Páginas

segunda-feira, abril 07, 2008

A concha

De grão em grão,
dor em dor,
desilusão em desilusão,
vou construindo minha concha
feita do sal de minhas lágrimas
e do amargo da minha boca.
Esculpida lentamente
através dos anos,
dos amores das tristezas.
Meu abrigo foi construído
longe do meu mar
para evitar meu naufrágio.
Bem fechada
e sem tranca,
livre do perigo de novos visitantes,
minha concha me protege.
E dentro dela,
ferido, meu coração,
antes desejoso em ser pedra
se transforma em brilhante
e cobiçada pérola!

Um comentário:

  1. é... q q eu vou dizer? Q sinto saudade de almoçar contigo.
    Se eu levar marmita vc fica comigo?

    ResponderExcluir