e assim o fiz. Ele, esticava o pescocinho pelado e abria o bico, maior que seu corpo!</p><p>Na hora de dormir coloquei a cestinha a meu lado na cama e o envolvi com os panos. Durante a noite acordei umas três vezes para verificar se estava tudo bem. Como qualquer mãe que tem um bebê e se assusta quando ele está dormindo tranquilamente, eu abria o embrulhinho só pra perceber que ele estava só dormindo.</p><p>Com a ansiedade da noite acordei pela manhã me sentindo mal e, não pude ir trabalhar.</p><p>Talvez fosse um daqueles momentos em que Deus escreve certo por linhas tortas. Fiquei em casa doente e pude cuidar do meu mais novo amor, dando água+mel a todo instante em que ele me pedia.</p><p>Loucura? Falta do que fazer? Não! Amor e cuidado. Havia um pequeno animal precisando da minha atenção. E, sempre que eu passava perto da cestinha, ele esticava o pescocinho pedindo comida. Como é possível um ser tão pequeno, sem nem ter aberto os olhos, saber que eu podia alimentá-lo? Sei que isso tudo é por instinto, mas prefiro crer que ele me considerou sua mãe-andorinha.</p><p>Mais uma noite ele dormiu quietinho a meu lado.</p><p>Antes de sair para o trabalho eu lhe dei mais água+mel e fui, deixando-o sozinho.</p><p>Á noite quando retornei correndo para casa, ele estava bem fraquinho. Dessa vez, eu trouxe do mercado, um pacote de fubá, que dissolvi um pouquinho na água e fiz uma papinha ralinha como me ensinaram.</p><p>Ele teve dificuldades em beber.</p><p>Então eu o sequei bem, o enrolei nos panos e o coloquei bem confortável a meu lado no sofá. Eu costurava enquanto conversava com ele. De vez em quando ele esticava o pescocinho em minha direção, piava baixinho e retornava à posição de descanso.</p><p>Até que em um momento eu percebi que seu pescocinho estava esticado em minha direção por muito tempo e eu fiquei olhando. Demorei um pouco pra perceber que ele havia ido embora.</p><p>Foi triste. Chorei com aquele coisinha tão delicada, frágil e indefesa em minha mão que me fez sentir tanto amor em tão pouco tempo.</p><p>Me pergunto se realmente fiz tudo o que pude por ele? E se eu não tivesse deixado sozinho por um dia? E se eu tivesse derrubado qualquer regra e o levado junto a mim para o meu trabalho?</p><p>As vezes achamos que estamos fazendo tudo por quem amamos, mas muitas vezes não estamos fazendo o máximo que podemos! Não quero ficar me perguntando "e se", não adianta mais, mas vale a lição.</p><p>Nesse amor imenso de duas noites e três dias eu descobri que meu coração ainda está aberto para grandes histórias de amor... com humanos ou com animais.</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-13792861154960780062023-11-11T19:38:00.002-03:002023-11-11T19:38:28.171-03:00Que história é essa Leonor Episódio 4<p> Em 1994 minha mãe ainda morava num sítio em Mendes/RJ e, eu me programei para passar o Natal com ela. Nesse ano o dia 25 caiu num domingo e eu só pude viajar no sábado. Meu filho, por estar de férias, foi para Mendes durante a semana anterior.</p><p>Dia 24, sábado, acordei cedo pois não queria perder o trem para Paracambi que passa por Madureira as 6:00hs.</p><p>Ás 5:30 saí de casa de mochila nas costas e uma bolsa com os presentes.</p><p>Peguei o ônibus e desci em Madureira. Chegando na estação fui informada de que não havia trem pois estavam em greve.</p><p>- A Sra. não escutou no rádio, não?</p><p>- ??</p><p>Pensei um pouco e resolvi pegar um ônibus para N. Iguaçu, pois de lá sai um outro ônibus para Paracambi.</p><p>Chegando em N. Iguaçu saí procurando onde era a rodoviária de onde saída o tal ônibus.</p><p>- A Sra. tá vendo a torre da igreja lá embaixo? Então, é bem depois...</p><p>- ??</p><p>E lá fui eu esbarrando em pessoas que ainda compravam presentes no comércio da rua.</p><p>Ao chegar na rodoviária não acreditei que todas aquelas pessoas que estavam na fila fossem para o mesmo ônibus que eu queria pegar. E chega ônibus e sai ônibus e nada de chegar a minha vez. Até que, por volta das 11:00hs, consegui entrar no ônibus.</p><p>Quando cheguei em Paracambi tive que correr para pegar o ônibus para Mendes que já estava de saída. Por volta de uma hora e pouquinho da tarde cheguei em Mendes. Era só o tempo de ir ao mercado, pegar um taxi e pronto! Estaria no sítio ao lado de minha família!</p><p>Mas a coisa não foi bem assim...</p><p>Entrei no mercado para levar algumas frutas que minha mãe havia pedido para comprar: um abacaxi e um melancia. Como ia pegar um taxi, resolvi levar também maçã e pão. Andei pelo mercado tentando lembrar de mais alguma coisa. Paguei as compras e quando estava me dirigindo para a saída escutei a trovoada. Quando olhei para a rua me dei conta do temporal que estava desabando sobre a cidade. Respirei fundo, tentando me acalmar e esperei a chuva diminuir. Então fui até o ponto do taxi que me levaria até o sítio. Quando o motorista soube qual o destino da viagem, se recusou a me levar.</p><p>- O que? o sítio do cachorro grande? Nem pensar!! A estrada deve estar um horror! O carro não vai passar! etc...</p><p>Eu me desesperei:</p><p>- Então, moço. O Sr. vai me deixar ir a pé carregando essas bolsas e essa melancia?</p><p>Ele me informou que mais ou menos às 16:30hs saía um ônibus para Martins Costa que me deixaria bem mais perto do sítio.