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segunda-feira, novembro 06, 2006

Camelot


Aquela época da minha adolescencia em que não pude ir à Lua, me mudei para Camelot.

Quando um dos meus tios trouxe para casa do livro "Cavaleiros da Távola Redonda", não podia imaginar o que aconteceria comigo a partir do momento em que começasse a folhear aquelas páginas. Num passe de mágica, digno de Merlin, fui transportada para aquele mundo de magia, lindas donzelas, homens valentes, capas e espadas, cavalheirismos, aventuras, defesas de fracos e oprimidos e, principalmente, o Rei Artur.... Ah! o Rei Artur...

Tente imaginar uma adolescente, em idade influenciável, a procura de seu primeiro amor, mesmo que imaginário, desejando gentilezas, encontrando essa personagem maravilhosa, gentil e encantada! Foi amor a primeira vista. Daqueles "eternos" que só os adolescentes sentem.

Não queria mais largar o livro. Queria viver naquele mundo. Queria ser Morgana, Guinevere, Lancelot. Queria poder levar seu estandarte e lustrar sua espada. Queria seguir em suas batalhas e brindar suas vitórias. Foi difícil e dolorido sair de lá. Foi difícil não ter um assento na Távola redonda.

Anos depois voltei à Camelot através de "As Brumas de Avalon".

Dessa vez a viagem foi mais intensa, pois pude conhecer a visão feminina do livro anterior. E lá estava o Rei Artur em minha vida novamente... E Morgana não me pareceru tão má, nem Guinevere tão apaixonada. Mas, aí eu já era adulta e já havia passado por algumas desilusões e o meu encantamento estava dormindo no fundo do lago, junto à Excalibur.

Atravessar as brumas entre o real e o irreal era mais fácil. Era só abrir ou fechar o livro.

Um comentário:

  1. Caraaalhoooo!
    Eu não li o Cavaleiros, mas li As Brumas e eu era Morgana sem sombra de dúvida!!
    Só q quem se deu bem foi Gweneviére q trepou c/ os dois ao mesmo tempo!
    Ai, ai...

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