</p><p>E lá fui eu para o ponto aguardar a chegada do ônibus. Ao que me parece essa linha só tem realmente um veículo. Temos que esperar que ele vá até o destino e depois retorne. Só que, por causa da chuva, o ônibus havia ficado preso do atoleiro e tínhamos que ter paciência para esperar até que ele se libertasse !</p><p>Quando ele finalmente chegou (quase as 17:00hs) eu dei Graças a Deus e me joguei dentro dele! A viagem que normalmente leva uns 15 min., durou o dobro de tempo, pois o motorista teve que desviar de todos os buracos e atoleiros que encontrou pelo caminho.</p><p>Desci no meu ponto e segui pela estradinha que leva ao sítio.</p><p>De repente a chuva voltou a cair e, eu não tinha mais braços para abrir o guarda-chuva.</p><p>Parei e fiz um levantamento de como me encontrava. Mochila nas costas: molhada; presentes dentro da bolsa: molhados; cabelo molhado caindo nos olhos; bolsa de compras: encharcada; pão: empapado. A única coisa se reluzia de bonita era a melancia que eu trocava de lugar a todo momento: debaixo do braço esquerdo, depois do direito, na cabeça, no colo, na cabeça, e eu não encontrando posição para levar a tal fruta. Comecei a ficar com raiva dela. Como se a culpa de todo o que me havia acontecido fosse única e exclusivamente dela. A vontade foi de atirá-la longe, pisar bem pisadinho, dar para o primeiro porco que aparecesse.</p><p>E lá fui eu estrada a fora brigando com a chuva e com a melancia.</p><p>18:30 cheguei ao sítio.</p><p>A cachorrada latindo. Minha mãe nervosa. Meu filho preocupado. Eu, de lama até a alma, cheia de fome e de vontade de ir ao banheiro.</p><p>Só deu tempo de tomar um banho e me jogar no sofá.</p><p>Curti o Natal assim: deitada no sofá me curando do "trauma da melancia".</p><p>E a melancia lá, em cima da mesa, brilhando de bonita...</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-43528463833080095952023-11-04T13:02:00.000-03:002023-11-04T13:02:17.278-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 3<p>24 de dezembro, 22h30, eu e meu filho, na calçada, aguardando um táxi (na época não existia Uber) para irmos passar a noite de Natal na casa de uma tia. Bolsas, presentes e panelas! </p><p>Após um bom tempo finalmente vejo um táxi vindo e faço sinal! </p><p>O carro para, meu filho se senta no banco de trás junto com aquela quase mudança que só conhece quem tem família grande!</p><p>Me sento no banco do carona e já começo uma conversa com o motorista pq sou dessas e a agitação me faz conversar!</p><p>No meio do caminho tento ser solidária e digo "como deve ser chato ter que trabalhar e ficar longe da família numa data como essa, por exemplo, sendo taxista". </p><p>A resposta veio como um raio: "mas não sou taxista, nem o carro é um taxi"</p><p>Nesse momento achei que não tivesse entendido direito!</p><p>- "Como não é uma táxi"? E já coloquei minha mão pra trás segurei a mão do meu filho para ter um porto seguro.</p><p>E ele calmamente respondeu:</p><p>- "Não é um táxi!</p><p>Gelei, o sangue foi para o pé, fez a curva, voltou pra cabeça!!!</p><p>- Mas moço pq o senhor parou e deixou que eu colocasse essa mudança aqui dentro?? Falando e já imaginando a tragédia!</p><p>- Eu vi a senhora com o menino, cheia de bolsa, parada uma hora daquelas na rua, resolvi dar a carona!!</p><p>- "Nãooooooo! Pelo amor de Deus, o senhor pode parar! Nós iremos pegar outro táxi, quer dizer, uma táxi!" E já esmagando a mão do Bruno de tanto desespero!</p><p>- "Negativo, é meu caminho, vou levar vocês!"</p><p>Não adiantou eu pedir!</p><p>Levou! E não aceitou o pagamento pela corrida! Mesmo assim deixei R$5,00 no console.</p><p>Quando desci do carro reparei que nem amarelo era!! Como pude me enganar tanto??</p><p>Fico pensando que talvez tenha sido um anjo da guarda que veio me tirar de alguma situação perigosa!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-46278348191713310562023-11-01T01:04:00.003-03:002023-11-01T01:04:39.172-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 44<p>Eu adoro dormir em transportes. Durmo com muita facilidade em ônibus, carro, trem, avião! Nunca experimentei dormir em bicicletas, mas quem sabe um dia!</p><p>Então imagine numa viagem para o trabalho ou na volta para casa?</p><p>São várias as histórias de verdadeiros vexames!</p><p>Uma vez, indo de frescão para o trabalho, acordei e não reconheci o grande prédio ao lado direito ! Ao firmar os olhos, reconheci o prédio da Central do Brasil! Mas como ele estaria do lado direito!? A ficha caiu qdo percebi que estava voltando pra casa!!!!!!!! O ônibus havia chegado ao ponto final no Castelo e já estava voltando para o Valqueire comigo dentro!!!</p><p>Outra ocasião, voltando para casa no último ônibus, acordei com um falatório! Quando me estiquei pra ver o que era escuto alguém falar: "Tem uma mulher lá atrás", descobri que o ônibus estava em direção à garagem com vários motoristas dentro!!! Implorei que eles parassem em qualquer lugar para que Deu pudesse voltar pra casa andando! Eu sabia que se eu entrasse em outro carro eu só acordaria na Cidade, de novo!!</p><p>Uma vez fui acordada pelo motorista, me avisando que já havíamos passado do ponto onde eu costumava descer!!! Mas ele foi gentil em me acordar perto de uma estação do metrô!!</p><p>Isso quando eu, na van, acordava caida no ombro de algum passageiro a meu lado, com a bolsa e a agenda no chão, as pernas abertas e a baba no casaco alheio. Imagino a cara dos passageiros nos ônibus que passavam ao lado, vendo aquela cena deprimente!!</p><p>Já acordei com o ônibus parado no ponto final, no Castelo, para susto do fiscal, ao me ver descendo do frescao vazio!!</p><p>Ser a última a sair dos ônibus me fez aconselhar aos motoristas a SEMPRE olharem todo o veículo antes de deixá-lo na garagem!</p><p>Sempre podem ter uma surpresa! </p><p>Quem sabe uma bela adormecida da lotação!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-88496015870638742672023-10-07T10:09:00.005-03:002023-10-07T10:09:48.572-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 43<p>Qual? Aquela em que eu era responsável pelo time de futsal da empresa? </p><p>Então, foi assim. Os rapazes se reuniam para jogar, mas tinham dificuldades para encontrar local. Resolveram me pedir ajuda junto à diretoria para que a empresa patrocinasse o esporte. </p><p>Depois de muitas conversas conseguimos que a empresa pagasse o aluguel da quadra de futsal no clube Boqueirão, para jogos às segundas-feiras à noite! Os rapazes preferiam que fosse na sexta, mas para a continuidade dos casamentos (kkkk), ficou estabelecido o início da semana! Também disponibilizou os coletes, bolas, apito e cronômetro!!</p><p>E eu assistia a todos os jogos para preparar o famoso Jornal do Jogo, que circulava dentro dos departamentos na terça feira! Fiquei até conhecida como Leo Apolinha! O jornal tinha mais mentiras do que verdade! Puro sensacionalismo para atrair público!</p><p>As vezes conseguíamos promover jogos contra outras empresas ou de escritório x embarcados! Uma maneira de confraternizar funcionários onshore e offshore.</p><p>Durante os jogos sempre ocorriam momentos engracados: gente que se aquecia tanto, que desistia nos primeiros cinco minutos de jogo. Mãos de quiabo eram vários, gente que jogava de sapatilha cor de rosa também! Em alguns jogos eu era a única pessoa na arquibancada! A testemunha ocular da história!</p><p>Uma vez as meninas da empresa resolveram que elas também deveriam ter uma oportunidade de jogar.</p><p>Conseguimos liberar meia hora para a diversão delas. No horário marcado as jogadoras não apareceram para o início do jogo. Fui até o vestiário saber o porquê da demora: jogadoras não encontravam os prendedores de cabelo e outras acertavam a maquiagem! Tive que apressa-las antes que os meninos decretassem W.O.</p><p>Durante o jogo observei que uma das jogadoras estava com uma protuberância numa das coxas! Parei o jogo e percebi que era um rasgo na meia fina que ela usava, pra perna ficar mais bonita!!! </p><p>Foram tempos onde aprendi a usar o cronômetro, preencher súmula e apitar jogo!</p><p>Como diz a música: Vivendo e aprendendo a jogar!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-84677080268921307582023-08-26T19:04:00.004-03:002023-08-26T19:04:50.638-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 39<p> Uma das partes boas quando se tem filho pequeno é poder ir à matinê de carnaval no clube!</p><p>Meu filho e minha sobrinha tinham 4 anos e eu e minha cunhada resolvemos levá-los no clube para que eles "pulassem" o carnaval.</p><p>Meu filho fantasiado de índio e minha sobrinha de bahianinha! Lindinhos!</p><p>No clube, a banda tocava super animada! Organizaram espaços para as crianças por idade, super seguro!</p><p>Se estava seguro, é lógico que eu e minha cunhada aproveitamos! É estávamos lá dançando e cantando feito loucas, com meu filho se arrastando pelo chão pra fazer montanhas de confetes, quando ouvimos um choro altíssimo pelo microfone da banda!</p><p>As loucaa continuaram dançando e já achando aquele choro de criança super chato!</p><p>Quando de repente a banda pára de tocar e o apresentador pergunta: "quem é a mãe dessa criança perdida?" </p><p>Nos esticamos pra olhar e... minha sobrinha berrando no palco, vermelha de tanto chorar!!</p><p>Quase nos expulsaram do baile.</p><p>Mães irresponsáveis e fanáticas por carnaval! Kkkkkkkkk</p><p><br /></p><p>Enfim, devia ser proibido mães dançarem nas matinês! Principalmente aquelas que se esquecem que têm filhos ao ouvir um grito de carnaval!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-6133681781070206702023-08-26T18:54:00.003-03:002023-08-26T18:54:43.095-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 41<p> A princípio eu fui por impulso. Após 10 dias em casa de férias, resolvi que era hora de sair em viagem. E, sem pensar muito fui à agência e comprei meu pacote para o Sul, mesmo sabendo que talvez eu me sentisse deslocada em cidades anunciadas como românticas e certas para lua de mel.</p><p>E lá fui eu pra Gramado!</p><p>A cidade, linda, limpa. carinhosa, caprichosa como uma vovozinha sentada em sua cadeira de balanço!</p><p>Apaixonante e encantadora!</p><p>Mas depois falo mais dela!</p><p>Me senti nas páginas de um livro onde há desenhos de flores e coelhos por todos os lados!</p><p>E era só me sentar em qualquer banco e apreciar os detalhes tão delicados por onde meus olhos pousassem.</p><p>Me senti bem!</p><p>O mais interessante foi descobrir a surpresa em cada rosto feminino ao saber que eu estava viajando sozinha.</p><p>- Como assim, viajando sozinha? Mas você teve coragem? Eu nunca viajaria sozinha, aliás eu nunca nem moraria sozinha? E você não se sente triste?</p><p><br /></p><p>Percebi que não estava triste, nem deslocada, nem abandonada. Principalmente ao ver que essas mesmas mulheres que me questionavam e que estavam acompanhadas, se eu lhes estendesse a mão, sairiam correndo comigo para um passeio "sozinhas".</p><p>Me senti aventureira ! Corajosa!</p><p>Vi que, por estar sozinha, eu poderia fazer (ou não fazer) o que eu bem entendesse. Ir ou não ir aos lugares. Falar ou não falar com quem eu quisesse. Ganhar minutos conversando com uma mulher da cidade sobre os fios elétricos, que na cidade não são aparentes, e sim, por baixo da terra. Saber que não é necessário agradecer a todos os carros que param nos cruzamentos para que eu pudesse atravessar ("é obrigação deles parar"), assistir a um casamento na igreja principal e parabenizar a noiva que nem sei o nome, ir ao cinema à noite só pra ver como ele é por dentro e depois poder dizer que fui no cinema de Gramado. Experimentei chimarrão, dancei com um italiano dentro do trem Maria Fumaça, desci de trenó, numa montanha russa dentro da serra a 21kms/h, peguei um ônibus comum e visitei outra cidade (Canela), simplesmente por que queria saber como o pessoal se locomovia entre as cidades.</p><p>Conversei com pessoas, fotografei o que quiz, ri pra quem me fez rir, agradeci a quem foi generoso comigo. Perguntei, observei, cantei, aprendi, provei, gritei, rezei, admirei, me maravilhei!</p><p>Concluí que eu não estava sozinha, eu estava comigo! E eu gosto da minha companhia!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-53874391125326708742023-08-26T18:49:00.004-03:002023-08-26T18:49:49.757-03:00Que história é essa Leonor? Episódio 40<p> A terça-feira começava como qualquer outra.</p><p>De repente uma das engenheiras chegou na sala dizendo que a Torre havia sido atingida por uma avião.</p><p>Pensei que torre seria essa? a torre do Rio Sul? e como "atingida"?</p><p>Como todos ficaram olhando-a, ele completou: "World Trade Center"</p><p>A ficha continuou sem cair pra todo o departamento.</p><p>Um outro colega veio e disse: "Foi só a torre" - pra ele havia sido a torre de rádio de algum prédio!</p><p>E todos continuaram em seus trabalhos.</p><p>Como fiquei incomodada por não saber detalhes, fui até o único computador que dava acesso à Internet e ficava no corredor.</p><p>Ao ver as imagens pela CNN, do primeiro prédio atingido, pensei: "cena de um filme!" e me conformei e avisei a todos: "gente isso deve ser de algum filme!"</p><p>Então começaram as primeiras reportagens onde ainda não se sabia se havia sido um acidente (talvez um avião em rota perdida) ou um atentado.</p><p>Quando o segundo avião atingiu a outra torre, preferi continuar pensando: "é filme!" - e, como só eu estava preocupada com aquilo e todos continuavam trabalhando, fiquei ainda acompanhando a "filmagem"</p><p>Mas quando vi todas as imagens de desespero eu me convenci de que alguma coisa muito séria estava acontecendo e quando a primeira Torre veio a baixo, o meu primeiro pensamento foi: "Pra onde ela está indo?"</p><p>A imagem que tenho é de que ela estava descendo como um elevador, indo pra dentro da Terra! E eu me levante e disse: "Caiu!"</p><p>E depois a outra caiu também e todos já estavam ao redor do monitor.</p><p>Fui pra minha mesa pensando: "Agora vai começar a 3ª Grande Guerra e meu filho está com idade para ser convocado!"</p><p>Anos depois fico pensando nesse meu pensamento egoísta! Milhares de pessoas morrendo e eu pensando que meu filho poderia ser chamado para a guerra. Mas sou mãe e nós somos assim..</p><p>Depois desse dia o mundo não foi mais o mesmo. O susto e o sentimento de impotência atingiu a todos, e dessa vez, até ao povo americano.</p><p><br /></p><p>Duas piscinas gigantes, com o exato perímetro das Torres Gêmeas e no exato local onde se encontravam, foram construídas em granito cinza chumbo. Centenas de fontes estão jogando milhares de litros de água por minuto representando todas as lágrimas que não pararão de correr dos olhos de quem presenciou e se emocionou naquele 11 de setembro de 2001. No centro, um poço quadrado, profundo e escuro, para onde as águas correm. Esses poços representam o imenso vazio que foi aberto no coração de todos nós.</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-78523052979084158142023-08-14T09:01:00.005-03:002023-08-14T09:01:50.785-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 38<p>Quando eu era menina e vivia junto com meus tios, um deles montou um time de futebol com os rapazes da rua. Foi uma maneira que ele encontrou para dar uma distração para aqueles meninos. Além dos jogos sempre havia uma feijoada preparada por minha mãe ou um bolo comemorando qualquer coisa!</p><p>Com o passar do tempo o "time" passou a ser convidado para jogar contra times de outros bairros. É logico que as familias iam junto para engordar a torcida! Uma vez fomos até na carroceria de um caminhão! </p><p>Num desses convites o time foi chamado para jogar em Paquetá. E lá fomos todos passear na Ilha e torcer por nossos meninos!</p><p>E, como qualquer família grande, levamos farnel e praticamente uma mudança para passar o dia!</p><p>Tudo corria super bem até que durante o jogo, os adversários se mostraram muito estúpidos e mal educados. Não só tiveram um comportamento agressivo, como passaram a desrespeitar as famílias, senhoras e crianças, na arquibancada!</p><p>E aí começaram as brigas em campo!!</p><p>De repente, assistimos uma de nossas vizinhas, no meio do campo, com o sapato na mão, batendo num dos adversários, falando:</p><p>- Não bate no meu Julinho! Tira a mão do meu Julinho de seda! No meu Julinho de seda, ninguém bate!!</p><p>Seria cômico se não fosse trágico!</p><p>Meu tio correu pra minha mãe pedindo que nos tirasse do campo!! Nunca foi tão rápido unir a criançada! E corremos pelas poucas ruas de Paquetá em direção às barcas! </p><p>Crianças, senhoras, mocinhas, correndo levando bolsas e panelas! Todas preocupadas com nossos jogadores! De dentro da barca só sossegamos ao vê-los chegando e deixando para trás o "inimigo".</p><p>Num canto, uma avó valente, abraçava seu "Julinho de Seda".</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-84749105497931629812023-07-31T13:29:00.001-03:002023-07-31T13:29:27.598-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 37<p>E lá estava eu no Medieval Times em Orlando animadíssima, com minha coroa vermelha apreciando um jantar maravilhoso: batata assada e um franguinho inteiro! Sem talher! Na mão mesmo! Antes uma sopa de tomate!Acompanhando uma caneca de vinho Para os adultos e suco de uva para as crianças! A coisa mais moderna foi um lencinho umedecido pra limpar as mãos!</p><p>Quando começou o show o cavaleiro com a cor da sua coroa (a minha era vermelha) veio até a sua torcida, olhou e me jogou uma flor. Que momento emocionante! Voei para pega-la. De acordo com meu filho, um adolescente, na época, e sem nenhum romantismo em relação à mãe, me comparou a "um cachorro pulando pra pegar um osso". Mãe merece!</p><p>Pena que meu cavaleiro foi eliminado na batalha e eu não fui escolhida para ir até o trono do rei e da rainha para a foto!</p><p>Mas aquela flor jogada pra mim foi um dos pontos altos da minha vida!</p><p>É importante saber viver o lúdico!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-70357987629816285932023-07-12T17:19:00.002-03:002023-07-12T17:19:29.324-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 36<p>Nesses tempos de aulas online me lembrei de todas as mães que trabalham e precisam ajudar seus filhos, à noite, nos trabalhos de casa. Na pandemia ou fora dela.</p><p>Essa sempre foi a minha rotina.</p><p>Eu pedia que meu filho, durante o dia, fizesse o trabalho de casa, a parte que ele sabia, para que à noite completassemos juntos, o que ele não sabia. </p><p>O trabalho daquela noite era de português! </p><p>Enquanto eu preparava o arroz ele, sentado na mesa da cozinha, escrevia.</p><p>E aí veio a palavra desse episódio: são! No meio da frase estava um "são" e ele me retrucou dizendo que nunca tinha ouvido essa palavra. Dei exemplos: São Cosme, São Damião, os meninos SÃO levados!</p><p>Aí ele se lembrou e escreveu: SAM.</p><p>"Errado filho!</p><p>E ele apagou e escreveu: çam !</p><p>"Continua muito errado"</p><p>Mas, só quem é mãe sabe como as borrachas sabem voar e cair!</p><p>E como os filhos ficam mais de cinco minutos embaixo da mesa procurando por elas!</p><p>Após achar a "voadora" e apagar a palavra do caderno, vem a pergunta:</p><p>"Qual é mesmo a palavra?"</p><p>E eu respirando fundo respondi "são"</p><p>AÍ foi a vez do lápis cair! Mais cinco minutos procurando por ele, e quando finalmente o acha, a ponta está quebrada! E tome fazer ponta!! Quase acaba com o lápis e mais uma vez preciso dizer qual é a palavra: são!</p><p>Dessa vez, quando parecia que finalmente a palavra sairia correta, ele pára e escuta um barulho no quintal!</p><p>"Briga de passarinho" e saiu correndo!</p><p>Quando retornou dez minutos depois me pergunta: "Qual é mesmo palavra"?</p><p>Pra não jogar a panela de arroz em cima daquela criança, simplesmente libertei meu monstro e gritei com toda a força dos pulmões:</p><p>"SÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!</p><p>E finalmente a palavra aparece no caderno! Corretíssima!</p><p>No dia seguinde uma vizinha veio me perguntar que grito foi aquele ouvido até na outra rua!</p><p>Mãe dando aula antes do jantar!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-61713515163569972982023-04-03T12:00:00.002-03:002023-04-03T12:00:41.540-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 26<p>Passar uma tarde em Itapuã // Ao sol que arde em Itapuã // Ouvindo o mar de Itapuã // Falar de amor em Itapuã.</p><p>Quando eu ouvia essa música a minha vontade sempre era de estar lá em Itapuã, deitada numa rede preguiçosamente ouvindo o mar.</p><p>Então ante a possibilidade de além de visitar a Espanha e Portugal, poder fazer uma conexão e passar uma noite em Itapuã, era, pra mim, sem dúvida alguma, o fechamento com chave de ouro de um sonho perfeito!</p><p>Não sei se pelo cansaço de nove horas de voo atravessando o Atlântico, não sei se por não estar muito feliz naquele momento, mas Itapuã se apresentou pra mim da pior maneira possível.</p><p>O hotel era feio, o quarto era feio, o banheiro do quarto era feio! Não distingui se a cor da toalha era branca, cinza ou creme. </p><p>O local onde o hotel fica é feio, perigoso e sem nada! Até o letreiro faltava letras!</p><p>Comemos uma pizza cara só por que estávamos com fome.</p><p>Ainda chegou um ônibus com jogadores batulhentos de algum time desconhecido!!</p><p>O sol já havia se recolhido quando chegamos, não ardia mais...</p><p>Não ouvíamos o mar por que estávamos distantes...</p><p>E nem falamos de amor...</p><p>Preciso voltar a Itapuã pra tirar essa má impressão ou não!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-28997932186552116342023-04-03T11:58:00.000-03:002023-04-03T11:58:46.784-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 27<p>Eu havia lido "De volta as estrelas", livro escrito por Erich von Däniken e me apaixonei por ele.</p><p>O livro era emprestado e tive que devolvê -lo ao dono.</p><p>Anos depois resolvi comprar uma edição pra mim e não consegui encontra-lo em livrarias. Passei a procurar em sebos. E nada!</p><p>Um dia, no intervalo do almoço fui até um sebo na Rua Sete de Setembro, no Rio de Janeiro. </p><p>Perguntei ao vendedor sobre o livro. Ele me respondeu que até aquela manhã eles tinham um exemplar, mas que tinha sido vendido logo cedo!</p><p>Ok, venderam naquele dia!! Como se eu fosse acreditar em história de vendedor!</p><p>Voltei para o trabalho com a certeza de que continuaria a minha procura.</p><p>O estranho foi chegar em casa e encontrar o livro sobre a mesa da sala da minha mãe!</p><p>Meu padrasto, sem saber do meu interesse, foi o comprador daquele exemplar no sebo da rua Sete de Setembro!</p><p><br /></p><p>Coincidências da vida!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-63063823928921562832023-03-25T16:24:00.000-03:002023-03-25T16:24:22.172-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 23<p>Naquele tempo que se vendia pintinhos nas feiras, um dos meus tios me deu um de presente. Todos diziam que logo morreria e outras bobagens.</p><p>Fiquei feliz e dei-lhe o nome de Dendeca.</p><p>Ela vivia solta dentro de casa e no quintal.</p><p>Seu lugar preferido era embaixo da geladeira.</p><p>Dendeca passou de pintinho para um franguinho engraçado que corria atrás do porquinho da Índia e do nosso cachorro.</p><p>Mas o tempo passou rápido e percebemos que Dendeca era um galo!! Daqueles brancos, de criar vermelha e que corria atrás de todos, como um cachorro policial !! E ainda tentava se esconder sob a geladeira!!</p><p>Todos os dias era preciso lavar a cozinha para retirar as sujeiras que Dendeca fazia. Minha mãe não aguentava mais aquele galo que teimava em brigar com a vassoura enquanto ela trabalhava. Talvez ele fosse um revoltado pelo nome que o chamavam!</p><p>Um dia cheguei da escola e Dendeca estava em cima da mesa, ensopado com batatas, dentro da panela! Dendeca, o galo branco era o almoço do dia!</p><p>Me recusei a come-lo!</p><p>Afinal ele era o meu valente galo branco de crista vermelha!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-65653167175295020992023-03-18T15:35:00.001-03:002023-03-18T15:35:37.140-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 22<p>Eu e minha amiga japonesa marcamos uma viagem de feriadão para Visconde de Mauá/RJ. Levamos nossos filhos e ficamos na casa de uma outra amiga que vive lá e trabalha num dos hotéis.</p><p>Eu sempre gostei de passear com essa amiga. Nossos filhos, mesmo em fase de idade diferentes, se davam bem e nos divertiamos muito.</p><p>Nesse passeio, várias vezes, tivemos como guia o filho da dona da casa. Um menino esperto e que conhecia as trilhas e lugares bonitos.</p><p>Nesse dia acordamos cedo para "fazer aventuras" como eles falavam!</p><p>E lá fomos nós cinco andar, andar e andar. O objetivo era ir até o jardim dos cristais (assim chamado por ele) e numa cachoeira.</p><p>Já tínhamos andado muito, cruzado cercas de arame farpado, beira de rios. Trilha de menino bicho solto e de 10 anos Comecei a achar que estávamos perdidos, quando vimos um senhor na porta de um casebre pintando uma tábua. Perguntamos se estávamos no caminho certo e ele confirmou com a cabeça!</p><p>Vimos uma imensa árvore de pinhão e vários caídos no chão. Catamos alguns e passamos por baixo de uma cerca para pegarmos outros, para levar pra casa. Nesse caminho tivemos que subir uma colina muito alta, quase vertical!! Subi com as mais no chão, mas fazia parte da aventura!!</p><p>Logo depois dessa subida chegamos ao Jardim dos Cristais! Um lugar lindo, onde os cristais despontavam do chão e das rochas!! Um lugar realmente mágico. Cristais transparentes, desses que se vendem em lojas.</p><p>Logo perto estava a cachoeira!!</p><p>Num espirro e as crianças já estavam na água!</p><p>Ficamos por ali bastante tempo aproveitando a natureza.</p><p>Como teríamos que fazer todo caminho de volta, nos despedimos da cachoeira, para a noite não nos pegar no caminho.</p><p>No cume daquela colina vertical e com as crianças correndo na frente, ouvimos alguém gritando e falando alguma coisa. Eu e minha amiga olhamos para o pé da colina e vimos um homem com uma espingarda nas mãos!! Ele gritava que tínhamos invadido a Fazenda dele e que teríamos que sair imediatamente! O Sinhozinho Malta não estava pra brincadeira! Mas para sairmos da Fazenda dele teríamos que descer até a Fazenda dele!!!</p><p>Do alto eu e minha amiga pedíamos desculpas praticamente rolando na ribanceira e vendo ao longe os meninos, tranquilamente, ainda arrancando frutos da goiabeira e pegando pinhão do chão!!</p><p>Nós duas conseguimos chegar até eles com o "coração de mãe" na boca e corremos para o espaço por onde havíamos entrado. O fazendeiro ao longe ainda gritava alguma coisa com a arma na mão!!!</p><p>Mais tranquilas e agora rindo de toda aquela confusão passamos em frente ao casebre onde agora podíamos ver o que o homem pintava na placa: NÃO DAMOS INFORMAÇÕES!! </p><p><br /></p><p>Fomos "fazer aventuras" e fizemos aventuras!!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-33597097736709737572023-02-25T15:33:00.001-03:002023-02-25T15:34:48.831-03:00Que história é essa,Leonor? Episódio 19<p>A minha volta para casa do trabalho era feita de trem. Aliás, primeiro o metrô, depois o trem e por fim o ônibus!!</p><p>E ainda chegava mais rápido do que se eu fosse direto de frescão !</p><p>A Estação da Central do Brasil não é para fracos!! Ê uma luta diária! E dependendo da pressa eu voltava do trem rumo à Japeri. Ele faz poucas paradas, por isso é mais rápido. </p><p>Geralmente eu deixava a "boiada enlouquecida" entrar e só depois eu entrava e me posicionada perto da porta. Desse lado a porta se abriria somente em Engenho de Dentro e depois em Madureira, onde eu costumava descer!</p><p>Nesse dia o vagão estava lotadissimo e eu ali, na porta. Na parada de Engenho de Dentro tive que me transformar em poste para não ser empurrada para dentro do vagão. Ao final da "batalha" do empurra-empurra aparece um guarda ferroviário e me entrega um cartão com os dizeres "Não seja um EMPATA PORTA"!!!!</p><p>O cara me chamou de EMPATA PORTA no trem Japeri!!! Muita coragem!!</p><p>Primeiro perguntei pra ele como eu conseguiria ir para o meio do vagão super lotado?</p><p>Depois perguntei pq ele não entregou o cartão para os rapazes pendurados na outra porta?</p><p>E por último, quando a porta já se fechava, eu amassei o cartão e joguei na plataforma!!</p><p><br /></p><p>Na real eu tive medo dele mandar parar o trem e ainda me multar por sujar a estação!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-46634117005482065842023-02-18T11:41:00.001-03:002023-02-18T11:41:47.992-03:00Que história é essa , Leonor? Episódio 18<p>Um grupo do meu trabalho passou o final de semana num hotel Fazenda em Barra Mansa/RJ. </p><p>Pelas fotos eu me interessei pelo passeio.</p><p>Entrei em contato com o hotel e fiz reserva para mim e meu filho, que na época tinha 14 anos.</p><p>Resolvemos ir na sexta-feira após o trabalho, no ônibus das 18h.</p><p>Encontrei com ele na rodoviária, seria uma viagem rápida, mais ou menos 01h30m.</p><p>O combinado era que um carro estaria nos esperando numa venda e que ele nos levaria para o hotel.</p><p>O que não contavamos era o temporal que desabou sobre a cidade do Rio de Janeiro!!</p><p>Ficamos presos no engarrafamento por horas!</p><p>Quase meis-noite descemos do ônibus na tal venda!! E não vimos nenhum carro nos esperando! </p><p>Ainda chovia muito.</p><p>Pedimos informações à dona da venda (uma lojinha bem pequena em frente à parada do ônibus). Lá dentro só ela e dois senhores tomando cerveja. Perguntei se ela tinha visto o carro que nos levaria ao hotel. No mesmo instante ela negou! Fiquei sem saber o que fazer. Na época não existia celular e nem a venda tinha telefone!</p><p>Por alguns minutos fiquei tonta.</p><p>Ela mesma me deu a solução dizendo que pediria alguém para nós levar.</p><p>Com um grito pra dentro da loja chamou o filho e mandou que ele fosse na casa de outra pessoa que tinha carro.</p><p>O coitado do adolescente saiu debaixo de chuva sem reclamar!</p><p>Passado um tempo e ele volta todo molhado dizendo que um senhor nos levaria.</p><p>Mais um tempo e chega a nossa carona!</p><p>Agradeci muito, prometendo rezar por aquelas pessoas tão boas.</p><p>É lá fomis nós pela estrada a fora, na escuridão da estrada, debaixo da chuva!</p><p>DE repente o carro para em frente uma casinha muito humilde no meio da escuridão. Era a casa do caseiro do hotel. </p><p>O motorista bate palmas e o chama. Uma janelinha na porta se abre, ele ouve minha história é me responde:</p><p>"O hotel está fechado! Pelo horário o dono achou que a senhora não vinha mais e foi embora. Não tem ninguém no hotel"</p><p>Aí bateu o desespero!! O que eu ia fazer de madrugada, embaixo de um temporal, num lugar que eu não conhecia?</p><p>Tive que fazer drama, quase chorei, perguntei o que eu ia fazer com meu filho sozinha na chuva (nesse instante meu filho estava dentro do carro e eu me referi a ele como se ele fosse uma criancinha kkkkkk).</p><p>Deu certo, o caseiro resolveu abrir o hotel para que eu pudesse passar a noite. Aff E liberou o carro para seguir o caminho até a entrada do hotel.</p><p>Na curva da estradinha escuta apareceu aquele casarão branco com inúmeras janelas azuis, todo iluminado! Espanto!</p><p>Primeiro pensamento : "moço essa casa tem fantasma de escravos?" Fiquei sem resposta!</p><p>O caseiro abriu a imensa porta, acendeu as luzes e me disse: "A senhora pode escolher qualquer quarto, tem coisas na cozinha se vocês quiserem comer. Boa noite" e saiu trancando de novo a porta com nós dois lá dentro!</p><p>É lógico que vasculhando todos os quartos, deitamos em todas as camas (achamos uma cama imensa), tiramos fotos em todos os cantos, mudamos coisas de lugar, comemos, tomamos banho e depois fomos dormir.</p><p>Na cama minha ficha caiu que várias pessoas sabiam que estávamos sozinhos naquela fazenda!! Me levantei e coloquei várias cadeiras atrás da porta do nosso quarto!!!</p><p>Acordamos no dia seguinte com barulho de janelas se abrindo! O dono já havia sido informado da nossa presença e nos aguardava no salão de café. Pediu mil desculpas pelo ocorrido, descontou uma diária, nos mostrou o resto da linda fazenda, contou a história do local O cara era o próprio Sinhozinho Malta, mas com uma Porcina esperando do lado de fora Kkkk</p><p>E assim ficamos um final de semana curtindo um hotel Fazenda só nosso! </p><p>Meu anjo da guarda até hoje faz terapia!</p><p>Obs,: Hotel Fazenda Santana do Turvo </p><p>Vale a pena uma visita! É lindo</p><p>Comida feita em fogão de lenha</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-20714207521221586252023-02-11T11:35:00.003-03:002023-02-11T11:37:11.066-03:00Que historia é essa Leonor? Episódio 17<p>Eu estava aguardando a carona do meu filho na calçada da estação de trem de São Cristóvão, de frente para a Quinta da Boa Vista! </p><p>Nisso uma "prima", toda esbaforida, vindo da Mangueira já me vê e grita: "NEMMMM, você não sabe o que aconteceu lá na pista perto da Mangueira!!!</p><p>Olhei ao redor e realmente ela falava comigo.</p><p>A coitada da "prima", nervosa, não sabia se falava, se respirava ou se equilibrava no salto altíssimo. </p><p>- "Virou um caminhão de cerveja e o povo tá roubando cerveja! Fugi de lá pq não quero confusão comigo! Tem cigarro aí??"</p><p>Com vontade de rir tive que responder que não tinha cigarro. E ela (ou ele) me pergunta se sei onde vende. Percebi que já estávamos íntimas! Indiquei um camelô ali perto. </p><p>- "Mas você sabe se ele vende só um? Tô sem grana pra comprar o maço "</p><p>Eu não sabia infelizmente kkkkk</p><p>Ela (ou ele) agradeceu, me aconselhou a não ir para os lados da Mangueira e saiu balançando uma bolsa e se equilibrando no salto com pernas finas e compridas!</p><p>Momento surreal!!! </p><p><br /></p><p>1) a culpa deve ser minha de ficar parada no lugar das primas. Uma outra vez, na Praça Mauá, uma prima veio me avisar: "Senhora, aqui é ponto". A ingênua aqui respondeu que não sabia e que não estava esperando o ônibus. E ela repetiu: "aqui é ponto!" E fez um gesto com a mão para que eu olhasse para o corpo dela! Só aí minha ficha caiu! Pedi desculpas, agradeci, enfiei minha cara dentro da bolsa e mudei de calçada kkkkkkk</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-88040811036937968832023-01-27T13:13:00.003-03:002023-01-27T13:13:31.020-03:00Que história é essa Leonor - episodio 15<p> Ganhei um abraço em plena Cinelândia!!</p><p>Eu vinha da Rua México para pegar o metrô, quando vi ao longe, no meio da praça, alguém com o cartaz escrito "Abraços Grátis". </p><p>Eu já tinha visto na televisão algumas reportagens falando sobre isso e, enquanto atravessava a avenida, vi que a pessoa que segurava no alto o cartaz também me viu. De longe ele me fez um sinal apontando o cartaz e depois outro sinal com o dedo polegar para o alto, pedindo meu consentimento. Ainda de longe eu acenei que "sim" com a cabeça.</p><p>Ao nos aproximar ele colocou o cartaz no chão e me abraçou! Num primeiro momento achei graça daquela experiência e me vi contando para todos os amigos o que tinha acontecido. O abraço foi acolhedor, diferente do que eu havia imaginado. Achei que seria daqueles abraços que costumamos receber até de nossos amigos: os braços tocam nossos ombros e só! ou daqueles em que ganhamos um tapinha nas costas, como se estivessem limpando algo em nossas roupas! existe aquele também, em que eu me doo, mas a pessoa que o está recebendo parece que recebe uma descarga elétrica e recua rápido!</p><p>O grande abraço veio e ficamos assim por uns minutos. Depois houve uma breve separação e o abraço veio de novo! E ficamos assim, ao sol do meio-dia, na Cinelândia! </p><p>Então, sem saber bem o que estava fazendo deitei minha cabeça no ombro dele e senti seu corpo quente. Não havia nada de sexual nisso. Foi um sentimento de proteção, acalanto, segurança. Por que abraço é isso: você doar seus braços para o outro se sentir bem, por isso abraço de mãe é sempre tão bom! Tenho uma amiga que me ensinou um jeito ótimo de abraçar onde os nossos corações ficam juntos e, podemos sentir o coração do outro batendo junto ao nosso.</p><p>Enquanto meu doador de "Abraços Grátis" me abraçava fui sentindo uma imensa vontade de chorar! E enquanto eu não o soltei ele não fez nenhum gesto de me largar. Ao contrário, colocou a cabeça entre os meus cabelos e me deixou ficar ali segurando suas costas.</p><p>Quando finalmente me vi satisfeita por todo o tempo que não recebia uma abraço assim, eu o soltei. Ele me olhou, me perguntou se estava tudo bem e me deu um beijo na testa. E cada um foi para o seu lado. Pra falar a </p><p>verdade nem me lembro da fisionomia da pessoa, mas vou guardar pra sempre o presente que ele me deu.</p><p>Antes de descer as escadas que levam a estação do metrô eu me virei e o vi ainda parado me acompanhando com o olhar. Fizemos o sinal com o polegar pra cima, ele sorriu, levantou o cartaz e saiu pela praça oferecendo seu abraço.</p><p>Quem não aceitou não sabe o que perdeu</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36978711.post-19831694363226349622022-06-23T21:06:00.001-03:002022-06-23T21:06:41.461-03:00Que história é essa, Leonor? Episódio 8<p> Sempre gostei de visitar a Feira da Providência! Passava a tarde toda passeando entre os stands. Depois escolhia um país para comprar uma lembrança!</p><p>Naquele ano eu já tinha pesquisado bastante quando vi uma fila imensa na barraca da Holanda! Fui até o início da fila e vi que estavam vendendo cerveja. Não entendo nada de cerveja mas pelo número de pessoas querendo comprar decidi levar também! E o preço era bom!</p><p>Fiquei horas na fila sem reclamar!</p><p>Comprei e fiquei feliz! Seria uma ótima surpresa para meu filho, mesmo ele não sendo um grande bebedor de cerveja!</p><p>Animada em casa, entreguei meu presente e contei o que tinha acontecido! Em resposta ouvi:</p><p>- Obrigada, mãe, mas essa cerveja Heineken vende em qualquer supermercado! Não é novidade! Mas valeu!</p><p>Eu avisei que não conheço nada de cerveja!!</p>Tuttihttp://www.blogger.com/profile/05410702972660212818noreply@blogger.com